Geoambientes e solos no Pantanal do Abobral, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Queiroz, Roberta Franco Pereira de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/21106
http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.246
Resumo: The Pantanal basin is seasonally flooded in different degrees in space and time, overflowing most part of the lowland and forming distinct landscape units or geo-environments. The Abobral Pantanal is one of the Pantanal sub-regions. This study aimed to classify and report soil physic-chemical characteristics and evaluate the soil-plant relations. We subdivided the landscape using hydromorphism, phytophysiognomies, relief, and soil conditions. The Abobral Pantanal was stratified in four geo-environments: Cordilheiras with semi deciduous forest over Chernozems with petrocalcic horizon; Corixo with flooded forest over Planosols with vertic character; Campo com Cambará over Planosols with gley character; and Lagoa Intermitente over eutrophic Planosols. At Cordilheira geo-environment, a non-flooded area, occurred snail shells buried in the soil at mean depth 55-80 cm, inducing occurrence of base rich Chernozems. At Cordilheiras there is occurrance of calcite, mica, smectites and albite. The high pH, the drain obstruction, and abundant occurrance of Ca and Mg in soluble forms in the soil allows high stability to the snail shells. At the seasonally flooded geo-environments the planic B horizon supports the maintenance of a higher water table. At these seasonally flooded geo-environments occurs micas, smectites, calcite, microcline, caulinite and quartz. At Cordilheiras, the snail shells dissolution above petrocalcic horizons are not the main ion source for petrocalcic horizon formation. The Mg soil richness indicates other non-biogenic carbonate source. The calcareous higher lands around Pantanal are likely responsibles for enrich the water flood at Abobral Pantanal. Sediments dating above and below the petrocalcic horizon points to 2500 BP the most likely time of the petrocalcic formation. At that time, the Pantanal basin were probably drier with a lower drainage, which would favor a cemented strata formation. Snail shells dating indicates mean age of 1700 BP, its deposition it is not considered anthropic. Petrocalcic horizon and Chernozems formations were not simultaneously. After the petrocalcic resposible event there was younger materials deposition, about 600 BP. Petrocalcic horizon partial degradation, allied to soil bioturbation originated Chernozems.
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The Abobral Pantanal was stratified in four geo-environments: Cordilheiras with semi deciduous forest over Chernozems with petrocalcic horizon; Corixo with flooded forest over Planosols with vertic character; Campo com Cambará over Planosols with gley character; and Lagoa Intermitente over eutrophic Planosols. At Cordilheira geo-environment, a non-flooded area, occurred snail shells buried in the soil at mean depth 55-80 cm, inducing occurrence of base rich Chernozems. At Cordilheiras there is occurrance of calcite, mica, smectites and albite. The high pH, the drain obstruction, and abundant occurrance of Ca and Mg in soluble forms in the soil allows high stability to the snail shells. At the seasonally flooded geo-environments the planic B horizon supports the maintenance of a higher water table. At these seasonally flooded geo-environments occurs micas, smectites, calcite, microcline, caulinite and quartz. At Cordilheiras, the snail shells dissolution above petrocalcic horizons are not the main ion source for petrocalcic horizon formation. The Mg soil richness indicates other non-biogenic carbonate source. The calcareous higher lands around Pantanal are likely responsibles for enrich the water flood at Abobral Pantanal. Sediments dating above and below the petrocalcic horizon points to 2500 BP the most likely time of the petrocalcic formation. At that time, the Pantanal basin were probably drier with a lower drainage, which would favor a cemented strata formation. Snail shells dating indicates mean age of 1700 BP, its deposition it is not considered anthropic. Petrocalcic horizon and Chernozems formations were not simultaneously. After the petrocalcic resposible event there was younger materials deposition, about 600 BP. Petrocalcic horizon partial degradation, allied to soil bioturbation originated Chernozems.Dissertação (Mestrado)A depressão do Pantanal está sujeita a inundação anual, cujo alagamento tem grau variável na escala topográfica e temporal, criando enorme heterogeneidade de unidades da paisagem ou de Geoambientes. O Pantanal do Abobral é uma das sub-regiões que compõe o Pantanal. O estudo teve como objetivo caracterizar e classificar o solo em diferentes unidades da paisagem e compreender como as características edáficas atuam na diferenciação de Geoambientes. O Pantanal do Abobral pode ser dividido em quatro Geoambientes: Cordilheiras com florestas semidecíduas sobre Chernossolos petrocálcicos; Corixo com mata inundável sobre Planossolo vertissólico; Campo com Cambará sobre Planossolo gleissólico; e Lagoa Intermitente sobre Planossolo eutrófico. Nos Geoambientes de Cordilheiras, área não alagável, verificou-se deposição de conchas de caramujos em profundidade média de 55 a 80 cm, o que influenciou na presença de Chernossolos ricos em bases trocáveis. A mineralogia das Cordilheiras é composta por calcita, mica, escmectita e feldspato sódico (albita). O pH alcalino, o impedimento da drenagem e abundante ocorrência de Ca e Mg em formas solúveis no solo permitem elevada estabilidade das carapaças de gastrópodes. Nos ambientes da planície de inundação o horizonte B plânico contribui para a manutenção de níveis temporários mais elevados do lençol freático. Nestes Geoambientes sazonalmente inundáveis a análise mineralógica indicou presença de micas, esmectitas, calcita, feldspato potássico (microclínio), caulinita e quartzo. Nas Cordilheiras, a dissolução das carapaças dos níveis acima dos horizontes petrocálcicos não são a principal fonte de íons para a formação dos horizontes petrocálcicos. A riqueza de Mg no solo indica outras fontes não biogênicas de carbonatos. Os planaltos calcários ao redor do Pantanal são prováveis responsáveis por enriquecer as águas de inundação do Pantanal do Abobral. Datações em sedimentos acima e abaixo nos horizontes petrocálcicos indicam 2500 AP como provável época de formação do estrato cimentado. Estima-se que nessa época a planície pantaneira passava por períodos mais secos ou de drenagem mais encaixada e lençol freático rebaixado, condições que favoreceriam a cimentação de um estrato acumulado em carbonatos. Datações nas carapaças de gastrópodes apontaram idade média de 1700 AP, sua deposição é considerada não antrópica. A formação do horizonte petrocálcico e horizonte A chernozêmico não foram concomitantes. Após o evento responsável pela formação do horizonte petrocálcico houve deposição de materiais mais recentes, no entorno de 600 AP. A degradação de parte do horizonte petrocálcico, aliada a pedobioturbação por parte da macrofauna nas Cordilheiras, deram origem aos horizontes A chernozêmicos.Universidade Federal de UberlândiaBrasilPrograma de Pós-graduação em Qualidade AmbientalGradella, Frederico dos Santoshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4732572D9Corrêa, Guilherme Resendehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4732920Y7Vasconcelos, Bruno Nery Fernandeshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4246820A6Costa, Enio Tarso de Souzahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4776610Z1Schaefer, Carlos Ernesto Goncalves Reynaudhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8Queiroz, Roberta Franco Pereira de2018-04-09T17:31:15Z2018-04-09T17:31:15Z2018-02-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfQUEIROZ, Roberta Franco Pereira de. Geoambientes e solos no Pantanal do Abobral, Mato Grosso do Sul, Brasil. 2018. 82f. Dissertação (Mestrado em Qualidade Ambiental). Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018.https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/21106http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.246porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFU2018-04-09T17:31:16Zoai:repositorio.ufu.br:123456789/21106Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2018-04-09T17:31:16Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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