A CATEGORIA DOS NOMES E A REFERÊNCIA UM ESTUDO LINGUÃSTICO-FILOSÓFICO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Horizonte Científico |
Texto Completo: | https://seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/view/12211 |
Resumo: | A noção de referência oferece dificuldades em sua delimitação, tendo em vista que toca em uma das problemáticas mais espinhosas das Ciências da Linguagem: há relação entre as palavras e as coisas? Se a resposta for afirmativa, qual é sua natureza e em que circunstâncias ocorre? Essas questões já foram exaustivamente discutidas sob várias perspectivas, ora excluindo essa relação do sistema linguístico , ora aceitando-a como constituinte do mesmo. Assim, em nossa pesquisa intitulada "O percurso da referência no desenvolvimento das Ciências da Linguagem" estudamos alguns teóricos que trataram desse problema fundamentando-se em pontos de vista distintos, a saber, na Linguística e na Filosofia da Linguagem. Respeitando as diferenças dessas duas perspectivas teóricas, efetuamos o estudo das teorias linguísticas de Émile Benveniste e Roman Jakobson e das teorias filosóficas de e P. F. Strawson. No desenvolvimento de nossa análise deparamo-nos com duas noções que, do nosso ponto de vista, estão intimamente relacionadas à questão da referência e que, por tal motivo, reorientaram nossa pesquisa na medida em que vimos a possibilidade de considerá-las como categorias linguísticas predispostas ao estabelecimento da relação entre signos e objetos. Essas noções, já bastante conhecidas tanto na Linguística quanto na Filosofia da Linguagem são os elementos indexicais, dêiticos e o nome próprio. Esses três tipos de signos possuem a característica de, quando utilizados em senteças, fazerem referência a um e somente um objeto. Dessa forma, eles foram agrupados em uma mesma categoria, a saber, a categoria dos nomes. Não nos propomos, nessa pesquisa, a solucionar os problemas envolvidos na relação entre linguagem e realidade, até por que eles são alvo de várias discussões desde a Antiguidade Clássica, mas cogitamos a possibilidade de que esses elementos oferecem um espaço para a construção da noção de referência como pertencente ao sistema linguístico e, sobretudo, em consonância com a ordem própria da língua. |
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