A ictiofauna da Ecorregião Tocantins-Araguaia: diversidade, redes de pesquisa e construção do conhecimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guedes, Tharles Lopes de Oliveira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/4515
Resumo: O grupo peixes é o mais diverso de vertebrados e tem nos ambientes dulcícolas grande parte de sua diversidade. A região Neotropical possui a mais diversa ictiofauna de água doce do mundo e nesse contexto as bacias amazônicas são muito representativas. A ecorregião Tocantins- Araguaia, que corresponde à parte da bacia Tocantins-Araguaia a montante da UHE-Tucuruí, está localizada na fronteira leste dessa drenagem e apesar de seus rios não serem afluentes direto do rio Amazonas possuem uma ictiofauna essencialmente amazônica com uma elevada taxa de endemismo. Diante desse contexto, este trabalho teve como objetivos quantificar o número de espécies válidas que ocorrem na ecorregião Tocantins-Araguaia; elucidar a rede de pesquisadores e instituições que descreveram as espécies com localidade tipo dentro da ecorregião; e entender o processo histórico de descrição das espécies com localidade tipo dentro da ecorregião. Para isso foi realizado levantamento bibliográfico com a finalidade de registrar as espécies com ocorrência na ecorregião; a análise de redes por meio de software específico; e a associação entre a localidade tipo e o ano de descrição das espécies para compreender o processo histórico das descrições das espécies oriundas da ecorregião. Esta pesquisa revelou uma diversidade ictiológica maior do que aquelas anteriormente assinaladas para a área de estudo por trabalhos regionais. As primeiras espécies de peixes registradas para a ecorregião remontam às primeiras descrições feitas por Linnaeus em 1758, porém foi no século XIX que as primeiras espécies com localidade tipo dentro da ecorregião foram descritas. As redes de colaboração entre pesquisadores e instituições que estudam a ictiofauna da ecorregião inicialmente foram formadas por estrangeiros e gradativamente substituídas por uma rede representada principalmente por pesquisadores e instituições brasileiras, entretanto, manteve- se a colaboração estrangeira. As primeiras descrições de espécies com localidade tipo dentro da ecorregião foi resultado de grandes expedições estrangeiras que contaram com a participação de naturalistas-viajantes que visitaram o interior do Brasil. Por fim, os resultados reforçam a necessidade de ações conservacionistas que possam contribuir com a conservação da diversidade dessa ictiofauna e com políticas públicas que incentivem, fortaleçam e valorizem o conhecimento do grupo para que as decisões em relação ao uso e ocupação dos ambientes aquáticos considerem a ocorrência, a distribuição e os hábitats necessários a esse grupo taxonômico.
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A ecorregião Tocantins- Araguaia, que corresponde à parte da bacia Tocantins-Araguaia a montante da UHE-Tucuruí, está localizada na fronteira leste dessa drenagem e apesar de seus rios não serem afluentes direto do rio Amazonas possuem uma ictiofauna essencialmente amazônica com uma elevada taxa de endemismo. Diante desse contexto, este trabalho teve como objetivos quantificar o número de espécies válidas que ocorrem na ecorregião Tocantins-Araguaia; elucidar a rede de pesquisadores e instituições que descreveram as espécies com localidade tipo dentro da ecorregião; e entender o processo histórico de descrição das espécies com localidade tipo dentro da ecorregião. Para isso foi realizado levantamento bibliográfico com a finalidade de registrar as espécies com ocorrência na ecorregião; a análise de redes por meio de software específico; e a associação entre a localidade tipo e o ano de descrição das espécies para compreender o processo histórico das descrições das espécies oriundas da ecorregião. Esta pesquisa revelou uma diversidade ictiológica maior do que aquelas anteriormente assinaladas para a área de estudo por trabalhos regionais. As primeiras espécies de peixes registradas para a ecorregião remontam às primeiras descrições feitas por Linnaeus em 1758, porém foi no século XIX que as primeiras espécies com localidade tipo dentro da ecorregião foram descritas. As redes de colaboração entre pesquisadores e instituições que estudam a ictiofauna da ecorregião inicialmente foram formadas por estrangeiros e gradativamente substituídas por uma rede representada principalmente por pesquisadores e instituições brasileiras, entretanto, manteve- se a colaboração estrangeira. As primeiras descrições de espécies com localidade tipo dentro da ecorregião foi resultado de grandes expedições estrangeiras que contaram com a participação de naturalistas-viajantes que visitaram o interior do Brasil. Por fim, os resultados reforçam a necessidade de ações conservacionistas que possam contribuir com a conservação da diversidade dessa ictiofauna e com políticas públicas que incentivem, fortaleçam e valorizem o conhecimento do grupo para que as decisões em relação ao uso e ocupação dos ambientes aquáticos considerem a ocorrência, a distribuição e os hábitats necessários a esse grupo taxonômico.Fish are the most diverse group of vertebrates and they have most of their diversity in freshwater environments. The Neotropical region has the most diverse freshwater ichthyofauna in the world and in this context the Amazon basins are very representative. The Tocantins-Araguaia ecoregion, which corresponds to the part of the Tocantins-Araguaia basin upstream of the Tucuruí Dam, is located on the eastern border of this drainage and although its rivers are not direct affluents of the Amazon River, they have an essentially Amazonian ichthyofauna with a high rate of endemism. In this context, this work aimed to quantify the number of valid species occurring in the Tocantins-Araguaia ecoregion; elucidate the network of researchers and institutions that described species with type locality within the ecoregion; and understand the historical process of description of species with type locality within the ecoregion. For this, a bibliographical survey was carried out in order to register the species occurring in the ecoregion; the analysis of networks through specific software; and the association between the type locality and the year of description of the species to understand the historical process of descriptions of species from the ecoregion. This research revealed a greater ichthyological diversity than those previously noted for the study area by regional works. The first species of fish recorded for the ecoregion date back to the first descriptions made by Linnaeus in 1758, but it was in the 19th century that the first species with a type locality within the ecoregion began to be described. The collaboration networks between researchers and institutions that study the ecoregion's ichthyofauna were initially formed by foreigners and they were gradually replaced by an international network currently represented mainly by Brazilian researchers and institutions, however, foreign collaboration was maintained. The first descriptions of species with a type locality within the ecoregion were the result of large foreign expeditions that included the participation of naturalist-travelers who explored inhospitable regions of the interior of Brazil. Finally, the results reinforce the need for conservation actions that can contribute to the conservation of the diversity of this ichthyofauna and public policies that encourage, strengthen and value the group's knowledge so that decisions regarding the use and occupation of aquatic environments consider the occurrence, distribution and habitats necessary for this taxonomic group.application/pdfUniversidade Federal do TocantinsPalmasPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - CiambBRCNPQ::OUTROSBacia Tocantins-Araguaia; Biodiversidade; Checklist; Peixes de água doce; Tocantins-Araguaia basin; Biodiversity; Checklist; Freshwater fishesA ictiofauna da Ecorregião Tocantins-Araguaia: diversidade, redes de pesquisa e construção do conhecimentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFTinstname:Universidade Federal do Tocantins (UFT)instacron:UFTORIGINALTharles Lopes de Oliveira Guedes - Tese.pdfTharles Lopes de Oliveira Guedes - Tese.pdfapplication/pdf6099368http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4515/1/Tharles%20Lopes%20de%20Oliveira%20Guedes%20-%20Tese.pdf77ac06d8db708d6be6d77b1008509504MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4515/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTTharles Lopes de Oliveira Guedes - Tese.pdf.txtTharles Lopes de Oliveira Guedes - Tese.pdf.txtExtracted texttext/plain390454http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4515/3/Tharles%20Lopes%20de%20Oliveira%20Guedes%20-%20Tese.pdf.txt3a937a66bcf5b5ac7320f6654ae8f883MD53THUMBNAILTharles Lopes de Oliveira Guedes - Tese.pdf.jpgTharles Lopes de Oliveira Guedes - Tese.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1321http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4515/4/Tharles%20Lopes%20de%20Oliveira%20Guedes%20-%20Tese.pdf.jpg2678693510602ee54536fb4ad3d59ec0MD5411612/45152023-01-26 03:01:29.789oai:repositorio.uft.edu.br:11612/4515Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.uft.edu.br/oai/requestbiblioarraias@uft.edu.br || bibliogpi@uft.edu.br || bibliomira@uft.edu.br || bibliopalmas@uft.edu.br || biblioporto@uft.edu.br || biblioarag@uft.edu.br || dirbib@ufnt.edu.br || bibliocca@uft.edu.br || bibliotoc@uft.edu.bropendoar:2023-01-26T06:01:29Repositório Institucional da UFT - Universidade Federal do Tocantins (UFT)false
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