Caracterização Biométrica das sementes, germinação e desenvolvimento in vitro, e aclimatização de brassavola martiana lindl. (orchidaceae)

• Autor(a) principal: Gonçalves, Barbara Schirato
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/6208
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS; Orchidaceae; Epífita; Substratos; Botânica; Botany; Orchidaceae; Epiphyte; Substrates

Brassavola martiana é uma espécie de orquídea epifítica apreciada por colecionadores devido à beleza de suas flores. Devido à diminuição do seu habitat natural causada por diversas ações antrópicas e por apresentar potencial ornamental, estudos relacionados à sua germinação e desenvolvimento utilizando-se as técnicas de cultivo in vitro são altamente relevantes. Assim, o presente trabalho teve como objetivos caracterizar a biometria das sementes, estudar a influência da idade dessas no processo germinativo, avaliar a influência de diferentes temperaturas no desenvolvimento das plantas in vitro, e estabelecer um protocolo eficaz para a aclimatização inicial das plantas obtidas in vitro. Para a caracterização biométrica, sementes foram fotografadas com o auxílio de microscópio óptico e tiveram suas medidas de comprimento e largura tomadas através do programa Anati Quanti. Para os testes referentes à idade das sementesforam utilizados frutos oriundos de autofecundação e de fecundação cruzada. Sementes com 60, 90, 120, 150, 180, 210, 240, 270 e 300 dias após a polinização foram inoculadas em meio de cultura Murashige e Skook (1962) na concentração de 50% dos macronutrientes e mantidas em sala de crescimento para avaliação de suas taxas de germinação. Para verificar a influência da temperatura no desenvolvimento in vitro da espécie, recipientes contendo plântulas de B. martiana foram mantidos em câmaras de crescimento ajustadas para temperaturas de 25, 30 e 35oC. Os resultados foram avaliados após 120 dias de cultivo através das variáveis: número de brotos e raízes formados/explante, comprimento do maior broto e da maior raiz. O processo de aclimatização foi dividido em duas fases. A fase 1 consistiu na retirada das plantas do meio de cultura e plantio em recipientes plásticos contendo diferentes proporções de quatro substratos sólidos (Bioplant, Esfagno, Ouro Negro e Casca de Pinus) em duas etapas. Na fase 2 as plantas sobreviventes oriundas da fase 1 foram transferidas para orquidário com 75% de retenção da radiação solar. A avaliação foi realizada por meio das variáveis: porcentagem de sobrevivência, altura das plantas, número de folhas e raízes e comprimento da maior raiz. A biometria revelou que as sementes de B. martiana apresentaram uma grande variação em suas dimensões com médias de 212,67 m de comprimento e 52,33 m de largura. Os resultados referentes ao efeito da idade das sementes no processo germinativo mostraram que sementes com até 300 dias de idade, oriundas tanto da autofecundação quanto da fecundação cruzada, não germinaram. Quanto à temperatura observou-se que 25°C é a mais adequada para o desenvolvimento in vitro da espécie. Em relação à fase 1 da aclimatização, os melhores resultados foram obtidos com as combinações de Bioplant + Esfagno e Ouro Negro + Casca de Pinus ambas na proporção de 1:1. Para a fase 2 os melhores resultados foram obtidos com os substratos Ouro Negro e Casca de Pinus também na proporção de 1:1. Em síntese, foi possível realizar a descrição biométrica das sementes de B. martiana, determinar uma temperatura adequada para seu desenvolvimento in vitro bem como desenvolver um protocolo inicial para sua aclimatização.