A TERRITORIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL CANAVIEIRA NA MESORREGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARANA͍BA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CLEPS J, JO CLEPS J
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Horizonte Científico
Texto Completo: https://seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/view/7267
Resumo: Este artigo integra o projeto "Questão Agrária e Territorialização do Agronegócio em Minas Gerais", fundamentado nos estudos sobre a expansão do setor agroindustrial canavieiro, em direção a mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. A pesquisa buscou compreender os efeitos da incorporação de novas áreas para o cultivo da cana-de-açúcar, discutindo as acepções de territorialização da produção agroindustrial canavieira, a (re) organização das atividades produtivas e a questão agrária. Para tanto, foram feitas as leituras de autores e de conceitos fundamentais para a análise das temáticas, posteriormente foram coletadas informações por meio de trabalho de campo. Em seguida, realizou-se as apreciações acerca dos dados, relacionando-os ao referencial teórico. Compreende-se que as abordagens territoriais permitem abranger nas pesquisas, a dinâmica dos conflitos de luta pela terra contra a supremacia do agronegócio no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, corroborando o domínio exercido pelas grandes empresas do setor agroindustrial canavieiro, que visam novos mercados para produzirem e reproduzirem seu capital. A consolidação do modelo agroexportador camufla questões estruturais que ainda permeiam o meio rural, como a permanência da concentração de fundiária, a supressão de áreas de pastagens e de lavouras tradicionais e as reivindicações dos movimentos socioterritoriais pela materialização da reforma agrária. Há uma preocupação a cerca da produção de cana-de-açúcar em áreas de produção familiar, exemplicado pelo caso do P.A. Nova Santo Inácio Ranchinho, em Campo Florido. A reflexão pauta-se nos motivos que conduziram a adesão dos assentados pelo arrendamento seus lotes, para a produção canavieira.
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