Gênero e trabalho no Tocantins: mulheres exercendo profissões "consideradas" masculinas

• Autor(a) principal: Oliveira, Fernanda da Silva
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/6060
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL; Gênero; Divisão sexual do trabalho; Feminismo; Trabalho

Este trabalho analisou analisar a concepção das mulheres sobre as construções de gênero no mercado de trabalho e suas condições por muitas vezes inferiorizadas. Tal pesquisa teve como interlocutoras mulheres residentes em Miranorte, Miracema e Palmas -TO, que exercem profissões ―consideradas‖ masculinas, enfatizando suas percepções, experiências e desafios no mundo do trabalho. Buscou-se entender como essas mulheres compreendem sua condição feminina no mundo do trabalho e como enfrentam as diferenças e hierarquias socialmente construídas sobre gênero. Na pesquisa bibliográfica, buscou-se analisar a categoria gênero e o caminho histórico, social e econômico das mulheres na sociedade capitalista, problematizando a falta de igualdade nas relações entre homens e mulheres e a trajetória delas na sociedade. Foram entrevistadas cinco profissionais, selecionadas aleatoriamente e a coleta se materializou com entrevistas semiestruturadas, mediante roteiro de perguntas elaborado antecipadamente, abrindo espaço para novos questionamentos. Constatou-se que as mulheres têm alcançado cada vez mais notoriedade e espaço no mundo do trabalho como sujeitos de direitos, no entanto, os resultados da pesquisa demonstram que as desigualdades entre os gêneros persistem no mercado de trabalho tocantinense. Houve relatos de algumas manifestações de machismo e de assédio nos ambientes de trabalho, porém, as profissionais não buscaram os mecanismos jurídicos para o combate destas práticas. As entrevistadas mantém a articulação trabalho/família, conciliando o trabalho com a dupla jornada, sendo as principais responsáveis pelo trabalho doméstico. A pesquisa destaca que a busca por igualdade de direitos, de salários e tratamentos sociais sem discriminações e sem subalternidade deve permanecer viva e atuante.