O VIVER E O HABITAR: os ciclos da natureza e os usos dos territórios fluviais no rio São Francisco - Pirapora/MG
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Caminhos de Geografia |
Texto Completo: | https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/16218 |
Resumo: | A intenção deste artigo é discutir algumas abordagens sobre o espaço geográfico do município de Pirapora/MG, local onde desenvolvemos nossa pesquisa. Buscamos primeiramente analisar o cenário agrário do município e posteriormente a forma de ocupação territorial das ilhas existentes no rio São Francisco. Em função das mudanças socioterritoriais ocorridas no campo, principalmente pela adoção de modernas técnicas agrícolas, os camponeses deste município se viram sujeitos a adoção de novas práticas cotidianas. Passaram a buscar novos espaços de produção, encontrando no território das ilhas, um pequeno pedaço de terra rodeado pelas águas, um lugar de refúgio para viver. Espaço este bastante limitado e adverso, com características bem diferenciadas das que estavam acostumados a viver nas grandes fazendas. Abordamos a articulação entre as categorias de análise procurando compreender, através da organização sócio-territorial, como o espaço das ilhas pode ser definido de acordo suas funcionalidades e representatividades. A ilha fluvial estudada tem seu território definido em função dos ciclos da natureza, possuem limites inconstantes, é ocupada e utilizada somente quando as estações climáticas são favoráveis. Traremos o conceito de território analisado segundo as relações sociais existentes, envolvendo o poder simbólico e cultural. As pessoas que habitam os espaços da ilha vivem de acordo com a mutação deste seu território, estão a cada dia, sujeitos a perdas e reconquistas em função do movimento das águas. |
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