Estupro como arma de guerra: estudo de caso sobre o conflito da Bósnia e Herzegovina.

• Autor(a) principal: Miranda, Maria Tereza Castro
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/3619
• topic: CNPQ::OUTROS: Relações Internacionais; Guerra; Genocídio; Estupro; Bósnia; Herzegovina; War; Mass rape; Genocide; Bosnia; Herzegovina.

RESUMO A Iugoslávia foi um Estado criado depois da queda do Império Turco Otomano, e depois da Grande Guerra foi usada para o equilíbrio de poder. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Estado conseguiu expulsar o exército nazista com as suas tropas, sem precisar de ajuda externa, e graças a essa façanha o Marechal Josip Tito, torna-se carismático e assume o poder da Iugoslávia, Tito criou a República Socialista da Iugoslávia, onde Eslovênia, Croácia, Sérvia, Bósnia e Herzegovina, Macedônia faziam parte do seu território. Por ser um Estado multicultural fez-se necessário durante a era Tito unificar a identidade nacional para as alianças políticas serem estabelecidas, porém com a morte de Tito toda a ideologia que unificava o Estado vinha se tornando frágil. Quando o líder sérvio Slobodan Milosevic assume o poder, toda o sentimento nacionalista sérvio que estava adormecido vem à tona e o grande sonho de Slobodan era criar a Grande Sérvia. Eslovênia e Croácia não compactuam com esse pensamento de Slobodan e dão início aos primeiros movimentos beligerantes para conseguir a sua independência, dando início assim ao processo de dissolução da Iugoslávia. Assim, foi posta em prática a primeira missão de manutenção da paz em território Iugoslavo, com o intuito de garantir o cessar fogo entre as tropas sérvias e croatas, o processo de dissolução ficou ainda mais violento quando a Bósnia e Herzegovina também proclamou independência da Iugoslávia, iniciou-se assim o conflito mais violento no território iugoslavo – a Guerra da Bósnia, onde o estupro foi utilizado de forma sistemática como arma de guerra para promover a limpeza étnica da população, as mulheres bósnio-muçulmanas foram as principais afetadas por essa estratégia de limpeza étnica.