Um Estudo Hermenêutico-Fenomenológico do texto A Origem da Geometria de Edmund Husserl

• Autor(a) principal: SOUZA, Ronaldo Araújo de
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/4686
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::MATEMATICA; Fenomenologia; Origem; Geometria; Pré-científico; Matemática

Esta pesquisa intenciona o anexo III – cujo título é A Origem da Geometria - da obra A Crise das Ciências Europeias e a Fenomenologia Transcendental: Uma Introdução à Filosofia Fenomenológica, de Edmund Husserl. Tem por objetivo explicitar o pré-científico no texto A Origem da Geometria, evidenciando como os primeiros geômetras o mobilizavam para a constituição das idealidades geométricas; e, para dar conta de realizar essa tarefa, interroga-se como acontece o desvelamento do pré-científico no texto A Origem da Geometria. Para constituir os dados de pesquisa valeu-se do método hermenêutico-fenomenológico, buscando compreender o expresso em linguagem escrita com o que se mostrou do encontro histórico entre a obra e os seus intérpretes. Nesse movimento de compreensão coloca-se em epoché tudo aquilo que previamente se conhece do fenômeno, para não deixar que o olhar investigador predicasse o fenômeno. Na parte final do trabalho, Metacompreensão do Fenômeno, explicita-se e articula com outros autores a hermenêutica acerca dos conceitos origem, história, comunidade, linguagem, idealidade entre outros. Como resultado da investigação, mostrou-se que para desvelar o pré-científico, ato anterior as configurações geométricas ideias, mobiliza-se a variação imaginativa articulada à história como movimento das realizações espirituais; tal realização é entendida como “origem”. Também, leva-se em conta a função da linguagem e intropatia, bem como o movimento subjetividade/intersubjetividade/objetividade fundamentais para a constituição das idealidades. Presentou-se, assim, um a priori do mundo histórico como um mundo de coisas, mas não apenas, cujos materiais a ele pertencentes serviram como base para as primeiras configurações geométricas. Explicita-se, ainda, o mundo da vida como fundamento de sentido para todas as ciências que se ocupam da pura espaço-temporalidade, tomando a Geometria em sentido exemplar.