Envelhecimento e o HIV/AIDS: percepções e estigmas

• Autor(a) principal: Lima, Patrícia Aparecida Borges de
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36261; http://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.5024
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::DOENCAS INFECCIOSAS E PARASITARIAS; Assistência Integral à Saúde; Pessoal de Saúde; Saúde do Idoso; Sexualidade; Vulnerabilidade em Saúde; Ciências Médicas; Envelhecimento e saúde; Doenças sexualmente transmissíveis; Idosos - Doenças

Introdução: Em todo o mundo, inclusive no Brasil, observam-se dois fenômenos: o crescimento da população idosa e o avanço da incidência do HIV na faixa etária acima dos 60 anos de idade. No país, o envelhecimento populacional ganhou destaque, tendo entre o período de 1950 a 2025 um aumento esperado de 15 vezes o número de idosos, ao se comparar com a década de 1950. Os casos de Aids nesta faixa etária, acima de 60 anos, aumentaram de forma significativa. Ainda assim, são raros os estudos relacionados à percepção dos profissionais de saúde frente aos idosos. Objetivo: Esta tese teve dois objetivos principais: 1) avaliar as diferentes percepções dos profissionais de saúde de um centro de referência em HIV/Aids em relação aos idosos vivendo com HIV; 2) identificar se fatores sociodemográficos e da formação de profissionais de saúde influenciam na percepção em relação ao idoso vivendo com HIV. Material e Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado no município de Uberlândia, MG, com a participação dos profissionais que atuavam no Ambulatório Municipal de IST/HIV/Aids “Herbert de Souza” e na Atenção Primária. Resultados: Os resultados indicaram que os idosos vivendo com HIV são resistentes ao preservativo, têm pouca percepção do risco da doença e que a solicitação do teste de HIV deve ser precedida de amplo esclarecimento ao paciente, exigindo maior atenção dos profissionais quanto aos aspectos sociais/psicológicos, visando a melhoraria da qualidade do atendimento e a adesão ao tratamento. Além disso, cenários como a faixa etária, o estado civil, o status de relacionamento, sexo, gênero, orientação sexual, nível de formação, cor, religião e categorias de profissão foram relacionadas com a percepção em relação ao idoso vivendo com HIV. Conclusão: Os estereótipos sociais e os preconceitos são elementos da cultura que contribuem no processo de formação dos profissionais de saúde, em especial com a população idosa. Desta forma, destaca-se a necessidade da qualificação profissional dos profissionais que atuam atendendo essa população, a fim de melhorar a qualidade do atendimento, eliminando estigmas sociais e possíveis atitudes preconceituosas.