O mito da beleza e a psicanálise: análise dos padrões de beleza em interferência ao feminino

• Autor(a) principal: Araujo, Maria-Letícia di Rodrigues
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/4945
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Padrões de beleza; Psicanálise; Feminino; Mídias sociais

O presente trabalho teve como objetivo investigar as implicações subjetivas dos padrões de beleza em interferência ao feminino, partindo das inquietações da obra de Naomi Wolf, “O mito da beleza” e das teorizações psicanalíticas acerca da feminilidade. Como método, utilizou-se o estudo bibliográfico e a pesquisa de campo. Como instrumento, foi usada a entrevista semiestruturada a partir de um roteiro previamente estabelecido. Participaram deste estudo três mulheres com idade de 25, 35 e 41 anos. A partir das reflexões despertadas, compreendeu-se que as mídias sociais contribuem para a construção da imagem de um Ideal de Eu corporal, pautado em um padrão inatingível. Este fato, por sua vez, conduz as mulheres em uma busca incessante por atingir esse ideal. Por fim, observou-se que as imposições de um tipo de beleza causam sofrimento psíquico nas mulheres que, pelos relatos, veem como impossibilitadas de serem escolhidas como objeto de amor do outro, demonstrando também medo do envelhecimento por ter como consequência a invisibilidade e segregação social. Portanto, a beleza é colocada como constructo simbólico para responder ao enigma da feminilidade. Sendo lida como característica intrínseca ao gênero feminino, a beleza é utilizada como ferramenta capitalista para incitar o consumo de produtos e tornar as mulheres produtos a serem consumidos.