Reatividade e eficiência agronômica do verdete e verdete calcinado como fertilizantes multinutrientes no arroz inundado

• Autor(a) principal: Arrieta, Rafael Gómez
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/19773; http://doi.org/10.14393/ufu.di.2017.174
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA; Agronomia; Potássio na agricultura; Fertilizantes potássicos; Arroz - Adubos e fertilizantes; Silício na agricultura; Fontes alternativas; Potássio; Silício; Oriza sativa L.; Wollastonita; KCl; Deficiência de Mg; Alternative source; Potassium; Silicon; Wollastonite; Mg deficiency

A dependência na importação de fertilizantes potássicos do Brasil tem gerado a necessidade de se encontrar fontes alternativas de potássio (K). São procuradas fontes multinutrientes para culturas de grande importância como o arroz inundado. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência agronômica do Verdete em pó como fonte de K, Si, Mg e Mn, e o Verdete Calcinado microgranulado e farelado como fonte de K, Si, Ca e Mg para o arroz inundado, e em comparação com o cloreto de potássio (KCl), silicato de cálcio (Wollastonita) e sulfato de manganês (MnSO4). Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, em um Latossolo Vermelho Distrófico (LVd) e um Neossolo Quartzarênio Órtico (RQo). O delineamento experimental foi configurado em blocos randomizados com quatro repetições, com tratamentos em doses crescentes de K2O provenientes do Verdete em pó, e do Verdete Calcinado microgranulado e farelado, as quais corresponderam também a doses crescentes de Si. Além desses, foram avaliados tratamentos com fontes padrão de K (KCl), Si (Wollastonita), Mn (MnSO4), mais a testemunha sem aplicação de nutrientes. As fontes foram aplicadas 90 dias antes da semeadura do arroz, que foi realizada em vasos contendo oito dm-3 de solo com umidade inicial de terra fina seca ao ar (TFSA), que foi posteriormente corrigida para, aproximadamente, 80% da capacidade de campo durante a incubação. Foram determinados o índice de eficiência agronômica (IEA) relativo ao KCl e à Wollastonita, e o percentual acumulado de potássio. 75 dias após a semeadura foi avaliado o perfilhamento (Per) e, na colheita, as plantas foram cortadas ao nível do solo, as panículas foram separadas e contadas, procedimento que gerou o resultado de número de panículas (Pan). Todo o material vegetal foi seco em estufa e pesado para determinação da massa seca da parte aérea (MSP) e dos grãos (MSG). Na análise de solo foram determinados o pH e os teores de K, Si, Ca, Mg e Mn. As mesmas determinações, exceto o pH, também foram feitas no material vegetal e, os resultados obtidos multiplicados pela MSP resultaram no acúmulo desses nutrientes. O IEA e o porcentual de K recuperado do Verdete em pó, foram superiores no LVd em relação ao RQo. Em ambos os solos, o Pan, a MSP, a MSG, o acúmulo de K, Si, Ca e Mg na parte aérea, bem como o IEA, dos tratamentos com Verdete em pó, não atingiram os patamares observados para os fertilizantes padrões, e, foram superiores nos tratamentos com Verdete Calcinado farelado em relação ao microgranulado com maior acúmulo de K, Si e Ca. Em ambos os solos, o aumento das doses de Verdete em pó gerou decréscimo no teor de Mg no solo e no acúmulo do nutriente na planta, até níveis críticos de deficiência. A aplicação de doses crescentes de Verdete Calcinado diminuiu o pH e o teor de Mg no solo, com destaque para o microgranulado que atuou mais intensamente no incremento da acidez.