História e sensibilidades:

• Autor(a) principal: Sousa, Luana da Rocha
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/5058
• topic: CNPQ::OUTROS; Sensibilidades; Padre Tonini; Crenças; Sensitivities; Priest Tonini; Beliefs.

Este trabalho trata das paisagens subjetivas que são as grandes arquitetas da vida psíquica interior; pertencendo ao campo das sensibilidades e das representações, no desafio de compreender os sentimentos do padre italiano Quinto Tonini no exercício da sua missão no interior do Brasil. Este missionário da congregação da “Pequena Obra da Divina Providência” atuou no extremo norte de Goiás, na década de 1950. Como padre, Tonini estava inserido num projeto de reforma da Igreja católica que buscava alterar as práticas e as crenças dos leigos. Suas narrativas são tentativas de qualificar a realidade encontrada, construir representações sobre os lugares, as pessoas, enfim, de captar a vida, as crenças e os sentimentos dos habitantes locais. Percebe-se que ele não lida apenas com o passado e com o seu presente, mas também com as expectativas de futuro. No seu livro “Dom Orione: Entre Diamantes e Cristais” aparece a concepção de tempo circular, ou seja, esse diálogo entre o presente, o passado e o futuro. Grande parte das tristezas do padre está relacionada a essa percepção de impotência que o afligia diante da impossibilidade de alcançar rapidamente suas expectativas, às vezes, ele quase dúvida das possibilidades de adequação dos leigos às exigências da Igreja. De qualquer forma, na sua narrativa ele vai configurando os personagens, homens, mulheres, crianças, jovens e velhos da região. Nesse processo, ele também configura uma identidade missionária, ao revelar suas ações, mas esconder seus medos e paixões. De qualquer forma, aqui e ali brotam seus desejos, sonhos, estranhamentos e frustrações.