Desafios encontrados pelos profissionais da enfermagem e usuários no tratamento da hanseníase: revisão integrativa

• Autor(a) principal: Brito, Társsia Ferreira César
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/3868
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM; Hanseníase; Enfermagem; Assistência de Enfermagem

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que afeta pessoas no Brasil e no mundo com dados alarmantes. É transmitida pela bactéria Mycobacterium leprae, através de contato íntimo e prologado, uma doença milenar, estigmatizada desde os relatos bíblicos porém, possui tratamento e cura. Objetivo Identificar os desafios encontrados pelos profissionais de enfermagem e usuários no tratamento da Hanseníase pelo Sistema Único de Saúde Brasileiro. Métodos: Revisão integrativa, a busca foi realizada nas bases de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Base de dados de Enfermagem e a Biblioteca Scientific Eletronic Library Online, usando os descritores: Hanseníase, Enfermagem e Assistência de Enfermagem. Após a busca, aplicando-se os critérios de inclusão e exclusão obtiveram-se 8 artigos. Resultados: A análise temática das evidências permitiu identificar 2 categorias: Desafios na assistência ao tratamento da hanseníase na percepção do enfermeiro ainda há falta de conhecimento epidemiológico sobre a doença, o estigma ainda é um problema que compromete o tratamento e a cura da hanseníase, outro desafio inclui a permanência do usuário ao longo do tratamento, a sobrecarga de trabalho no serviço, a falta de interdisciplinaridade com os demais profissionais, tratamento realizado em outros locais fora da comunidade e às próprias condições de organização dos serviços de saúde o que acarreta uma alta demanda nos atendimentos. Desafios no tratamento de hanseníase na percepção do usuário: ainda relatam que têm se a dificuldade para a realização do plano terapêutico, o estigma que sentem inclusive por profissionais da saúde, a falta de qualificação profissional quanto ao diagnóstico precoce da doença e de ações de combate à hanseníase na comunidade em que estão inseridos. Considerações Finais: Tanto profissionais e usuários fazem uma leitura semelhante quanto aos desafios no tratamento da hanseníase desde o estigma, falta de capacitações e ações de educação em saúde efetivas. Acredita-se que essa pesquisa poderá contribuir para a prática do enfermeiro na atenção primária auxiliando-o na tomada de decisões e planejamento de assistência considerando os anseios dos usuários que tem hanseníase, viabilizando a equidade, reconhecendo que o cuidado ao indivíduo, à família e à comunidade requer uma visão cada vez mais integral, humanizada, participativa e livre de preconceitos.