"Não aprendi dizer adeus"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Haddock-Lobo, Rafael
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Educação e Filosofia
Texto Completo: https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/29879
Resumo: [1] Estas palavras que se seguem são obviamente dedicadas à minha mãe, falecida em 23 de junho de 2014, ano de apresentação deste trabalho. A ela que se, em vida, sempre resplandeceu o respeito à singularidade do outro, com sua morte, com a antecipação abrupta do fim do meu mundo, me fez ver que, de fato, eu estava certo em tudo aquilo que escrevi, ao longo de meu percurso, sobre a morte do outro; me fez sentir na pele o que significa o adeus, a infinita responsabilidade para com aquele que não mais responde. Portanto, para Christina, para sempre, e a cada vez única.*Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC - RJ). Professor do Departamento de Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Laboratório KHORA de Filosofias da Alteridade."Não aprendi dizer adeus"Resumo: Este texto tem como objetivo apresentar uma homenagem ao pensamento de Jacques Derrida, tendo por ocasião os dez anos de sua morte. Nesse sentindo, partindo da concepção de "adeus", a qual ele retira de Emmanuel Lévinas e a ele retorna na ocasião de sua morte, pretendemos rastrear alguns momentos da vasta obra derridiana na qual ele trata da relação com a absoluta ausência do outro e do tremor frente a este absurdo. E, ao mesmo tempo, retrata meu momento de reflexão sobre este absurdo com o qual me confrontava naquele momento.Palavras-chave: Adeus. Fim do mundo. Interrupção. Morte. Sobrevida"Não aprendi dizer adeus"Résumé: Ce texte vise à présenter un hommage à la pensée de Jacques Derrida, á l'occas­sion des dix ans de sa mort. En ce sens, à partir de la notion d'"adieu", dont il prend d'Emmanuel Levinas et à lui retourne au moment de sa mort, nous voulons pour tracer certains moments de la grand oeuvre de Derrida dans laquel il traite de la relation avec l'absence absolue de l'autre et du tremblements face à cette absurdité. Dans le même temps, ce texte dépeint mon moment de réflexion sur cette absurdité avec laquelle m'a confronté à cette époque.Mots-clés: Adieu. Fin du monde. Interruption. Mort. Survie.Data de registro: 14/04/2015Data de aceite: 22/04/2015Referências:BORRADORI, G. Filosofia em tempos de terror: diálogos com Habermas e Derrida. Rio de Janeiro: Zahar Ed. 2004.DERRIDA, J. Adeus a Emmanuel Lévinas. Tradução de Fábio Landa. São Paulo: Perspectiva. 2004.______. Aprender finalmente a viver. Tradução de Fernanda Bernardo. Coimbra: Ariadne Editora, 2005.______. Carneiros: o diálogo ininterrupto: entre dois infinitos, o poema. Tradução de Fernanda Bernardo. Coimbra: Palimage, 2008.______. Espectros de Marx: o Estado da dívida, o trabalho do luto e a nova Internacional. Tradução de Anamaria Skinner. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994.______. Força de lei: o "fundamento místico da autoridade". Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 2007.______. Gramatologia. Tradução de Renato Janine Ribeiro e Miriam Chnaiderman. São Paulo: Perspectiva, 1999.______. Limited Inc. Tradução de Constança Marcondes Cesar. Campinas: Papirus, 1991a.______. Margens da filosofia. Tradução de Joaquim Torres Costa e António M. Magalhães. Campinas: Papirus, 1991b.______. Monolinguismo do outro: ou a prótese de origem. Tradução de Fernanda Bernardo. Porto: Campo das Letras, 2001.HABERMAS, J. A presença de Derrida. Publicado no Caderno Mais!, do jornal Folha de São Paulo, 18/10/2004, Tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves. Disponível em: <http://www6.ufrgs.br/idea/index.php?module= Artigos&func=display&pageid=11.>. Acesso em: 25 Jan. 2015.HABERMAS, J. Discurso filosófico da modernidade. São Paulo: Martins Fontes: 2002, Cap. VII, págs. 227-296.LÉVINAS, E. Ética e infinito. Tradução de João Gama. Lisboa: Edições 70, 2000. 
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