Entrevista com Francis Wolff: Anos de formação, Brasil, Filosofia e cosmopolitismo - em busca da nossa humanidade*
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Educação e Filosofia |
Texto Completo: | https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/46915 |
Resumo: | * Em sua vinda a Uberlândia, na quarta semana de setembro de 2017, para participar das atividades da I Bienal Internacional de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), intitulada "A propósito da humanidade", o professor Francis Wolff nos concedeu essa entrevista. Em nome da Revista Educação e Filosofia, o professor Marcos César Seneda preparou e conduziu os momentos dessa conversação. Transcreveram a gravação os discentes do curso de graduação em filosofia da UFU: Laís Oliveira Rios, Lília Alves de Oliveira e Saulo Soares Silva. Na quarta semana de setembro de 2017, o Instituto de Filosofia (IFILO) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) recebeu o filósofo Francis Wolff para participar da XX Semana de Filosofia / I Bienal Internacional de Filosofia, cujo tema era "A propósito da humanidade". Nessa ocasião, Francis Wolff proferiu duas conferências e concedeu a entrevista que transcrevemos a seguir. O Professor Francis Wolff é um velho conhecido nosso, em particular da Filosofia Brasileira. Sucedendo Granger e Lebrun, ele não só ocupou a última cadeira permanente da missão francesa na FFLCH da Universidade de São Paulo, entre 1980 e 1984, como também deixou, em suas pegadas, laços acadêmicos e publicações importantes no país. Sua formação inicial se deu com Pierre Aubenque, na área de filosofia antiga, mas sua vasta erudição e experiência interdisciplinar permitiram-lhe posteriormente transitar por diversas correntes de pensamento e apresentar reflexões originais sobre a situação da filosofia no mundo atual. Definindo seu próprio trabalho, Francis Wolff destaca suas contribuições em metafísica contemporânea, antropologia filosófica, filosofia da linguagem e estética. Um exemplo dessa atividade são seus seminários de filosofia, "Les lundis de la philosophie", em curso desde 2004, em que discute temas contemporâneos examinados sob o ângulo de argumentos estratégicos retirados da tradição filosófica. Atualmente é "professor emérito" no Departamento de Filosofia da École Normale Supérieure de Paris. Foi também professor, dentre outras instituições, da Universidade de Reims, da Universidade d'Aix-en-Provence, da Universidade de Paris I (Panteão-Sorbonne) e da Universidade de Paris X (Nanterre). Tem muitos livros publicados sobre filosofia antiga, mas também trabalha com temas contemporâneos. Dentre seus livros traduzidos para o português e publicados no Brasil, podemos destacar: Sócrates, Aristóteles e a política, Dizer o mundo, e o recente Nossa humanidade: de Aristóteles às neurociências. Sua última obra, Nossa humanidade: de Aristóteles às neurociências, tornou-se, para nós, da Universidade Federal de Uberlândia, um importante percurso de reflexões sobre antropologia, teoria das ciências e possibilidades do cosmopolitismo, tendo sido discutida, por professores e alunos, nas reuniões do Centro de Estudos e Pesquisas em Filosofia e Interdisciplinaridade (CEPFI), nas reuniões que se estenderam de junho de 2015 a setembro de 2016, instigando inclusive a proposição dos temas que vieram a fazer parte da I Bienal Internacional de Filosofia. Nessa entrevista, Francis Wolff nos conta sobre sua formação inicial, sobre seus professores, sobre momentos importantes que marcaram sua inflexão intelectual, relembra sua estadia no Brasil e sua participação na missão francesa, fala sobre seu último livro, e é confrontado com questões sobre o cosmopolitismo kantiano e sobre como podemos conceber nossa humanidade hoje. Trabalhados por um grande filósofo, todos esses assuntos te aguardam, caro leitor! |
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