Reúso de águas residuárias tratadas: inovação tecnológica e aceitabilidade social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nepomuceno, Daniella Costa Faria
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/4063
Resumo: A água residuária tratada pode ser aplicada em muitas atividades, entretanto, dependendo do uso requerido, o nível de qualidade pode não ser alcançado com a utilização de processos convencionais. Este trabalho analisou o desempenho da Reforma em Fase Aquosa no tratamento de esgotos sanitários, com e sem a presença de poluentes emergentes, visando o reúso dos efluentes líquidos para fins potáveis e não potáveis, e avaliou a aceitabilidade social quanto à prática de reúso. Foram realizados experimentos em reatores de batelada, empregando- se água residuária sintética e catalisadores a base de Pt, suportados em dois tipos de materiais carbono: KETJENBLACK (KJB) e ENSACO. A análise de aceitabilidade social ao reúso de águas residuárias tratadas teve como principais instrumentos de pesquisa o questionário e entrevistas semiestruturadas, realizadas com renomados especialistas do setor de saneamento. A eficiência média do processo na remoção de COT foi de 62,05% nos testes com material carbono ENSACO e sem o metal ativo, de 88,19% com KJB. Para o parâmetro DQO, os percentuais médios de remoção foram de 57,57% e de 63,48% nos ensaios com suporte ENSACO e KJB, respectivamente. O processo alcançou eficiência média na redução do nitrogênio total de 34,63% nas análises com o carbono ENSACO e de 54,39% com KJB. Nas amostras com compostos emergentes, a Reforma em Fase Aquosa mostrou-se eficaz tanto nos ensaios contendo apenas o material carbono ENSACO e sem a platina, quanto com catalisador Pt/ENSACO, com percentuais médios remoção nos testes com ENSACO de 98,34% para a cafeína, 99,55% para a carbamazepina, 100% para o diclofenaco e 96,58% para o ibuprofeno. A produção de gás foi maior nas reações com catalisador Pt/ENSACO, com valores médios de 19,20% para o H2 e de 11,70% para o CH4. Quanto ao atendimento aos padrões de qualidade para águas de reúso, constatou-se, que apesar da grande maioria dos regulamentos e diretrizes avaliados não estabelecerem valores máximos permitidos para os parâmetros de qualidade, a Reforma em Fase Aquosa é uma técnica promissora para o tratamento de esgoto sanitário, com efetiva eliminação dos contaminantes emergentes avaliados. Quanto a aceitabilidade da população à prática de reúso, observou-se alta aceitação pública para aplicações com reduzido contato humano e baixa aceitabilidade para os usos que envolvem consumo direto. Contudo, mesmo com todos os entraves culturais, 84,6% dos participantes se colocaram a favor de utilizar água de reúso proveniente de uma nova técnica de tratamento de esgoto
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Foram realizados experimentos em reatores de batelada, empregando- se água residuária sintética e catalisadores a base de Pt, suportados em dois tipos de materiais carbono: KETJENBLACK (KJB) e ENSACO. A análise de aceitabilidade social ao reúso de águas residuárias tratadas teve como principais instrumentos de pesquisa o questionário e entrevistas semiestruturadas, realizadas com renomados especialistas do setor de saneamento. A eficiência média do processo na remoção de COT foi de 62,05% nos testes com material carbono ENSACO e sem o metal ativo, de 88,19% com KJB. Para o parâmetro DQO, os percentuais médios de remoção foram de 57,57% e de 63,48% nos ensaios com suporte ENSACO e KJB, respectivamente. O processo alcançou eficiência média na redução do nitrogênio total de 34,63% nas análises com o carbono ENSACO e de 54,39% com KJB. 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Quanto a aceitabilidade da população à prática de reúso, observou-se alta aceitação pública para aplicações com reduzido contato humano e baixa aceitabilidade para os usos que envolvem consumo direto. Contudo, mesmo com todos os entraves culturais, 84,6% dos participantes se colocaram a favor de utilizar água de reúso proveniente de uma nova técnica de tratamento de esgotoTreated wastewater can be applied in many activities, however, depending on the required use, the quality level may not be achieved using conventional processes. This work analyzed the performance of the Water Phase Reform in the treatment of sanitary sewage, with and without the presence of emerging pollutants, aiming at the reuse of liquid effluents for potable and non- potable purposes, and evaluated the social acceptability regarding the practice of reuse. Experiments were carried out in batch reactors, using synthetic wastewater and Pt-based catalysts, supported on two types of carbon materials: KETJENBLACK (KJB) and ENSACO. The analysis of social acceptability to the reuse of treated wastewater had as main research instruments the questionnaire and semi-structured interviews, carried out with renowned experts in the sanitation sector. The average efficiency of the TOC removal process was 62.05% in tests with ENSACO carbon material and without the active metal, and 88.19% with KJB. For the COD parameter, the mean removal percentages were 57.57% and 63.48% in assays with ENSACO and KJB support, respectively. The process achieved an average efficiency in the reduction of total nitrogen of 34.63% in the analyzes with ENSACO carbon and 54.39% with KJB. In samples with emerging compounds, the Aqueous Phase Reform proved to be effective both in tests containing only the carbon material ESSACO and without platinum, and with Pt/ENSACO catalyst, with average removal percentages in the tests with ESSACO of 98.34% for caffeine, 99.55% for carbamazepine, 100% for diclofenac and 96.58% for ibuprofen. Gas production was higher in reactions with Pt/ENSACO catalyst, with average values of 19.20% for H2 and 11.70% for CH4. As for meeting the quality standards for reuse water, it was found that despite the vast majority of regulations and guidelines evaluated do not establish maximum values allowed for quality parameters, the Water Phase Reform is a promising technique for the treatment of sanitary sewage, with effective elimination of the emerging contaminants evaluated. As for the acceptability of the population to the practice of reuse, there was high public acceptance for applications with reduced human contact and low acceptability for uses involving direct consumption. However, even with all the cultural barriers, 84.6% of the participants were in favor of using reuse water from a new sewage treatment technique.application/pdfUniversidade Federal do TocantinsPalmasPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - CiambBRCNPQ::OUTROSTratamento de Esgoto; Reforma em Fase Aquosa; Reúso Potável e não Potável; Sewage treatment; Reform in Aqueous Phase; Potable and non-potable ReuseReúso de águas residuárias tratadas: inovação tecnológica e aceitabilidade socialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFTinstname:Universidade Federal do Tocantins (UFT)instacron:UFTORIGINALDaniella Costa Faria Nepomuceno - Tese.pdfDaniella Costa Faria Nepomuceno - Tese.pdfapplication/pdf9757679http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4063/1/Daniella%20Costa%20Faria%20Nepomuceno%20-%20Tese.pdf5f6d8629110cad5d78fb7e3689c8719cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4063/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTDaniella Costa Faria Nepomuceno - Tese.pdf.txtDaniella Costa Faria Nepomuceno - Tese.pdf.txtExtracted texttext/plain451897http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4063/3/Daniella%20Costa%20Faria%20Nepomuceno%20-%20Tese.pdf.txte357c28cb7f31962fec60a272ba9b28dMD53THUMBNAILDaniella Costa Faria Nepomuceno - Tese.pdf.jpgDaniella Costa Faria Nepomuceno - Tese.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1293http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4063/4/Daniella%20Costa%20Faria%20Nepomuceno%20-%20Tese.pdf.jpgf47ec545d4ff6e257fb5bc771921aa14MD5411612/40632022-07-06 03:02:54.482oai:repositorio.uft.edu.br:11612/4063Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.uft.edu.br/oai/requestbiblioarraias@uft.edu.br || bibliogpi@uft.edu.br || bibliomira@uft.edu.br || bibliopalmas@uft.edu.br || biblioporto@uft.edu.br || biblioarag@uft.edu.br || dirbib@ufnt.edu.br || bibliocca@uft.edu.br || bibliotoc@uft.edu.bropendoar:2022-07-06T06:02:54Repositório Institucional da UFT - Universidade Federal do Tocantins (UFT)false
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