A relação entre leitura e escrita em atividades de (Re)textualização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcelos, Aline Paula Ribeiro
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/32831
http://doi.org/10.14393/ufu.di.2021.429
Resumo: Neste trabalho de pesquisa, fundamentamo-nos na linguística de Émile Benveniste. Sua teorização sobre escrita e enunciação escrita permite questionar o que seria (re)textualizar e se (re)textualizar, do modo como é compreendido no processo de formação do professor, é algo realizável. Assim, propomo-nos a problematizar como a relação entre leitura e escrita afeta a produção textual escrita de alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, nas chamadas atividades de (re)textualização, partindo do pressuposto de que a escrita é enformada de significação e testemunho de uma identidade do sujeito, do seu gesto de interpretação e do seu registro na e para a história. Nessa perspectiva, podemos dizer que o aluno, ao apropriar-se da língua e convertê-la em escrita, uma imagem da língua, transmuta sua experiência de linguagem em signos escritos, socialmente (com)partilhados entre os membros de uma determinada sociedade, de uma determinada cultura, de tal modo a enunciar-se na e pela escrita. Com esta pesquisa, intentamos demonstrar as implicações da leitura do aluno na sua produção textual escrita. De nossa perspectiva, toda enunciação, seja ela escrita seja ela falada, é constitutivamente (re)produção. A relação discursiva é, ao mesmo tempo, iterativa e inventiva, porque a conversão da língua em discurso requer torná-la apta ao uso específico provocado pela instância de discurso. Assim sendo, entendemos que a língua é (re)atualizada à medida que é colocada em funcionamento por um ato individual de utilização (BENVENISTE, 2006, p. 82). Dessa forma, (re)textualizar é (re)atualizar o discurso. Nessa perspectiva, a produção textual escrita do aluno resulta de um processo de enunciação, no qual o aluno mobiliza a língua escrita de modo específico, tornando-a apta àquele uso particular. Por isso, Benveniste (2005, p. 26) diz que “a linguagem (re)produz a realidade”, algo que é da ordem do (ir)repetível. À vista disso, nosso objetivo geral é compreender como a relação entre leitura e escrita afeta a produção textual escrita do aluno, uma vez que, nesse tipo de atividade, não podemos deixar de refletir sobre a compreensão do texto-base que antecede o ato da escrita. Falar em ensino de escrita, é falar também em leitura. Para a realização da presente pesquisa, acompanhamos o trabalho de duas professoras da rede pública municipal de uma cidade do interior de Minas Gerais durante o ensino de uma sequência didática voltada para o ensino da escrita e do gênero textual “Tirinha”. Essa sequência didática contemplou a leitura de uma tirinha no livro didático de Língua Portuguesa, a montagem de uma tirinha desordenada e a produção de um texto narrativo tendo como texto-base uma tirinha. Com o trabalho de análise, expomos que “a língua não é um repertório imóvel que cada locutor só teria que mobilizar para os fins de sua expressão própria. Ela é em si mesma o lugar de um trabalho incessante” (BENVENISTE, 2006, p. 163); um lugar de constante (re)atualização discursiva; um lugar para se viver. Finalizamos esta pesquisa afirmando que, para (re)textualizar, é preciso compreender o texto-base; sem a leitura, seria praticamente impossível fazê-lo. A escrita dos alunos (re)velam aquilo que leram no texto-base, de modo que houve seu retorno à historicidade do enunciável indicada no gesto de interpretação. Esse retorno à historicidade constitui a condição fundamental para o movimento do(s) sentido(s), que se materializou, por exemplo, na mobilização de traços característicos de gêneros textuais já conhecidos e na filiação a sentidos em circulação na sociedade e que projetam uma posição subjetiva para o aluno.
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spelling 2021-10-04T16:33:27Z2021-10-04T16:33:27Z2021-07-29VASCONCELOS, Aline Paula Ribeiro. A relação entre leitura e escrita em atividades de (Re)textualização. 2021. 151 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2021. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2021.429https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/32831http://doi.org/10.14393/ufu.di.2021.429Neste trabalho de pesquisa, fundamentamo-nos na linguística de Émile Benveniste. Sua teorização sobre escrita e enunciação escrita permite questionar o que seria (re)textualizar e se (re)textualizar, do modo como é compreendido no processo de formação do professor, é algo realizável. 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A relação discursiva é, ao mesmo tempo, iterativa e inventiva, porque a conversão da língua em discurso requer torná-la apta ao uso específico provocado pela instância de discurso. Assim sendo, entendemos que a língua é (re)atualizada à medida que é colocada em funcionamento por um ato individual de utilização (BENVENISTE, 2006, p. 82). Dessa forma, (re)textualizar é (re)atualizar o discurso. Nessa perspectiva, a produção textual escrita do aluno resulta de um processo de enunciação, no qual o aluno mobiliza a língua escrita de modo específico, tornando-a apta àquele uso particular. Por isso, Benveniste (2005, p. 26) diz que “a linguagem (re)produz a realidade”, algo que é da ordem do (ir)repetível. À vista disso, nosso objetivo geral é compreender como a relação entre leitura e escrita afeta a produção textual escrita do aluno, uma vez que, nesse tipo de atividade, não podemos deixar de refletir sobre a compreensão do texto-base que antecede o ato da escrita. Falar em ensino de escrita, é falar também em leitura. Para a realização da presente pesquisa, acompanhamos o trabalho de duas professoras da rede pública municipal de uma cidade do interior de Minas Gerais durante o ensino de uma sequência didática voltada para o ensino da escrita e do gênero textual “Tirinha”. Essa sequência didática contemplou a leitura de uma tirinha no livro didático de Língua Portuguesa, a montagem de uma tirinha desordenada e a produção de um texto narrativo tendo como texto-base uma tirinha. Com o trabalho de análise, expomos que “a língua não é um repertório imóvel que cada locutor só teria que mobilizar para os fins de sua expressão própria. Ela é em si mesma o lugar de um trabalho incessante” (BENVENISTE, 2006, p. 163); um lugar de constante (re)atualização discursiva; um lugar para se viver. Finalizamos esta pesquisa afirmando que, para (re)textualizar, é preciso compreender o texto-base; sem a leitura, seria praticamente impossível fazê-lo. A escrita dos alunos (re)velam aquilo que leram no texto-base, de modo que houve seu retorno à historicidade do enunciável indicada no gesto de interpretação. Esse retorno à historicidade constitui a condição fundamental para o movimento do(s) sentido(s), que se materializou, por exemplo, na mobilização de traços característicos de gêneros textuais já conhecidos e na filiação a sentidos em circulação na sociedade e que projetam uma posição subjetiva para o aluno.Dans ce travail de recherche, nous nous basons sur la linguistique d'Émile Benveniste. Sa théorisation sur l'écriture et l'énonciation écrite nous permet de nous demander ce que ce serait de (re)textualiser et si la (re)textualisation, telle qu'elle est comprise dans le processus de formation des enseignants, est quelque chose de faisable. Ainsi, nous proposons de discuter comment la relation entre la lecture et l'écriture affecte la production textuelle écrite des élèves de 3e année du primaire, dans les activités dites de (re)textualisation, en partant de l'hypothèse que l'écriture est façonnée par le sens et témoignage d'une identité du sujet, de son geste d'interprétation et de son inscription dans et pour l'histoire. Dans cette perspective, on peut dire que l'élève, en s'appropriant la langue et en la convertissant en écriture, image de la langue, transmute son expérience langagière en signes écrits, socialement (com)partagés entre les membres d'une société donnée, d'un culture donnée, de manière à s'exprimer dans et par l'écriture. Avec cette recherche, nous avons l'intention de démontrer les implications de la lecture des élèves dans leur production textuelle écrite. De notre point de vue, chaque énoncé, qu'il soit écrit ou parlé, est constitutivement (re)production. La relation discursive est à la fois itérative et inventive, car la conversion du langage en discours nécessite de le rendre apte à l'usage spécifique provoqué par l'instance de discours. On comprend alors que le langage se (ré)actualise au fur et à mesure qu'il est mis en œuvre par un acte individuel d'usage (BENVENISTE, 2006, p. 82). Ainsi, (re)textualiser, c'est (ré)actualiser le discours. Dans cette perspective, la production textuelle écrite de l'élève résulte d'un processus d'énonciation, dans lequel l'élève mobilise la langue écrite d'une manière spécifique, la rendant apte à cet usage particulier. Ainsi, Benveniste (2005, p. 26) dit que « le langage (re)produit la réalité », quelque chose qui est (ir)répétable. Dans cette perspective, notre objectif général est de comprendre comment la relation entre la lecture et l'écriture affecte la production du texte écrit de l'élève, puisque, dans ce type d'activité, nous ne pouvons manquer de réfléchir à la compréhension du texte de base qui précède l'acte de l'écriture. Parler d'enseignement de l'écriture, c'est aussi parler de lecture. Pour mener à bien cette recherche, nous avons suivi le travail de deux enseignants du réseau public municipal d'une ville de l'intérieur du Minas Gerais lors de l'enseignement d'une séquence didactique visant à enseigner l'écriture et le genre textuel « Tirinha ». Cette séquence didactique comprenait la lecture d'une bande dessinée dans le manuel de langue portugaise, le montage d'une bande dessinée désordonnée et la production d'un texte narratif ayant une bande dessinée comme texte de base. Avec le travail d'analyse, nous exposons que « la langue n'est pas un répertoire immobile que chaque locuteur n'aurait qu'à mobiliser aux fins de sa propre expression. C'est en soi le lieu d'un travail incessant » (BENVENISTE, 2006, p. 163) ; un lieu de (re)mise à jour discursive constante ; Un endroit où vivre. Nous terminons cette recherche en précisant que, pour (re)textualiser, il est nécessaire de comprendre le texte de base ; sans lecture, il serait pratiquement impossible de le faire. L'écriture des élèves (re)voile ce qu'ils ont lu dans le texte de base, de sorte qu'il y a un retour à l'historicité de l'énonciable indiquée dans le geste d'interprétation. Ce retour à l'historicité constitue la condition fondamentale du mouvement du ou des sens, qui s'est matérialisé, par exemple, dans la mobilisation de traits caractéristiques de genres textuels déjà connus et dans l'affiliation à des sens circulant dans la société et projetant une position subjective pour l'étudiant.Dissertação (Mestrado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em Estudos LinguísticosBrasilCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESLinguística(re)textualizaçãoleituraescritaensinoBenvebiste(re)textualisationen train de lirel'écritureenseignementBenvenisteA relação entre leitura e escrita em atividades de (Re)textualizaçãoLa relation entre la lecture et l'écriture dans les activités de (Re)textualisationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAgustini, Carmen Lucia Hernandeshttp://lattes.cnpq.br/2810007575519305Araújo, Érica Daniela deMarinho, Mariana da Silvahttp://lattes.cnpq.br/0307514674050143Vasconcelos, Aline Paula Ribeiro151a07015d8-5b69-4c15-9806-e742a2112c71info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFULICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/32831/2/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD52ORIGINALRelaçãoEntreLeitura.pdfRelaçãoEntreLeitura.pdfDissertaçãoapplication/pdf4602690https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/32831/3/Rela%c3%a7%c3%a3oEntreLeitura.pdfff1d8a052a46186a8fcc9cc97d5ecd5bMD53TEXTRelaçãoEntreLeitura.pdf.txtRelaçãoEntreLeitura.pdf.txtExtracted texttext/plain373878https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/32831/4/Rela%c3%a7%c3%a3oEntreLeitura.pdf.txtb76cd1d0fc9f2d2bd81a684c660f84f6MD54THUMBNAILRelaçãoEntreLeitura.pdf.jpgRelaçãoEntreLeitura.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1143https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/32831/5/Rela%c3%a7%c3%a3oEntreLeitura.pdf.jpg29454c3f5d5ce70774ed2e8ebf12455eMD55123456789/328312021-11-04 09:47:14.004oai:repositorio.ufu.br:123456789/32831w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2024-04-26T15:19:11.091131Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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