Fenologia e síndromes de polinização e dispersão de espécies de sub-bosque em um remanescente florestal urbano no Brasil central

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Maxmiller Cardoso
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Consolaro, Hélder Nagai
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bioscience journal (Online)
Texto Completo: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/18072
Resumo: O objetivo foi avaliar a fenologia reprodutiva e as síndromes de polinização e dispersão de um sub-bosque de Mata Seca Semidecídua. O estudo foi realizado na cidade de Catalão-GO, de maio de 2010 a maio de 2011, no Parque Municipal do Setor Santa Cruz, um fragmento de 29 hectares. A coleta dos dados fenológicos foi semanal utilizando um transecto de 1000 m. Para as síndromes, foi observado à morfologia de flores e frutos, e estes dados foram relacionados aos de fenologia. A floração teve maior índice (43,13%) em dezembro de 2010 (chuva) e a frutificação manteve índices de 25 a 30% na maior parte do ano. Acanthaceae apresentou o maior índice de floração em maio de 2010 e fevereiro de 2011; Piperaceae em outubro de 2010 e Rubiaceae em dezembro 2010. A frutificação em Acanthaceae ocorreu durante a seca e inicio das chuvas, com maior índice em outubro de 2010, Piperaceae na estação das chuvas e inicio da seca, com pico em maio de 2011, e em Rubiaceae ocorreu durante 11 meses, com pico em março de 2011. Duas espécies de Acanthaceae e uma de Piperaceae não apresentaram frutificação, já a fenofase de floração foi observada nessas espécies. Foram identificadas três síndromes de polinização, sendo estas melitofilia (pico de intensidade em outubro de 2010), psicofilia (janeiro de 2011) e ornitofilia (maio de 2010). As síndromes de dispersão foram ornitocoria (dois picos, um em julho de 2010 e outro em maio de 2011) e anemocoria (pico em outubro de 2010). A presença de espécies em floração e/ou frutificação ao longo do ano pode contribuir para a dinâmica e permanência da comunidade estudada, pois essas espécies auxiliam na manutenção de abelhas e aves no fragmento, importantes vetores de polinização e dispersão. Levando em consideração que o Cerrado vem sofrendo um intenso impacto ambiental e a área de estudo ser um fragmento localizado dentro de um perímetro urbano, a sua conservação torna-se de grande importância, apesar de sua pequena área, devido os importantes processos ecológicos que ali existem.
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