A INFLUÊNCIA DA ESCOLARIDADE NA PERCEPÇÃO SOBRE ALIMENTOS CONSIDERADOS SAUDÃVEIS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de educação popular (Online) |
Texto Completo: | https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/23878 |
Resumo: | O presente trabalho objetiva identificar os alimentos considerados indispensáveis à alimentação saudável pela população carente, segundo a escolaridade. Trata-se de estudo transversal realizado em instituições filantrópicas do município de Mauá, SP. A pesquisa consistiu em atividade dinâmica, na qual foram disponibilizadas figuras de alimentos. Os voluntários foram orientados a colar em folha sulfite os produtos que consideravam indispensáveis à alimentação saudável. Participaram da pesquisa 136 voluntários de diversas faixas etárias. Os alimentos mais citados como sendo indispensáveis pela amostra total do estudo foram o grupo das frutas, verduras e legumes (99%), carnes (87%), arroz (81%), leite (80%), feijão (78%), iogurte (70%), ovo (69%) e gelatina (67%). Observou-se associação significativa entre a escolaridade e a citação de alguns alimentos como suco artificial (p=0,00), embutidos (p=0,00), empanado de frango (p=0,01), cereal matinal (p=0,04), biscoito recheado (p=0,01), sopa instantânea (p=0,00), maionese (p=0,00), extrato de tomate (p=0,01), macarrão instantâneo (p=0,02) e temperos prontos (p=0,01). Na categoria de pessoas que não estudaram notou-se maior percepção do suco artificial (75%), embutidos (58,3%), maionese (66,7%) e macarrão instantâneo (58,3%) como alimentos saudáveis. De maneira inversa, a categoria de pessoas que completaram o ensino médio apresentou menor prevalência na citação de suco artificial (25%), embutidos (10,7%), empanado de frango (0%), maionese (7,1%), extrato de tomate (10,7%) e temperos prontos (3,6%) como alimentos saudáveis. Tais dados revelam associação significativa sobre a consideração de alimentos processados como sendo indispensáveis à alimentação saudável e o nível de escolaridade. Os resultados sugerem que a população menos escolarizada pode estar mais suscetível a interpretações errôneas sobre conceitos de alimentação e nutrição. |
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