Angústia da influência e desleitura na filosofia da educação Pragmatista: Dewey, Rorty e Lipman

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Autor(a) principal: Silva, Heraldo Aparecido
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Educação e Filosofia
Texto Completo: https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/28202
Resumo: * Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Professor Associado de Filosofia da Educação da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Coordenador do Núcleo de Estudos em Filosofia da Educação e Pragmatismo.Angústia da influência e desleitura na filosofia da educação Pragmatista: Dewey, Rorty e LipmanResumo: Este trabalho tem por objetivo analisar alguns aspectos da filosofia da educação na tradição pragmatista americana. Além disso, visto que o estudo remete diretamente à questão da influência de Dewey sobre Rorty e Lipman, também faremos uso do revisionismo dialético de Harold Bloom. O princípio central da tese bloominiana é que as relações revisionárias, ou seja, a influência entre grandes autores sempre ocorre mediante leituras fortes: o cerne dessa desleitura reside no complexo ato crítico de interpretar dialeticamente mediante um processo que envolve a apropriação (revisão), a distorção (desvio) e a correção (redirecionamento) da doutrina original. Finalmente, propomos que, a despeito dos diferentes pontos de vista, encontrados no multifacetário neopragmatismo contemporâneo, as preocupações sociais, políticas e educacionais discutidas amplamente por Dewey que continuam vicejantes e atuais, seja na proposta de Rorty, com sua filosofia literária, seja na proposta de Lipman, com sua filosofia da infância.Palavras-chave: Filosofia da Educação. Pragmatismo. Desleitura.Anxiety of influence and misreading in Pragmatist's philosophy of education: Dewey, Rorty and LipmanAbstract: The objective of this study is to examine some aspects of educational philosophy in the American pragmatist tradition. Moreover, given that the study refers directly to the question about the influence of Dewey over Rorty and Lipman, we will also use the Harold Bloom's dialectic of revisionism. The main principle of Bloom's thesis is that the revisionist relations, that is, the influence among great authors always occurs by strong readings: the heart of this misreading lies in the complex critical act of interpreting dialectically through a process that involves acquisition (review), distortion (deviation) and correction (redirection) from the original doctrine. Finally, we propose that, despite the different views found in the multifaceted contemporary neo-pragmatism, the social, political and educational concerns widely discussed by Dewey are thriving and current, whether it is in Rorty's proposal with his literary philosophy, or Lipman's proposal with his philosophy of childhood.Keywords: Philosophy of Education. Pragmatism. Misreading.Angustia de la influencia e lectura errónea en la filosofía de la educación Pragmatista: Dewey, Rorty e LipmanResumen : Este trabajo tiene como objetivo analizar algunos aspectos de la filosofía de la educación en la tradición pragmatista americana. Por otra parte, dado que el estudio se refiere directamente a la cuestión de la influencia de Dewey em Rorty en Lipman, también vamos a hacer uso del revisionismo dialéctico de Harold Bloom. El principio central de la tesis bloominiana es que las relaciones revisionárias, es decir, la influencia de los grandes autores siempre se produce por las lecturas fuertes: el núcleo de esta mala interpretación se encuentra en el complejo acto crítico de interpretar dialécticamente a través de un proceso que implica la apropiación (revisión), la distorsión (desviación) y la corrección (cambio de dirección) de la doctrina original. Por último, se propone que, a pesar de los diferentes puntos de vista que se encuentran en lo multifacético neopragmatismo contemporáneo, el contexto social, político y educativo discutido ampliamente por Dewey todavía está prosperando y corriente, mediante la propuesta de Rorty, con su filosofía literária y mediante la propuesta de Lipman, com su filosofía de la infancia.Palabras-clave: Filosofía de la Educación. Pragmatismo. Lectura Errónea.Data de registro: 04/11/2014Data de aceite: 15/07/2015Referências:BERNSTEIN, R. American Pragmatism: the conflict of narratives. In: SAATKAMP Jr., H. J. (Ed.). Rorty & pragmatism: The Philosopher Responds to his Critics. Nashville/London: Vanderbilt University Press, 1995, p. 54-67.______. Pragmatism, pluralism, and the healing of wounds. In: MENAND, L. (Ed.). Pragmatism. New York: Vintage, 1997, p. 382-401.BLOOM, H. A angústia da influência. 2. ed. Tradução de Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Imago, 2002.______. Um mapa da desleitura. 2. ed. Tradução de Thelma M. Nóbrega. Rio de Janeiro: Imago, 2003.BORGES, J. L. Ficções. São Paulo: Abril Cultural, 1972.CAMPBELL, J. O uso rortyano de Dewey. Tradução de Heraldo Aparecido Silva. Redescrições, Rio de Janeiro, ano 1, n. 2, p. 1-17, 2009.DANIEL, M-F. A filosofia e as crianças. Tradução de Luciano V. Machado. São Paulo: Nova Alexandria, 2000.DE WALL, C. Sobre pragmatismo. Tradução de Cassiano Terra Rodrigues. São Paulo: Edições Loyola, 2007.DEWEY, J. Reconstrução em filosofia. 2. ed. Tradução de António Pinto de Carvalho. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1958.______. Como pensamos. Tradução de Haidee de Camargo Campos. 3. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959.______. Experiência e natureza (capítulos I e V). Tradução de Murilo O. R. Paes Leme. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 1-52.GARRISON, J.; NEIMAN, A. Pragmatism and education. In: BLAKE, n.; SMEYERS, p. ; SMITH, R.; STANDISH, p. (Eds.). The blackwell guide to the philosophy of education. Oxford: Blackwell, 2003, p. 21-37. http://dx.doi.org/10.1002/9780470996294.ch2GOUINLOCK, J. What is the legacy of instrumentalism?: Rorty's interpretation of Dewey. In: SAATKAMP Jr., H. J. (Ed.). Rorty & pragmatism: the philosopher responds to his critics. Nashville/London: Vanderbilt University Press, 1995, p. 72-90.HAACK, S. Vulgar pragmatism: an unedifying prospect. In: SAATKAMP Jr., H. J. (Ed.). Rorty & pragmatism: the philosopher responds to his critics. Nashville/London: Vanderbilt University Press, 1995, p. 126-147.JAMES, W. Pragmatismo. In: ______. Pragmatismo e outros textos. Tradução de Jorge Caetano da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1979a, p. 1-109.KOHAN, W. O. Filosofia e infância: pontos de encontro. In: KOHAN, W. O.; KENNEDY, D. Filosofi a e infância: possibilidades de um encontro. Petrópolis, Vozes, 1999.KOHAN, W. O. Infância: entre educação e filosofia. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.LIPMAN, M. A filosofia vai à escola. Tradução de Maria Alice de Brzezinski Prestes e Lucia M. S. Kramer. São Paulo: Summus, 1990.LORIERI, M. A. O trabalho de filosofia com crianças e jovens nos últimos vinte anos. In: KOHAN, W. O. (Org.). Lugares da infância: filosofia. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.MALACHOWSKI, A. Richard Rorty. Princeton/Oxford: Princeton University Press, 2002. http://dx.doi.org/10.4135/9781446263273MURPHY, J. O pragmatismo - de Peirce a Davidson. Tradução de Jorge Costa. Porto: ASA, 1993.PEIRCE, C. S. De pragmatismo e pragmaticismo. In: ______. Semiótica. 2. ed. Tradução de José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 1990, p. 191-299.______. Philosophy and the conduct of life. In: HOUSER, n. (Ed.). The essential Peirce: selected philosophical writings. v. 2. Bloomington: Indiana University Press, 1998. p.27-41.RORTY, R. Philosophy and the mirror of nature. Oxford: Blackwell, 1990.RORTY, R. Pragmatismo. In: CARRILHO, M. M. (Org.). Dicionário do pensamento contemporâneo. Lisboa: Dom Quixote, 1991, p. 265-277.______. Philosophy and the future. In: SAATKAMP Jr., H. J. (Ed.). Rorty & pragmatism: the philosopher responds to his critics. Nashville/London: Vanderbilt University Press, 1995, p. 197-205.______. The linguistic turn: recent essays on philosophical method. Chicago & London: University of Chicago Press, 1997______. Uma visão pragmatista da filosofia analítica contemporânea. Tradução de Heraldo Aparecido Silva. In: RORTY, R.; GHIRALDELLI JR, p. Ensaios pragmatistas: sobre subjetividade e verdade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006, p. 105-125.SILVA, H. A. Pragmatismo e neopragmatismo: narrativas pluralistas e conflitantes. Ethica, Rio de Janeiro, v. 16, p. 17-50, 2009.______. A filosofia da educação de Richard Rorty: epistemologia, conversação, narrativas e as funções da educação. Educação e Filosofia, Uberlândia, v. 26, n. 52, p. 509-526, 2012.THAYER, H. S. Meaning and action: a study of american pragmatism. New York: The Bobbs-Merrill Company, Inc., 1973.
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O princípio central da tese bloominiana é que as relações revisionárias, ou seja, a influência entre grandes autores sempre ocorre mediante leituras fortes: o cerne dessa desleitura reside no complexo ato crítico de interpretar dialeticamente mediante um processo que envolve a apropriação (revisão), a distorção (desvio) e a correção (redirecionamento) da doutrina original. Finalmente, propomos que, a despeito dos diferentes pontos de vista, encontrados no multifacetário neopragmatismo contemporâneo, as preocupações sociais, políticas e educacionais discutidas amplamente por Dewey que continuam vicejantes e atuais, seja na proposta de Rorty, com sua filosofia literária, seja na proposta de Lipman, com sua filosofia da infância.Palavras-chave: Filosofia da Educação. Pragmatismo. Desleitura.Anxiety of influence and misreading in Pragmatist's philosophy of education: Dewey, Rorty and LipmanAbstract: The objective of this study is to examine some aspects of educational philosophy in the American pragmatist tradition. Moreover, given that the study refers directly to the question about the influence of Dewey over Rorty and Lipman, we will also use the Harold Bloom's dialectic of revisionism. The main principle of Bloom's thesis is that the revisionist relations, that is, the influence among great authors always occurs by strong readings: the heart of this misreading lies in the complex critical act of interpreting dialectically through a process that involves acquisition (review), distortion (deviation) and correction (redirection) from the original doctrine. Finally, we propose that, despite the different views found in the multifaceted contemporary neo-pragmatism, the social, political and educational concerns widely discussed by Dewey are thriving and current, whether it is in Rorty's proposal with his literary philosophy, or Lipman's proposal with his philosophy of childhood.Keywords: Philosophy of Education. Pragmatism. Misreading.Angustia de la influencia e lectura errónea en la filosofía de la educación Pragmatista: Dewey, Rorty e LipmanResumen : Este trabajo tiene como objetivo analizar algunos aspectos de la filosofía de la educación en la tradición pragmatista americana. Por otra parte, dado que el estudio se refiere directamente a la cuestión de la influencia de Dewey em Rorty en Lipman, también vamos a hacer uso del revisionismo dialéctico de Harold Bloom. El principio central de la tesis bloominiana es que las relaciones revisionárias, es decir, la influencia de los grandes autores siempre se produce por las lecturas fuertes: el núcleo de esta mala interpretación se encuentra en el complejo acto crítico de interpretar dialécticamente a través de un proceso que implica la apropiación (revisión), la distorsión (desviación) y la corrección (cambio de dirección) de la doctrina original. Por último, se propone que, a pesar de los diferentes puntos de vista que se encuentran en lo multifacético neopragmatismo contemporáneo, el contexto social, político y educativo discutido ampliamente por Dewey todavía está prosperando y corriente, mediante la propuesta de Rorty, con su filosofía literária y mediante la propuesta de Lipman, com su filosofía de la infancia.Palabras-clave: Filosofía de la Educación. Pragmatismo. Lectura Errónea.Data de registro: 04/11/2014Data de aceite: 15/07/2015Referências:BERNSTEIN, R. American Pragmatism: the conflict of narratives. In: SAATKAMP Jr., H. J. (Ed.). Rorty & pragmatism: The Philosopher Responds to his Critics. Nashville/London: Vanderbilt University Press, 1995, p. 54-67.______. Pragmatism, pluralism, and the healing of wounds. In: MENAND, L. (Ed.). Pragmatism. New York: Vintage, 1997, p. 382-401.BLOOM, H. A angústia da influência. 2. ed. Tradução de Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Imago, 2002.______. Um mapa da desleitura. 2. ed. Tradução de Thelma M. Nóbrega. Rio de Janeiro: Imago, 2003.BORGES, J. L. Ficções. São Paulo: Abril Cultural, 1972.CAMPBELL, J. O uso rortyano de Dewey. Tradução de Heraldo Aparecido Silva. Redescrições, Rio de Janeiro, ano 1, n. 2, p. 1-17, 2009.DANIEL, M-F. A filosofia e as crianças. Tradução de Luciano V. Machado. São Paulo: Nova Alexandria, 2000.DE WALL, C. Sobre pragmatismo. Tradução de Cassiano Terra Rodrigues. São Paulo: Edições Loyola, 2007.DEWEY, J. Reconstrução em filosofia. 2. ed. Tradução de António Pinto de Carvalho. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1958.______. Como pensamos. Tradução de Haidee de Camargo Campos. 3. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959.______. Experiência e natureza (capítulos I e V). Tradução de Murilo O. R. Paes Leme. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 1-52.GARRISON, J.; NEIMAN, A. Pragmatism and education. In: BLAKE, n.; SMEYERS, p. ; SMITH, R.; STANDISH, p. (Eds.). The blackwell guide to the philosophy of education. Oxford: Blackwell, 2003, p. 21-37. http://dx.doi.org/10.1002/9780470996294.ch2GOUINLOCK, J. What is the legacy of instrumentalism?: Rorty's interpretation of Dewey. In: SAATKAMP Jr., H. J. (Ed.). Rorty & pragmatism: the philosopher responds to his critics. Nashville/London: Vanderbilt University Press, 1995, p. 72-90.HAACK, S. Vulgar pragmatism: an unedifying prospect. In: SAATKAMP Jr., H. J. (Ed.). Rorty & pragmatism: the philosopher responds to his critics. Nashville/London: Vanderbilt University Press, 1995, p. 126-147.JAMES, W. Pragmatismo. In: ______. Pragmatismo e outros textos. Tradução de Jorge Caetano da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1979a, p. 1-109.KOHAN, W. O. Filosofia e infância: pontos de encontro. In: KOHAN, W. O.; KENNEDY, D. Filosofi a e infância: possibilidades de um encontro. Petrópolis, Vozes, 1999.KOHAN, W. O. Infância: entre educação e filosofia. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.LIPMAN, M. A filosofia vai à escola. Tradução de Maria Alice de Brzezinski Prestes e Lucia M. S. Kramer. São Paulo: Summus, 1990.LORIERI, M. A. O trabalho de filosofia com crianças e jovens nos últimos vinte anos. In: KOHAN, W. O. (Org.). Lugares da infância: filosofia. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.MALACHOWSKI, A. Richard Rorty. Princeton/Oxford: Princeton University Press, 2002. http://dx.doi.org/10.4135/9781446263273MURPHY, J. O pragmatismo - de Peirce a Davidson. Tradução de Jorge Costa. Porto: ASA, 1993.PEIRCE, C. S. De pragmatismo e pragmaticismo. In: ______. Semiótica. 2. ed. Tradução de José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 1990, p. 191-299.______. Philosophy and the conduct of life. In: HOUSER, n. (Ed.). The essential Peirce: selected philosophical writings. v. 2. Bloomington: Indiana University Press, 1998. p.27-41.RORTY, R. Philosophy and the mirror of nature. Oxford: Blackwell, 1990.RORTY, R. Pragmatismo. In: CARRILHO, M. M. (Org.). Dicionário do pensamento contemporâneo. Lisboa: Dom Quixote, 1991, p. 265-277.______. Philosophy and the future. In: SAATKAMP Jr., H. J. (Ed.). Rorty & pragmatism: the philosopher responds to his critics. Nashville/London: Vanderbilt University Press, 1995, p. 197-205.______. The linguistic turn: recent essays on philosophical method. Chicago & London: University of Chicago Press, 1997______. Uma visão pragmatista da filosofia analítica contemporânea. Tradução de Heraldo Aparecido Silva. In: RORTY, R.; GHIRALDELLI JR, p. Ensaios pragmatistas: sobre subjetividade e verdade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006, p. 105-125.SILVA, H. A. Pragmatismo e neopragmatismo: narrativas pluralistas e conflitantes. Ethica, Rio de Janeiro, v. 16, p. 17-50, 2009.______. A filosofia da educação de Richard Rorty: epistemologia, conversação, narrativas e as funções da educação. Educação e Filosofia, Uberlândia, v. 26, n. 52, p. 509-526, 2012.THAYER, H. S. Meaning and action: a study of american pragmatism. 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O princípio central da tese bloominiana é que as relações revisionárias, ou seja, a influência entre grandes autores sempre ocorre mediante leituras fortes: o cerne dessa desleitura reside no complexo ato crítico de interpretar dialeticamente mediante um processo que envolve a apropriação (revisão), a distorção (desvio) e a correção (redirecionamento) da doutrina original. Finalmente, propomos que, a despeito dos diferentes pontos de vista, encontrados no multifacetário neopragmatismo contemporâneo, as preocupações sociais, políticas e educacionais discutidas amplamente por Dewey que continuam vicejantes e atuais, seja na proposta de Rorty, com sua filosofia literária, seja na proposta de Lipman, com sua filosofia da infância.Palavras-chave: Filosofia da Educação. Pragmatismo. Desleitura.Anxiety of influence and misreading in Pragmatist's philosophy of education: Dewey, Rorty and LipmanAbstract: The objective of this study is to examine some aspects of educational philosophy in the American pragmatist tradition. Moreover, given that the study refers directly to the question about the influence of Dewey over Rorty and Lipman, we will also use the Harold Bloom's dialectic of revisionism. The main principle of Bloom's thesis is that the revisionist relations, that is, the influence among great authors always occurs by strong readings: the heart of this misreading lies in the complex critical act of interpreting dialectically through a process that involves acquisition (review), distortion (deviation) and correction (redirection) from the original doctrine. Finally, we propose that, despite the different views found in the multifaceted contemporary neo-pragmatism, the social, political and educational concerns widely discussed by Dewey are thriving and current, whether it is in Rorty's proposal with his literary philosophy, or Lipman's proposal with his philosophy of childhood.Keywords: Philosophy of Education. Pragmatism. Misreading.Angustia de la influencia e lectura errónea en la filosofía de la educación Pragmatista: Dewey, Rorty e LipmanResumen : Este trabajo tiene como objetivo analizar algunos aspectos de la filosofía de la educación en la tradición pragmatista americana. Por otra parte, dado que el estudio se refiere directamente a la cuestión de la influencia de Dewey em Rorty en Lipman, también vamos a hacer uso del revisionismo dialéctico de Harold Bloom. El principio central de la tesis bloominiana es que las relaciones revisionárias, es decir, la influencia de los grandes autores siempre se produce por las lecturas fuertes: el núcleo de esta mala interpretación se encuentra en el complejo acto crítico de interpretar dialécticamente a través de un proceso que implica la apropiación (revisión), la distorsión (desviación) y la corrección (cambio de dirección) de la doctrina original. Por último, se propone que, a pesar de los diferentes puntos de vista que se encuentran en lo multifacético neopragmatismo contemporáneo, el contexto social, político y educativo discutido ampliamente por Dewey todavía está prosperando y corriente, mediante la propuesta de Rorty, con su filosofía literária y mediante la propuesta de Lipman, com su filosofía de la infancia.Palabras-clave: Filosofía de la Educación. Pragmatismo. Lectura Errónea.Data de registro: 04/11/2014Data de aceite: 15/07/2015Referências:BERNSTEIN, R. American Pragmatism: the conflict of narratives. In: SAATKAMP Jr., H. J. (Ed.). Rorty & pragmatism: The Philosopher Responds to his Critics. Nashville/London: Vanderbilt University Press, 1995, p. 54-67.______. Pragmatism, pluralism, and the healing of wounds. In: MENAND, L. (Ed.). Pragmatism. New York: Vintage, 1997, p. 382-401.BLOOM, H. A angústia da influência. 2. ed. Tradução de Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Imago, 2002.______. Um mapa da desleitura. 2. ed. Tradução de Thelma M. Nóbrega. Rio de Janeiro: Imago, 2003.BORGES, J. L. Ficções. São Paulo: Abril Cultural, 1972.CAMPBELL, J. O uso rortyano de Dewey. Tradução de Heraldo Aparecido Silva. Redescrições, Rio de Janeiro, ano 1, n. 2, p. 1-17, 2009.DANIEL, M-F. A filosofia e as crianças. Tradução de Luciano V. Machado. São Paulo: Nova Alexandria, 2000.DE WALL, C. Sobre pragmatismo. Tradução de Cassiano Terra Rodrigues. São Paulo: Edições Loyola, 2007.DEWEY, J. Reconstrução em filosofia. 2. ed. Tradução de António Pinto de Carvalho. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1958.______. Como pensamos. Tradução de Haidee de Camargo Campos. 3. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959.______. Experiência e natureza (capítulos I e V). Tradução de Murilo O. R. Paes Leme. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 1-52.GARRISON, J.; NEIMAN, A. Pragmatism and education. In: BLAKE, n.; SMEYERS, p. ; SMITH, R.; STANDISH, p. (Eds.). The blackwell guide to the philosophy of education. Oxford: Blackwell, 2003, p. 21-37. http://dx.doi.org/10.1002/9780470996294.ch2GOUINLOCK, J. What is the legacy of instrumentalism?: Rorty's interpretation of Dewey. In: SAATKAMP Jr., H. J. (Ed.). Rorty & pragmatism: the philosopher responds to his critics. Nashville/London: Vanderbilt University Press, 1995, p. 72-90.HAACK, S. Vulgar pragmatism: an unedifying prospect. In: SAATKAMP Jr., H. J. (Ed.). Rorty & pragmatism: the philosopher responds to his critics. 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