Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Izidoro, Luiz Fernando Moreira
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/25694
Resumo: Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)
id UFU_634f105ad673c3968fb2002da70bc034
oai_identifier_str oai:repositorio.ufu.br:123456789/25694
network_acronym_str UFU
network_name_str Repositório Institucional da UFU
repository_id_str
spelling 2019-07-02T20:09:12Z2019-07-02T20:09:12Z1997-12-09IZIDORO, Luiz Fernando Moreira. Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas. 38 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 1997.https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/25694porUniversidade Federal de UberlândiaCiências BiológicasBrasilCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOQUIMICAToxinaCoagulação sanguíneapHEstudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisBrandeburgo, Maria Inês Homsihttp://lattes.cnpq.br/6716907588579620Hamaguchi, AméliaRodrigues, Veridiana de MeloIzidoro, Luiz Fernando MoreiraTrabalho de Conclusão de Curso (Graduação)Serpentes constituem um grupo de répteis que se divide em peçonhentos e não peçonhentos a partir da capacidade de inocular sua secreção tóxica de maneira ativa.As serpentes estão compreendidas em quatro famílias principais, sendo que as de principais interesses para este trabalho estão compreendidas nos gêneros Bothrops, Lachesis. Como os venenos são constituídos de uma complexa mistura de proteinas,que podem atuar sozinhas ou simultâneamente com outras, apresemtam efeitos diversos onde se destacam a hemorragia , necrose,e coagulação sanguínea. Também os acidentes botrópicos são similares a acidentes laquéticos quanto a efeitos locais ou sistêmicos. Por outro lado acidentes com abelhas africanizadas(Apis mellifera) causam no local da picada apenas um discreto inchaço, vermelhidão e uma desconfortável dor, caso a vítima não seja sensível ao veneno. O quadro clínico de pessoas sensíveis evoluirá para edema de glote, choque anafilático e morte. A estabilidade das toxinas em relação a duas atividades enzimáticas relevantes das peçonhas, foi analisada em três diferentes pHs ( ácido, neutro e alcalino ) e em duas temperaturas (ambiente de aproximadamente 28 graus celsius e após aquecimento a 100 graus celsius) Um dos principais efeitos das peçonhas de serpentes botrópicas e laquéticas é a sua ação coagulante.Estes venenos apresentam várias toxinas que atuam em locais diferentes sobre a cascata de coagulação sanguínea, sendo as enzimas com ação "thrombin-like", isto é , com capacidade de atuar diretamentesobre o fibrinogênio, transformando-o em fibrina , as mais expressivas. A análise da ação coagulante sobre o plasma bovino nas cinco peçonhas estudadas, mostrou que esta atividade foi sempre maior para a peçonha de Lachesis em qualquer condição de temperatura e pH estudados, e não estava presente na peçonha de abelhas africanizadas. Das 3 peçonhas botrópicas estudadas (jararaca, alternatus neuwiedi) a de B. alternatus mostrou menor atividade coagulante , que foi significativa somente em pH 7.0 sem aquecimento e representou cerca de 48%da atividade coagulante de Lachesis muta nas mesmas condições. A peçonha de B. jararaca interessantemente mostrou melhor atividade em pH 3.5sem aquecimento, enquanto B. neuwiedi foi mais ativa quando tratada em pH neutro e temperatura ambiente. Por outro lado muitos dos efeitos lesivos causados por peçonhas animais, tais como miotoxicidade, formação de edema, neurotoxicidade e citotoxicidade, estão diretamente relacionados com a enzima fosfolipáse A2 (PLA2), que geralmente é expressa em diversas isoformas num mesmo veneno. Esta atividade enzimática foi determinada por titulação potenciométrica em pH 8.0 inicial, usando- se como substrato a gema do ovo que é rica em fosfolipídeo. Das cinco peçonhas estudadas, a de Apis mellifera foi a mais ativa em todas as condições analisadas, tendo apresentado a maior atividade em pH 9.0 sem aquecimento. Dentre os venenos de serpentes o mais ativo foi o de Lachesis mula, cuja atividade foi bastante significativa e próxima nos três pHs analisados sem aquecimento, após aquecimento a 100 graus celsius perdeu 40%da atividade em pH 7.0 e foi totalmente inativado em pH 9.0. Das três peçonhas botrópicas, a de neuwidi foi a mais ativa quando tratada em pH 7.0 e temperatura ambiente. Já a de alternatus foi menos ativa , apresentando os melhores resultados nas mesmas condições que a de neuwiedi. Enquanto a de jararaca mostrou melhor atividade em pH 3.5 sem aquecimento. Embora tenham sido observadas variações significativas nestas duas atividades para uma mesma peçonha quanto ao pH e temperatura estabelecidos, em geral pH 7.0 e temperatura ambiente representam as melhores condições para ambas atividades analisadas. Foram excessões a peçonha de B. jararaca que foi sempre mais ativa em p H 3.5 sem aquecimento e a de abelhas quanto à atividade PLA2, que foi mais elevada em pH 9.0 também sem aquecimento.38info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFUORIGINALEstudoComparativoToxinas.pdfEstudoComparativoToxinas.pdfapplication/pdf2076252https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/25694/1/EstudoComparativoToxinas.pdf56e28b4e1aad6987e38211b35ccc4c4cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/25694/2/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD52TEXTEstudoComparativoToxinas.pdf.txtEstudoComparativoToxinas.pdf.txtExtracted texttext/plain48https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/25694/3/EstudoComparativoToxinas.pdf.txt3b176f4d8377d6d81fa41c3fdcef32a4MD53123456789/256942019-07-03 03:06:45.515oai:repositorio.ufu.br:123456789/25694w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2019-07-03T06:06:45Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas
title Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas
spellingShingle Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas
Izidoro, Luiz Fernando Moreira
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOQUIMICA
Toxina
Coagulação sanguínea
pH
title_short Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas
title_full Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas
title_fullStr Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas
title_full_unstemmed Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas
title_sort Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas
author Izidoro, Luiz Fernando Moreira
author_facet Izidoro, Luiz Fernando Moreira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Brandeburgo, Maria Inês Homsi
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6716907588579620
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Hamaguchi, Amélia
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Rodrigues, Veridiana de Melo
dc.contributor.author.fl_str_mv Izidoro, Luiz Fernando Moreira
contributor_str_mv Brandeburgo, Maria Inês Homsi
Hamaguchi, Amélia
Rodrigues, Veridiana de Melo
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOQUIMICA
topic CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOQUIMICA
Toxina
Coagulação sanguínea
pH
dc.subject.por.fl_str_mv Toxina
Coagulação sanguínea
pH
description Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)
publishDate 1997
dc.date.issued.fl_str_mv 1997-12-09
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-07-02T20:09:12Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-07-02T20:09:12Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv IZIDORO, Luiz Fernando Moreira. Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas. 38 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 1997.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/25694
identifier_str_mv IZIDORO, Luiz Fernando Moreira. Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas. 38 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 1997.
url https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/25694
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Uberlândia
Ciências Biológicas
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Uberlândia
Ciências Biológicas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFU
instname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
instacron:UFU
instname_str Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
instacron_str UFU
institution UFU
reponame_str Repositório Institucional da UFU
collection Repositório Institucional da UFU
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/25694/1/EstudoComparativoToxinas.pdf
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/25694/2/license.txt
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/25694/3/EstudoComparativoToxinas.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 56e28b4e1aad6987e38211b35ccc4c4c
48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3
3b176f4d8377d6d81fa41c3fdcef32a4
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
repository.mail.fl_str_mv diinf@dirbi.ufu.br
_version_ 1802110434566733824