CONCENTRAÇÃO DE PODER NO AGRONEGÓCIO E (DES)TERRITORIALIZAÇÃO: OS IMPACTOS DA EXPANSÃO RECENTE DO CAPITAL SUCROALCOOLEIRO NO TRIÂNGULO MINEIRO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cleps Junior, João
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Caminhos de Geografia
Texto Completo: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/16152
Resumo: O presente trabalho analisa as contradições e conflitos gerados pela expansão recente do capital sucroalcooleiro em Minas Gerais, particularmente, na região do Triângulo Mineiro. É importante compreender a configuração do agronegócio ligado à produção sucroalcooleira em Minas Gerais, atualmente considerada a região de maior territorialização do setor. Segundo fontes sobre o setor, mais de vinte usinas de açúcar e álcool devem estar em funcionamento na região do Triângulo Mineiro até o ano de 2010. Busca-se, com este trabalho, estudar o atual modelo do agronegócio, voltado para o setor sucroalcooleiro e as relações com o campesinato regional. Na região do Triângulo, devido à proximidade com as usinas tradicionais de processamento instaladas em São Paulo, a mão-de-obra pode ser aproveitada no estado mineiro, por meio de aliciadores que buscam trabalhadores em outras regiões do país em meio às denúncias de trabalho escravo. São geralmente migrantes do Nordeste e Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, recrutados por intermediários que selecionam a mão-de-obra para as usinas. Além disso, há um vaivém dos cortadores de cana, com os mesmos trabalhadores realizando as atividades em canaviais do Noroeste Paulista e (Pontal) do Triângulo Mineiro. Devido à proximidade geográfica com o Estado de São Paulo, as pequenas localidades situadas nas áreas produtoras têm assumido o papel de cidades-dormitórios para os trabalhadores das usinas. É um processo que tende a diminuir com a expansão do corte mecanizado. Outros aspectos merecem destaques na atual configuração do agronegócio da cana: a questão dos impactos tecnológicos sobre a mão-de-obra; as condições de trabalho degradantes presentes na atividade; a concentração do poder dos capitais agroindustriais e das terras e a conversão de áreas de produção agrícola tradicional pelos monocultivos, provocando o monopólio das terras e aumento dos conflitos agrários.
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