Biologia reprodutiva de duas espécies de Rubiaceae de mata de galeria do Triângulo Mineiro-MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Consolaro, Hélder Nagai
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/13336
Resumo: Rubiaceae is the largest family with distylous species among the Angiosperms. This floral polymorphism may vary in form and degree leading to homostyly, monomorphism and dioecy, either in populations of the same species or between species of typically distylous genera. The objective of this study was to know the floral biology, including pollination and breeding systems of two Rubiaceae species common in gallery forest of Triângulo Mineiro, MG. Psychotria carthagenensis Jacq. and Manettia cordifolia Mart.. The study was carried out in The Panga Ecological Station and riverside of the Uberabinha (Uberlândia, MG), and complemented with observations of botanic material deposited in herbaria of the region. P. carthagenensis is a understory shrub with small, bee pollinated white flowers. The specie is clearly distylous with two markedly different morphs and reciprocal herkogamy. However, the studied population showed a large deviation from isoplethy (149 pin individuals and only one thrum), alongside self-compatibility condition. Data of herbaria and observations in other area of forest indicated that others populations may show isplethy or dominance of the pin morph, of form that monostyly is a characteristic of isolate populations and not of the specie in general. M. cordifolia is a vine with flowers characteristics typical of hummingbird pollination syndrome, such as red tubular corolla, abundant nectar and absence of odor. The main pollinator was the hummingbird Phaetornis pretrei. The plant cannot be considered a typically distylous specie, although it is in a genera known as distylous. The observed characteristics indicate a specie with pin-monomorphy, probably derived of a distylous ancestral. Controlled pollinations showed a self-incompatible and non-apomictic species. In general, variations in heterostylous characteristics can be associated with different factors but are result of either a crossing-over inside the supergene that controls the distyly or vegetative growth. In ecological terms, the pin morph may have selective advantages over the thrum morph, given the exsert position of the stigma; creating an asymmetry on the pollen flow towards the pin morph. These advantages associated with selfcompatibility may result in pin-monomorphic populations or even give rise to monostylous species in distylous groups. It is important to notice that although the species studied here may be seen as stages in this process, Manettia cordifolia has acquired, possibly anew, a self-sterility mechanism. The absence of information on the distyly genetic control in the Rubiaceae family makes difficult to interpret the variations observed on the present study. Information on the geographic distribution and phylogeny of the groups would be helpful to understand the situation of the species and the origin of these characteristics.
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The study was carried out in The Panga Ecological Station and riverside of the Uberabinha (Uberlândia, MG), and complemented with observations of botanic material deposited in herbaria of the region. P. carthagenensis is a understory shrub with small, bee pollinated white flowers. The specie is clearly distylous with two markedly different morphs and reciprocal herkogamy. However, the studied population showed a large deviation from isoplethy (149 pin individuals and only one thrum), alongside self-compatibility condition. Data of herbaria and observations in other area of forest indicated that others populations may show isplethy or dominance of the pin morph, of form that monostyly is a characteristic of isolate populations and not of the specie in general. M. cordifolia is a vine with flowers characteristics typical of hummingbird pollination syndrome, such as red tubular corolla, abundant nectar and absence of odor. The main pollinator was the hummingbird Phaetornis pretrei. The plant cannot be considered a typically distylous specie, although it is in a genera known as distylous. The observed characteristics indicate a specie with pin-monomorphy, probably derived of a distylous ancestral. Controlled pollinations showed a self-incompatible and non-apomictic species. In general, variations in heterostylous characteristics can be associated with different factors but are result of either a crossing-over inside the supergene that controls the distyly or vegetative growth. In ecological terms, the pin morph may have selective advantages over the thrum morph, given the exsert position of the stigma; creating an asymmetry on the pollen flow towards the pin morph. These advantages associated with selfcompatibility may result in pin-monomorphic populations or even give rise to monostylous species in distylous groups. It is important to notice that although the species studied here may be seen as stages in this process, Manettia cordifolia has acquired, possibly anew, a self-sterility mechanism. The absence of information on the distyly genetic control in the Rubiaceae family makes difficult to interpret the variations observed on the present study. Information on the geographic distribution and phylogeny of the groups would be helpful to understand the situation of the species and the origin of these characteristics.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorMestre em Ecologia e Conservação de Recusos NaturaisRubiaceae é a maior família que contém espécies distílicas dentro das Angiospermas. Espécies com este polimorfismo floral podem apresentar variações de diferentes formas e graus, tais como: originar derivações como homostilia, monomorfia e dioicia ou apresentar variações tanto entre populações distílicas da mesma espécie, quanto entre gêneros e espécies tipicamente distílicos. Este estudo teve como objetivo conhecer a biologia floral, incluindo a polinização e o sistema reprodutivo, de duas espécies de Rubiaceae comuns em mata de galeria do Triângulo Mineiro, Psychotria carthagenensis Jacq. e Manettia cordifolia Mart.. O estudo foi realizado na Estação Ecológica do Panga e margens do Rio Uberabinha (Uberlândia, MG) e complementado com observações de material botânico depositado em herbários da região. Psychotria cathagenensis é um arbusto com flores brancas, pequenas, polinizadas por abelhas. A espécie é claramente distílica com dois morfos distintos e hercogamia recíproca. Entretanto, a população estudada apresentou um grande desequilíbrio na isopletia (149 indivíduos longistilos e apenas um brevistilo) juntamente com a condição de autocompatibilidade. Dados de herbário e observações em outras áreas de matas indicaram que outras populações podem apresentar isopletia ou dominância do morfo longistilo, de modo que a monostilia é uma característica de populações isoladas e não da espécie como um todo. Manettia cordifolia é uma liana com flores com características típicas da síndrome de ornitofilia, ou seja, coloração vermelha, néctar abundante e ausência de odor. Seu polinizador principal foi o beija-flor Phaetornis pretrei. A espécie não foi considerada tipicamente distílica, apesar de estar dentro de um gênero tido como distílico. Suas características sugerem uma espécie com monomorfismo longistílico, provavelmente derivado de um ancestral distílico, pois não foram encontrados indivíduos brevistilos Os testes de polinizações controladas indicam que a espécie é auto-incompatível e não apomítica. De um modo geral, variações nas características heterostílicas podem estar associadas a vários fatores ecológicos, todavia é possibilitada por eventos de cross-over do supergene que controla a distilia ou por multiplicação vegetativa de plantas de um dos morfos florais. Em termos ecológicos, o morfo longistilo pode ter vantagens seletivas sobre o brevistilo, dado o posicionamento exserto do estigma, gerando assimetria no fluxo de pólen. Estas vantagens associadas à autocompatibilidade podem levar a predominância das plantas longistilas em populações e mesmo a formação de espécies monostílicas. Cabe notar que, apesar das espécies estudadas parecerem estágios diferentes do processo descrito, em Manettia cordifolia ocorreu a aquisição, provavelmente secundária, de mecanismos de auto-esterilidade. A interpretação dos resultados obtidos é dificultada pela ausência de informações sobre o controle genético da heterostilia nas Rubiaceae. Informações sobre a distribuição geográfica e sobre a filogenia dos grupos poderão ajudar a entender melhor a situação das espécies e o surgimento destas característicaUniversidade Federal de UberlândiaBRPrograma de Pós-graduação em Ecologia e Conservação de Recursos NaturaisCiências BiológicasUFUOliveira, Paulo Eugênio Alves Macedo dehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781189J6Machado, Isabel Cristina Sobreirahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793526Y0Augusto, Solange Cristinahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728013Y8Consolaro, Hélder Nagai2016-06-22T18:34:46Z2006-05-162016-06-22T18:34:46Z2004-02-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfCONSOLARO, Hélder Nagai. Biologia reprodutiva de duas espécies de Rubiaceae de mata de galeria do Triângulo Mineiro-MG. 2004. 69 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2004.https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/13336porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFU2021-09-24T14:58:16Zoai:repositorio.ufu.br:123456789/13336Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2021-09-24T14:58:16Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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description Rubiaceae is the largest family with distylous species among the Angiosperms. This floral polymorphism may vary in form and degree leading to homostyly, monomorphism and dioecy, either in populations of the same species or between species of typically distylous genera. The objective of this study was to know the floral biology, including pollination and breeding systems of two Rubiaceae species common in gallery forest of Triângulo Mineiro, MG. Psychotria carthagenensis Jacq. and Manettia cordifolia Mart.. The study was carried out in The Panga Ecological Station and riverside of the Uberabinha (Uberlândia, MG), and complemented with observations of botanic material deposited in herbaria of the region. P. carthagenensis is a understory shrub with small, bee pollinated white flowers. The specie is clearly distylous with two markedly different morphs and reciprocal herkogamy. However, the studied population showed a large deviation from isoplethy (149 pin individuals and only one thrum), alongside self-compatibility condition. Data of herbaria and observations in other area of forest indicated that others populations may show isplethy or dominance of the pin morph, of form that monostyly is a characteristic of isolate populations and not of the specie in general. M. cordifolia is a vine with flowers characteristics typical of hummingbird pollination syndrome, such as red tubular corolla, abundant nectar and absence of odor. The main pollinator was the hummingbird Phaetornis pretrei. The plant cannot be considered a typically distylous specie, although it is in a genera known as distylous. The observed characteristics indicate a specie with pin-monomorphy, probably derived of a distylous ancestral. Controlled pollinations showed a self-incompatible and non-apomictic species. In general, variations in heterostylous characteristics can be associated with different factors but are result of either a crossing-over inside the supergene that controls the distyly or vegetative growth. In ecological terms, the pin morph may have selective advantages over the thrum morph, given the exsert position of the stigma; creating an asymmetry on the pollen flow towards the pin morph. These advantages associated with selfcompatibility may result in pin-monomorphic populations or even give rise to monostylous species in distylous groups. It is important to notice that although the species studied here may be seen as stages in this process, Manettia cordifolia has acquired, possibly anew, a self-sterility mechanism. The absence of information on the distyly genetic control in the Rubiaceae family makes difficult to interpret the variations observed on the present study. Information on the geographic distribution and phylogeny of the groups would be helpful to understand the situation of the species and the origin of these characteristics.
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