Comparação da rigidez arterial central e da morfologia da onda de pulso, durante o envelhecimento, em indivíduos idosos e muito idosos.

• Autor(a) principal: Ferreira, Cléria Rodrigues
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/33949; http://doi.org/10.14393/ufu.te.2021.558
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; Rigidez Arterial; Arterial stiffness; Envelhecimento; Aging; Morfologia da onda de pulso arterial; Arterial pulse wave morphology; Ciências médicas; Envelhecimento - Aspectos biológicos; Rigidez vascular; Análise da onda de pulso

Introdução: Nos últimos anos, a expectativa de vida da população tem aumentado consideravelmente. O envelhecimento vascular é determinado por alterações das propriedades elásticas dos vasos arteriais. A rigidez arterial central (RAC) aumenta com o envelhecimento, devido às alterações celulares da parede arterial, além de estar relacionada ao risco cardiovascular (RCV) e constitui um achado importante nos pacientes idosos e muito idosos. Objetivos: comparar a rigidez arterial central e a morfologia da onda de pulso em indivíduos idosos e muito idosos. Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal em que selecionamos 932 pacientes agrupados em seis faixas etárias, sendo: FE-1: ≥60 e <65 anos (n=69); FE-2: ≥65 e <70 anos (n=309); FE-3:≥70 e <75 anos (n=247); FE-4: ≥ 75 e <80 anos (n=155); FE-5:≥80 e <85 anos (n=97) e FE-6: ≥85 anos (n=55). Todos os grupos foram submetidos à tonometria de aplanação (TA) em que foram medidas a velocidade de onda de pulso carotídeo- femoral (cf-PWV) e registradas as morfologias das ondas de pulso arterial. Foram avaliados os dados clínicos e hemodinâmicos dos pacientes, obtidos durante uma única visita ambulatorial e selecionados aqueles pacientes em que os dados de TA e de Morfologia da Onda de Pulso (MOP) eram simultaneamente mensurados. Caso houvesse mais de uma visita ambulatorial, em que tais medidas fossem realizadas simultaneamente, a primeira visita é a que foi selecionada. Para a análise estatística, foi realizado o teste Shapiro Wilk, Kruskal Wallis e a regressão linear para os valores de cf-PWV. Resultados: Foi observado aumento progressivo da PSb, principalmente entre o FE1 e FE5, bem como aumento da PPb entre FE1 e FE6. Houve aumento progressivo da cf-PWV até aos 75 anos de idade, em que observamos a existência de um platô que se estendeu às faixas etárias seguintes. O mesmo comportamento foi observado para a morfologia da onda de pulso, já que houve aumento da AP e, das ondas ejetoras e de reflexão. Conclusão: A rigidez arterial central e as alterações morfológicas na onda de pulso, presentes nos pacientes muito idosos (acima de 80 anos), já são notadas com a mesma intensidade nos pacientes idosos acima de 75 anos.