A política de reinserção internacional chilena nos governos de Patricio Aylwin, Eduardo Frei Ruiz-Tagle e Ricardo Lagos: 1990-2006

• Autor(a) principal: Lira, James Dean Viturino
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/6220
• topic: CNPQ::OUTROS::RELACOES INTERNACIONAIS; Política Externa; Reinserção Internacional; Redemocratização; Mudança de Política Externa; Foreign Policy; International Reintegration; Redemocratization; Change of Foreign Policy

O regime autoritário de Augusto Pinochet (1973-1990) isolou internacionalmente o Chile e com isso trouxe inúmeras mudanças na forma como as relações externas chilenas eram conduzidas. Com o fim do regime autoritário de Augusto Pinochet (1973-1990) e a volta da democracia ao Chile, os governantes da Concertacion de Partidos por la Democracia comprometeram-se em reinserir o Chile internacionalmente e retomar a democracia. O presente trabalho objetiva analisar de que maneira Patricio Aylwin (1990-1994), Eduardo Frei Ruiz-Tagle (1994-2000) e Ricardo Lagos (2000-2006) conduziram a política externa chilena rumo a reinserção internacional. Ainda, objetiva-se analisar se durante as mudanças de governo caracterizou-se uma mudança de política externa, uma vez que cada governante viveu momentos distintos de um mesmo processo. Para responder à pergunta de pesquisa, utiliza-se um estudo de caso, ancorado na metodologia qualitativa, investigando fontes primárias, como acordos internacionais firmados pelo Chile e base de dados acerca das dimensões de política externa em cada governo, e fazendo uma revisão bibliográfica focada em temas de análise de política externa e política externa chilena. Para analisar a existência de mudança de política externa é feita uma análise empírica acerca dos atores responsáveis pela formulação e implementação de política externa no Chile, bem como são analisadas as dimensões de política externa com base em aspectos ideológicos ou pragmáticos, orientação geopolítica, inserção econômica internacional e posicionamento em relação aos Estados Unidos. É possível destacar que os governantes da Concertación conseguiram reinserir o Chile internacionalmente por meio de um modelo baseado nos princípios da democracia liberal, promoção de uma inserção econômica internacional a partir do regionalismo aberto, resolução de controvérsias regionais, retomada do multilateralismo e defesa dos direitos humanos, fazendo uso do modelo econômico liberal. A mudança mais enfática vista na política externa chilena se deu quando Aylwin assume o cargo presidencial e instituiu bases para a reinserção internacional do Chile, nos governos seguintes vemos apenas alguns ajustes pontuais na forma de conduzir a política externa chilena.