Memórias, práticas e representações da música tradicional da comunidade quilombola kalunga tinguizal de monte alegre de goiás
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFT |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11612/2952 |
Resumo: | O presente trabalho busca conceituar a memória, a prática e as representações culturais do povo Kalunga, mais precisamente na comunidade Kalunga – Tinguizal, descrevendo e argumentando a comunidade em estudo, a fim de compreender e explicitar a oralidade e musicalidade, a partir da sua cultura local através da Folia de Nossa Senhora do Rosário, onde se torna aparente a percepção da inter-relação desses conceitos na criação de identidade e salvaguarda do patrimônio imaterial da comunidade. A pesquisa foi desenvolvida sob o viés da abordagem qualitativa. Para esse fim, adotou-se como base inicial a Revisão de Literatura de teóricos como: Halbwachs (1968), Goff (1990), Stuart Hall, (2006) e Chartier (1995). Para iniciar a análise da concepção teórica de memória individual e memória coletiva, partimos do princípio de que é através da memória – seja ela coletiva ou individual – que conseguiremos ter acesso aos conhecimentos, sejam eles, saberes, valores, legados de um passado de indivíduo vivente em um mundo sem escrita. A memória individual é adquirida no convívio de diferentes grupos, pois é um ato construtivo. É através disso que a memória individual tem grande essência para explicação de diversidade de lembranças de um sujeito, que será socializado no meio coletivo. Ao perceber que a memória coletiva abrange suas raízes, é possível indagar um dos membros dessa coletividade e assim possibilita a capacidade de relatar lembranças vivenciadas com seu grupo neste local. Por mais que não consegue trazer todos os detalhes, mas terá em memória registro de diversas práticas vivenciadas. O paradigma de comunidade local tem nas representações culturais uma das grandes ferramentas para inter-relacionar com as práticas culturais. Traçada pela resistência de seus saberes, valorizando o sentido e significado da identidade cultural. As comunidades remanescentes quilombolas se desenvolveram ao longo da formação de toda história brasileira, com características próprias de ocupação da terra, organização social, religiosa e identitária. A comunidade Tinguizal possui uma grande variedade de tradições, desde o início o povo Kalunga em geral faz o uso da oralidade para contar suas histórias, repassando e garantindo a continuação conhecimento empírico historicamente construído na comunidade. Fazendo assim a transmissão oral de sua identidade cultural para filhos, netos, sobrinhos, etc. É o caso da Folia de Nossa Senhora do Rosário, que ainda não possui nenhum registro escrito sendo passada para os mais jovens através da oralidade, os mais velhos mantém viva em sua memória as letras dos cantos que são entoados durante o giro da folia e também a forma de tocar os instrumentos, são conhecimentos empíricos passados de geração em geração. Sendo assim, conclui-se que se torna essencialmente relevante para percebermos que a oralidade é uma ferramenta fundamental na perpetuação da cultura de muitos povos, em especial tradição do povo Kalunga, pois, há muitos séculos os registros da trajetória histórica desse povo foram feitos apenas por meio da oralidade, tendo o registro escrito há pouco tempo. Através de suas narrativas de memória individual e coletiva o povo Kalunga repassa e mantém vivo suas práticas e representações culturais. |
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Soares, Silvan MoreiraCoelho, George Leornardo Seabra2021-07-27T14:24:24Z2021-07-27T14:24:24Z2021-04-02SOARES, Silvan Moreira. Memórias, práticas e representações da música tradicional da comunidade quilombola kalunga tinguizal de monte alegre de goiás. 2021. 71f. Monografia de Graduação - Curso de Licenciatura em Educação do Campo, Universidade Federal do Tocantins, Arraias, 2021.http://hdl.handle.net/11612/2952O presente trabalho busca conceituar a memória, a prática e as representações culturais do povo Kalunga, mais precisamente na comunidade Kalunga – Tinguizal, descrevendo e argumentando a comunidade em estudo, a fim de compreender e explicitar a oralidade e musicalidade, a partir da sua cultura local através da Folia de Nossa Senhora do Rosário, onde se torna aparente a percepção da inter-relação desses conceitos na criação de identidade e salvaguarda do patrimônio imaterial da comunidade. A pesquisa foi desenvolvida sob o viés da abordagem qualitativa. Para esse fim, adotou-se como base inicial a Revisão de Literatura de teóricos como: Halbwachs (1968), Goff (1990), Stuart Hall, (2006) e Chartier (1995). Para iniciar a análise da concepção teórica de memória individual e memória coletiva, partimos do princípio de que é através da memória – seja ela coletiva ou individual – que conseguiremos ter acesso aos conhecimentos, sejam eles, saberes, valores, legados de um passado de indivíduo vivente em um mundo sem escrita. A memória individual é adquirida no convívio de diferentes grupos, pois é um ato construtivo. É através disso que a memória individual tem grande essência para explicação de diversidade de lembranças de um sujeito, que será socializado no meio coletivo. Ao perceber que a memória coletiva abrange suas raízes, é possível indagar um dos membros dessa coletividade e assim possibilita a capacidade de relatar lembranças vivenciadas com seu grupo neste local. Por mais que não consegue trazer todos os detalhes, mas terá em memória registro de diversas práticas vivenciadas. O paradigma de comunidade local tem nas representações culturais uma das grandes ferramentas para inter-relacionar com as práticas culturais. Traçada pela resistência de seus saberes, valorizando o sentido e significado da identidade cultural. As comunidades remanescentes quilombolas se desenvolveram ao longo da formação de toda história brasileira, com características próprias de ocupação da terra, organização social, religiosa e identitária. A comunidade Tinguizal possui uma grande variedade de tradições, desde o início o povo Kalunga em geral faz o uso da oralidade para contar suas histórias, repassando e garantindo a continuação conhecimento empírico historicamente construído na comunidade. Fazendo assim a transmissão oral de sua identidade cultural para filhos, netos, sobrinhos, etc. É o caso da Folia de Nossa Senhora do Rosário, que ainda não possui nenhum registro escrito sendo passada para os mais jovens através da oralidade, os mais velhos mantém viva em sua memória as letras dos cantos que são entoados durante o giro da folia e também a forma de tocar os instrumentos, são conhecimentos empíricos passados de geração em geração. Sendo assim, conclui-se que se torna essencialmente relevante para percebermos que a oralidade é uma ferramenta fundamental na perpetuação da cultura de muitos povos, em especial tradição do povo Kalunga, pois, há muitos séculos os registros da trajetória histórica desse povo foram feitos apenas por meio da oralidade, tendo o registro escrito há pouco tempo. Através de suas narrativas de memória individual e coletiva o povo Kalunga repassa e mantém vivo suas práticas e representações culturais.The present work seeks to conceptualize the memory, practice and cultural representations of the Kalunga people, more precisely in the Kalunga – Tinguizal community, describing and arguing the community under study, in order to understand and explain the orality and musicality, from their local culture through the Folia of Our Lady of the Rosary, where it becomes apparent the perception of the interrelation of these concepts in the creation of identity and safeguarding of the intangible heritage of the community. The research was developed under the qualitative approach. To this end, the initial basis was adopted the Literature Review of theorists such as:Halbwachs (1968), Goff (1990), Stuart Hall, (2006) and Chartier (1995).To begin the analysis of the theoretical conception of individual memory and collective memory, we assume that it is through memory – whether collective or individual – that we will be able to have access to knowledge, be they, knowledge, values, legacies of a past of living individual in a world without writing.Individual memory is acquired in the conviviality of different groups, because it is a constructive act, through which the individual memory has great essence for explaining the diversity of memories of a subject, which will be socialized in the collective environment.By realizing that collective memory encompasses its roots, it is possible to ask one of the members of this collectivity and thus enable the ability to report memories experienced with their group in this place. The local community paradigm has in cultural representations one of the great tools to interrelate with cultural practices. Traced by the resistance of their knowledge, valuing the meaning and meaning of cultural identity.The remaining quilombola communities developed throughout the formation of all Brazilian history, with characteristics of land occupation, social, religious and identity organization. The Tinguizal community has a wide variety of traditions, from the beginning the Kalunga people in general make use of orality to tell their stories, passing on and ensuring the continuation of empirical knowledge historically built in the community. Doing so the oral transmission of their cultural identity to children, grandchildren, nephews, etc. It is the case of the Folia de Nossa Senhora do Rosário, which still has no written record being passed on to the younger ones through orality, the elders keep alive in their memory the letters of the songs that are intosated during the turning of the revelry and also the way of playing the instruments , are empirical knowledge passed from generation to generation. Thus, it is concluded that it becomes essentially relevant to realize that orality is a fundamental tool in the perpetuation of the culture of many peoples, especially the tradition of the Kalunga people, because many centuries ago the records of the historical trajectory of this people were made only through orality, having written the record recently. Through their narratives of individual and collective memory the Kalunga people pass on and keep alive their cultural practices and representations.Universidade Federal do TocantinsArraiasCURSO::ARRAIAS::PRESENCIAL::LICENCIATURA::EDUCAÇÃO DO CAMPOArraiasGraduaçãoCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOMemória IndividualMemória ColetivaIdentidade CulturalFoliaOralidadeMemórias, práticas e representações da música tradicional da comunidade quilombola kalunga tinguizal de monte alegre de goiásinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFTinstname:Universidade Federal do Tocantins (UFT)instacron:UFTTEXTTCC - Monografia - Silvan Moreira Soares.pdf.txtTCC - Monografia - Silvan Moreira Soares.pdf.txtExtracted texttext/plain134193http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/2952/3/TCC%20-%20Monografia%20-%20Silvan%20Moreira%20Soares.pdf.txte4cf7041462da80b58eb63aa5c7af600MD53THUMBNAILTCC - Monografia - Silvan Moreira Soares.pdf.jpgTCC - Monografia - Silvan Moreira Soares.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1280http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/2952/4/TCC%20-%20Monografia%20-%20Silvan%20Moreira%20Soares.pdf.jpg7478edc129b49c6231b8a0df8d2cbc3bMD54ORIGINALTCC - Monografia - Silvan Moreira Soares.pdfTCC - Monografia - Silvan Moreira Soares.pdfapplication/pdf1445191http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/2952/1/TCC%20-%20Monografia%20-%20Silvan%20Moreira%20Soares.pdf9f6ec10ee96dd4c42998702124b276c4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/2952/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD5211612/29522021-08-17 03:01:02.863oai:repositorio.uft.edu.br:11612/2952Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.uft.edu.br/oai/requestbiblioarraias@uft.edu.br || bibliogpi@uft.edu.br || bibliomira@uft.edu.br || bibliopalmas@uft.edu.br || biblioporto@uft.edu.br || biblioarag@uft.edu.br || dirbib@ufnt.edu.br || bibliocca@uft.edu.br || bibliotoc@uft.edu.bropendoar:2021-08-17T06:01:02Repositório Institucional da UFT - Universidade Federal do Tocantins (UFT)false |
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