Escara nos sítios de fixação do carrapato Amblyomma ovale: morfologia das lesões infectadas e não infectadas por Rickettsia parkeri
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFU |
Texto Completo: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/32437 http://doi.org/10.14393/ufu.di.2020.426 |
Resumo: | Two well characterized tick-borne rickettsiosis occur in Brazil. Rickettsia rickettsii caused spotted-fever is a severe disease with a high case-fatality rate in the southeastern region of the country whereas Rickettsia parkeri strain Atlantic rainforest (ARF) infections transmitted by adult Amblyomma ovale ticks cause a milder non-lethal febrile disease with eschar (necrosis) at tick-bite site. In Brazil, such eschar is considered the main clinical feature of mild R. parkeri infection and used to differentiate it from severe R. rickettsii infection. However, knowledge on the pathogenesis of eschar and its clear relationship with R. parkeri ARF is lacking. We herein evaluated gross and histopathology of skin lesions of guinea pigs caused by R. parkeri ARF infected or uninfected A. ovale parasitism sites as well as skin lesions of needle inoculated Rickettsia. Lesions were also evaluated in guinea pigs undergoing first tick infestation (tick-bite naïve) and on those sensitized by previous infestations or R. parkeri infections (immunized). Gross examination revealed that after detachment of infected and uninfected ticks and Rickettsia needle inoculation all animals developed skin hyperemia and induration. Necrosis, however, was lacking from needle inoculated animals and was much larger at skin sites where ticks detached after a second or third tick infestation. This observation shows that an immune response to ticks is at the basis of necrosis pathogenesis. Histopathology revealed that vasculitis and slight intravascular fibrin aggregates were an inconspicuous feature of both infected or uninfected tick attachment sites and absent at Rickettsia needle inoculation sites. Nevertheless, Rickettsia infection enhanced and extended over time focal necrosis at tick attachment sites as well as increased focal inflammatory infiltrate at the dermis-hypodermis interface. These results indicate that eschar in guinea pigs exposed to infected A. ovale ticks are caused rather by tick-bite of previously tick-bite sensitized animals and that concomitant Rickettsia infection may increases such lesion under microscopic evaluation at least. Nonetheless eschar may be used as a tick-bite sign and eventually Rickettsia inoculation site. Therefore, febrile diseases with eschars still need laboratory confirmation of Rickettsia infection. Additional studies are needed to reveal eschar physiopathology and related morphology in other hosts and Rickettsia species and strains. |
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Escara nos sítios de fixação do carrapato Amblyomma ovale: morfologia das lesões infectadas e não infectadas por Rickettsia parkeriEschars at Amblyomma ovale tick attachment sites: morphology of Rickettsia parkeri infected and uninfected lesionsRickettsiaEscaraParkeriRickettsia parkeriEscharBrazilLesionsAmblyomma ovaleCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASImunologiaCarrapatos como transmissores de doençasTwo well characterized tick-borne rickettsiosis occur in Brazil. Rickettsia rickettsii caused spotted-fever is a severe disease with a high case-fatality rate in the southeastern region of the country whereas Rickettsia parkeri strain Atlantic rainforest (ARF) infections transmitted by adult Amblyomma ovale ticks cause a milder non-lethal febrile disease with eschar (necrosis) at tick-bite site. In Brazil, such eschar is considered the main clinical feature of mild R. parkeri infection and used to differentiate it from severe R. rickettsii infection. However, knowledge on the pathogenesis of eschar and its clear relationship with R. parkeri ARF is lacking. We herein evaluated gross and histopathology of skin lesions of guinea pigs caused by R. parkeri ARF infected or uninfected A. ovale parasitism sites as well as skin lesions of needle inoculated Rickettsia. Lesions were also evaluated in guinea pigs undergoing first tick infestation (tick-bite naïve) and on those sensitized by previous infestations or R. parkeri infections (immunized). Gross examination revealed that after detachment of infected and uninfected ticks and Rickettsia needle inoculation all animals developed skin hyperemia and induration. Necrosis, however, was lacking from needle inoculated animals and was much larger at skin sites where ticks detached after a second or third tick infestation. This observation shows that an immune response to ticks is at the basis of necrosis pathogenesis. Histopathology revealed that vasculitis and slight intravascular fibrin aggregates were an inconspicuous feature of both infected or uninfected tick attachment sites and absent at Rickettsia needle inoculation sites. Nevertheless, Rickettsia infection enhanced and extended over time focal necrosis at tick attachment sites as well as increased focal inflammatory infiltrate at the dermis-hypodermis interface. These results indicate that eschar in guinea pigs exposed to infected A. ovale ticks are caused rather by tick-bite of previously tick-bite sensitized animals and that concomitant Rickettsia infection may increases such lesion under microscopic evaluation at least. Nonetheless eschar may be used as a tick-bite sign and eventually Rickettsia inoculation site. Therefore, febrile diseases with eschars still need laboratory confirmation of Rickettsia infection. Additional studies are needed to reveal eschar physiopathology and related morphology in other hosts and Rickettsia species and strains.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação (Mestrado)Duas Rickettsioses bem caracterizadas e transmitidas por carrapatos ocorrem no Brasil. Rickettsia rickettsii agente da febre maculosa, uma doença grave e com alta taxa de letalidade na região sudeste do país e Rickettsia parkeri cepa Mata Atlântica transmitida por carrapatos adultos de Amblyomma ovale causando uma doença febril não letal, mais leve e com eschar (necrose) no local da picada do carrapato. No Brasil, essa escara é considerada a principal característica clínica da infecção leve por R. parkeri e é utilizada para diferenciá-la da infecção grave por R. rickettsii. No entanto, faltam conhecimentos sobre a patogênese da escara e sua clara relação com a infecção por R. parkeri. Neste estudo, avaliamos macroscopicamente e histopatologicamente as lesões cutâneas de porquinhos-da-índia (Cavia porcellus) nos sítios de parasitismo de A. ovale infectados ou não infectados por R. parkeri cepa Mata Atlântica, bem como lesões cutâneas de Rickettsia inoculadas por agulha. As lesões também foram avaliadas em porquinhos-da-índia submetidos à primeira infestação de carrapatos (não imunizados a picada de carrapato) e naqueles sensibilizados por infestações anteriores ou infecções por R. parkeri (imunizados). O exame geral revelou que após o desprendimento de carrapatos infectados e não infectados e a inoculação com agulha de Rickettsia, todos os animais desenvolveram hiperemia e endurecimento da pele. No entanto, a necrose estava ausente nos animais com inoculação intradérmica de Rickettsias e era muito maior nos locais da pele onde os carrapatos se desprendiam após uma segunda ou terceira infestação de carrapatos. Esta observação mostra que a resposta imune aos carrapatos é a base da patogênese da necrose. A histopatologia revelou que vasculite e agregados intravasculares leves de fibrina eram uma característica discreta dos locais de inserção de carrapatos infectados ou não, e ausentes nos locais de inoculação por agulha da Rickettsia. No entanto, a infecção por Rickettsia aumentou e estendeu ao longo do tempo a necrose focal nos locais de fixação do carrapato, bem como o aumento do infiltrado inflamatório focal na interface derme-hipoderme. Estes resultados indicam que as escaras em cobaias expostas a carrapatos infectados por A. ovale são causadas pela picada de carrapatos de animais previamente sensíveis à picada de carrapatos e que a infecção concomitante por Rickettsia pode aumentar essa lesão sob avaliação microscópica. No entanto, a escara pode ser usada como sinal de picada de carrapato e, eventualmente, no local de inoculação de Rickettsia. Portanto, doenças febris com escaras ainda precisam de confirmação laboratorial da infecção por Rickettsia. Estudos adicionais são necessários para revelar a fisiopatologia da escara e morfologia relacionada em outros hospedeiros, espécies e cepas de Rickettsia.2022-05-28Universidade Federal de UberlândiaBrasilPrograma de Pós-graduação em Imunologia e Parasitologia AplicadasSzabó, Matias Pablo Juanhttp://lattes.cnpq.br/7340697197436800Labruna, Marcelohttp://lattes.cnpq.br/9096422507543208Castro, Márcio dehttp://lattes.cnpq.br/2728337803011388Rodrigues, Alessandra Castro2021-07-09T23:08:35Z2021-07-09T23:08:35Z2020-05-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfRODRIGUES, Alessandra Castro. Escara nos sítios de fixação do carrapato Amblyomma ovale: morfologia das lesões infectadas e não infectadas por Rickettsia parkeri. 2020. 54 f. Dissertação (Mestrado em Imunologia e Parasitologia Aplicadas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2021. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2020.426https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/32437http://doi.org/10.14393/ufu.di.2020.426porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFU2022-07-27T18:27:46Zoai:repositorio.ufu.br:123456789/32437Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2022-07-27T18:27:46Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false |
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