Do pico ao abismo: o contraste do imaginário jurídico nas representações literárias de utopia e distopia

• Autor(a) principal: Silva, Ana Carolina de Moura da
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/34826
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS; CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES; CNPQ::CIENCIAS HUMANAS; Imaginário jurídico.; Utopia.; Distopia.; Literatura.; Filosofia.; Law Imaginary.; Utopia.; Dystopia.; Literature.; Philosophy.

Para reinventar os mundos possíveis, é preciso antes também (dis)torcer a linguagem. É a partir dessa premissa e da necessidade de imaginar que este trabalho pretende pensar, sob um horizonte filosófico e literário, o imaginário jurídico. Se toda pesquisa é (re)corte de um universo, o horizonte filosófico encontra respaldo, aqui, nas considerações de François Ost, Mangabeira Unger e Philippe O. de Almeida. No horizonte literário, utilizam-se, como ricos pontos de partida do exercício de compreender o direito e suas tortuosidades, algumas representações literárias de utopia e distopia, selecionadas entre clássicas e contemporâneas. De que modo, então, o direito como caminho, ferramenta, esperança se manifesta em A república, de Platão; A cidade do Sol, de Tommaso Campanella; e Utopia, de Thomas More; e em O fim da infância, de Arthur C. Clarke? E o direito como problema, delírio, reprodução do estado de coisas, em 1984, de George Orwell, e em A cidade e a cidade, de China Miéville? Operar pela via de tantos contrastes é um percurso interessante para compreender um pouco do próprio campo jurídico, observado de outras lentes.