Substratos e métodos de superação da dormência de sementes de tamboril (enterolobium contortisiliquum (vell.) Morong)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda Bueno Sampaio
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/42479
Resumo: A espécie E. contortisiliquum (Leguminosae - Mimosoideae), conhecida por tamboril, é nativa do Brasil e recomendada para o reflorestamento de áreas degradadas de preservação permanente em plantios mistos. Um elevado número de espécies da família Leguminosae apresentam sementes com dormência tegumentar, devido à presença de um tegumento duro e impermeável à água e aos gases, o que restringe o crescimento do embrião. Para acelerar o processo de germinação as sementes de tamboril necessitam de tratamentos especiais de quebra de dormência. A eficiência destes tratamentos na emergência de plântulas depende das qualidades dos substratos, ou das propriedades físicas e químicas dos materiais que os compõem. O objetivo deste trabalho foi avaliar métodos de quebra de dormência e tipos de substratos na emergência de plântulas de tamboril. As sementes foram cedidas pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) ESALQ/USP, e armazenadas em câmara fria e seca. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, do ICIAG/UFU, com delineamento experimental de blocos casualizados em esquema fatorial 3x2 (3 tratamentos x 2 substratos), com 4 repetições e 30 sementes por parcela. Os tratamentos foram: (Testemunha) imersão em água destilada por 24 horas; (tratamento térmico), imersão em água à 90ºC por 24 horas; e (escarificação química) com ácido sulfúrico por 20 minutos, seguido de lavagem em água corrente por 24 horas. Os substratos constaram de duas misturas: fibra de coco + casca de arroz carbonizada + esterco bovino (1:1:1); e casca de pinus + casca de arroz carbonizada + esterco bovino (1:1:1). Concluiu-se que, o melhor tratamento para a quebra da dormência de sementes de tamboril foi a escarificação química com ácido sulfúrico por 20 minutos. O tratamento de imersão das sementes em água à 90°C apresentou o maior percentual de emergência, mas as plântulas demoraram mais para emergir. Os substratos não interferiram significativamente com as características analisadas.
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