Estudo comparativo das atividades biológicas do veneno da Bothrops moojeni, do cerrado Tocantinense e do Sudeste

• Autor(a) principal: Nunes, Antonio Italo dos Santos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/2728
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERAL; Proteínas; Toxicidade; Veneno; Cerrado; Bothrops; Proteins; Toxicity; Venom; Thick; Bothrops

A família das serpentes Viperidae é responsável pelo maior número de acidentes ofídicos registrados no Brasil, sendo de maior relevância para a saúde pública. Nesta família está o gênero Bothrops, responsável por cerca de 90% dos acidentes no país, e também no estado do Tocantins. A espécie Bothrops moojeni é distribuída por todo o Cerrado tocantinense, é a espécie de maior relevância para o Estado. Estudos mostram que a composição dos venenos varia bastante de acordo com sexo, ontogenia, alimentação, distribuição geográfica, dentre outros. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a composição das atividades biológicas induzidas pelo veneno de Bothrops moojeni, em um estudo comparativo, entre o veneno coletado em espécimes do cerrado tocantinense e no Sudeste do Brasil. Para esse intuito foi caracterizado o perfil proteico, por eletroforese (SDS-PAGE), e determinadas as atividades biológicas do edema, hemorragia, necrose e miotoxidade, em camundongos swiss. A análise do perfil proteico demonstrou bandas predominantes, com três bandas majoritárias (40, 18 e 10 kDa) para o pool do Tocantins, e para o pool do Sudeste (24, 18 e 10 kDa). Tanto o veneno da B. moojeni do Tocantins quanto o do Sudeste apresentaram as atividades biológicas testadas, sem diferenças significativas para os protocolos avaliados. Portanto, apesar do pool de venenos do Tocantins apresentar variação na intensidade das bandas proteicas com relação ao veneno do Sudeste, não houve alteração nas atividades biológicas. Contudo, serão necessários mais estudos tendo em vista a variabilidade observada na constituição proteica entre os venenos.