A dinâmica espaço territorial dos casos de leishmaniose visceral humana a partir das condições de saneamento básico de alguns bairros em Araguaína Tocantins

• Autor(a) principal: RODRIGUES, Luciane Cardoso do Nascimento
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/4716
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS; Leishmaniose Visceral; Araguaína-TO; Bairros periféricos; Visceral Leishmaniasis; Araguaína-TO; Peripheral neighborhoods

A Leishmaniose Visceral é uma zoonose presente em várias partes do mundo. É altamente letal, podendo chegar a 90% dos casos quando não tratados. Seu agente etiológico é protozoário tripanosomatídeos do gênero Leishmania, sendo o cão doméstico seu principal hospedeiro na zona urbana. É endêmica em vários países, mas é o Brasil que detém a maior parte dos casos. A cidade de Araguaína, localizada ao norte do Estado do Tocantins, é endêmica da Leishmaniose Visceral Humana (LVH) há vários anos. No período entre 2015 e 2019 foram notificados 182 casos, em aleatórios 60 bairros da cidade. Sendo os casos identificados principalmente em bairros periféricos da cidade. O presente trabalho tem como objetivo compreender a dinâmica dos casos de Leishmaniose Visceral, a partir das condições de saneamento básico dos bairros com maior incidência de notificações, na cidade de Araguaína Tocantins. A problemática da pesquisa está em torno da ativa e alta incidência dos casos da doença nesta cidade. Que mantém como principais medidas de prevenção e controle da doença ações de abordagem biológica. Trata-se de uma pesquisa exploratória qualitativa, que ocorreu a partir da investigação bibliográfica em fontes primárias e secundárias, visitas e observações dos bairros com maior número de notificações. Também foram feitas entrevistas via celular e aplicados vinte questionários para verificação das condições de saneamento básico e estrutura dos bairros em estudo, a partir da percepção dos moradores. O resultado das visitas, das entrevistas e da pesquisa levaram à conclusão de que os bairros com menos estruturas e com redução dos serviços de saneamento têm maiores possibilidades de desenvolverem a LVH, necessitando assim de um melhor planejamento de ações que atendam às necessidades específicas de cada local. Sendo que as medidas preventivas contra a doença devem ir além do doente, vetor e hospedeiro. Estas devem atender também às necessidades territoriais de cunho ambiental, estrutural e de saneamento básico específicos de cada local.