CORPO, DISCURSO E REPRESENTAÇÃO: UMA ANÁLISE IMAGÉTICA DO HOMOSSEXUAL NA REVISTA VEJA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Horizonte Científico |
Texto Completo: | https://seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/view/22042 |
Resumo: | Neste artigo, apresentamos um recorte de uma pesquisa que tem como objetivo investigar como o homossexual é representado e identificado discursivamente e como ele se representa e se identifica em três edições da revista Veja: 1636, 1838 e 2164, dos anos 2000, 2003 e 2010, respectivamente. Para isso, nosso aporte teórico são os construtos da Análise de Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 2001, 2003; CHOULIARAKI & FAIRCLOUGH, 1999) e alguns estudos sobre identidade de gênero e homossexualidade (LACAN, 1999; FREUD, 1972; FOUCAULT, 1990; BUTLER, 2003; BOURDIEU, 1999; SUPLICY, 1983). A metodologia de pesquisa é baseada nos pressupostos da pesquisa qualitativa (BAUER & GASKELL, 2002) e da Análise de Discurso Crítica - enquanto teoria e método - (CHOULIARAKI & FAIRCLOUGH, 1999). Neste recorte, focalizamos a análise imagética das três reportagens. Os resultados mostram que as imagens desempenham papel importante na construção de sentidos e que estabelecem uma relação de interação com o discurso verbal. A imagem do arco-íris, considerado símbolo do ativismo gay e presente nas três reportagens, contribui para salientar a temática dos textos e produzir uma representação atrelada ao ativismo e à identificação de um grupo fortalecido, o que é também marcado pelo título da reportagem 2 "A força do arco-íris, pelas imagens das várias paradas do orgulho gay que aconteceram pelo mundo e de várias pessoas famosas, que assumiram a sua orientação homossexual. Todas as fotos que compõem as reportagens retratam homossexuais com um sorriso no rosto em relação de harmonia com os outros e com eles mesmos. Isso tudo atua na representação de uma sociedade não preconceituosa, que trata o homossexual com respeito e igualdade, denominada na reportagem 3 de "geração tolerância". Entretanto, é preciso questionar essa representação tendo em vista dados relativos ao número de assassinatos por homofobia computado ainda hoje em nossa sociedade. Isso é uma mostra de que o preconceito ainda existe e se faz muito presente no cotidiano de muitos jovens homossexuais. Assim sendo, será que o "arco-íris" está mesmo forte e que há mesmo uma nova geração? |
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Neste artigo, apresentamos um recorte de uma pesquisa que tem como objetivo investigar como o homossexual é representado e identificado discursivamente e como ele se representa e se identifica em três edições da revista Veja: 1636, 1838 e 2164, dos anos 2000, 2003 e 2010, respectivamente. Para isso, nosso aporte teórico são os construtos da Análise de Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 2001, 2003; CHOULIARAKI & FAIRCLOUGH, 1999) e alguns estudos sobre identidade de gênero e homossexualidade (LACAN, 1999; FREUD, 1972; FOUCAULT, 1990; BUTLER, 2003; BOURDIEU, 1999; SUPLICY, 1983). A metodologia de pesquisa é baseada nos pressupostos da pesquisa qualitativa (BAUER & GASKELL, 2002) e da Análise de Discurso Crítica - enquanto teoria e método - (CHOULIARAKI & FAIRCLOUGH, 1999). Neste recorte, focalizamos a análise imagética das três reportagens. Os resultados mostram que as imagens desempenham papel importante na construção de sentidos e que estabelecem uma relação de interação com o discurso verbal. A imagem do arco-íris, considerado símbolo do ativismo gay e presente nas três reportagens, contribui para salientar a temática dos textos e produzir uma representação atrelada ao ativismo e à identificação de um grupo fortalecido, o que é também marcado pelo título da reportagem 2 "A força do arco-íris, pelas imagens das várias paradas do orgulho gay que aconteceram pelo mundo e de várias pessoas famosas, que assumiram a sua orientação homossexual. Todas as fotos que compõem as reportagens retratam homossexuais com um sorriso no rosto em relação de harmonia com os outros e com eles mesmos. Isso tudo atua na representação de uma sociedade não preconceituosa, que trata o homossexual com respeito e igualdade, denominada na reportagem 3 de "geração tolerância". Entretanto, é preciso questionar essa representação tendo em vista dados relativos ao número de assassinatos por homofobia computado ainda hoje em nossa sociedade. Isso é uma mostra de que o preconceito ainda existe e se faz muito presente no cotidiano de muitos jovens homossexuais. Assim sendo, será que o "arco-íris" está mesmo forte e que há mesmo uma nova geração? |
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