Moacir Bortolozo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges, Bento Itamar
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Guido, Humberto Aparecido de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Educação e Filosofia
Texto Completo: https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/621
Resumo: Sobre o inseparável colega e companheiro de lutas, três meses após seu falecimento, escreveu Engels no Prefácio à edição alemã do Manifesto naquele entristecido 1883: “Marx descansa no Cemitério de Highgate, e sobre seu túmulo já cresce a primeira grama”. Creio que um discurso deste gênero só pode se iniciar pelo fim, que nos igualará. E Moacir é, sem dúvida alguma, merecedor da comparação que aqui nos ocorre. Sua família acertou ao querê-lo de volta em Campinas, pois naquele final de tarde chuvosa, brilhou por instantes um fulgurante sol a revelar a colina do jardim, marcado apenas por discretas pedras com o nome das famílias. Um pouco antes do fim, Moacir afastava-se da vida, em recuo algo entrópico e que revelou-se também um movimento digno da filosofia, sobretudo daquela que postula uma autenticidade original. Levou vida de filósofo e essa será sem dúvida a narrativa mais alinhavada de um homem múltiplo e de vivências intensas. Aos poucos foi-se despojando de papéis que a sociedade lhe impusera e de tarefas que ele mesmo buscara. Há muito, já não abria mais as correspondências comerciais, nem os contracheques que se acumulavam em sua gaveta. Sem carro, dependia de um taxista, que chamava de amigo, ou caminhava lentamente pelo campus, ainda e sempre com o ray-ban que antes compunha sua figura charmosa. [...] Palavras-chave: Obituário; Revista Educação e Filosofia; Moacir Bortolozo.
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