Fatores epidemiológicos e clínicos associados a incoagulabilidade sangüínea no envenenamento por serpentes do gênero Bothrops

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Ricardo Borges de
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/30315
http://doi.org/10.14393/ufu.di.1999.27
Resumo: No Brasil aproximadamente 90% dos acidentes ofídicos são causados por serpentes do gênero Bothrops, que determinam envenenamento com letalidade de 0,3%. Embora a alteração da coagulação seja a manifestação sistêmica mais frequente nesses acidentes e ocorra precocemente, parece não apresentar boa associação com o grau de envenenamento na região anatômica picada. Isso levou 'a sua retirada dos critérios para a classificação quanto 'a gravidade do envenenamento, com o objetivo de se administrar dose adequada de soro. Por outro lado, alguns autores encontraram associação entre coagulopatia e evolução para necrose, abscesso e óbito. O presente estudo objetiva conhecer, no envenenamento por serpentes do gênero Bothorps, fatores epidemiológicos e clínicos que possam estar associados 'a incoagulabilidade sangüínea e verificar se essa alteração associa-se 'a evolução clínica dos pacientes. Foram obtidas informações sobre variáveis epidemiológicas, clínicas e laboratoriais, relacionadas aos envenenamentos, em 2.991 prontuários médicos de pacientes picados por serpentes do gênero Bothrops, atendidos no Hospital Vital Brazil do Instituto Butantan (HVB-IB), no período de 1981 a 1990. Os pacientes foram agrupados entre aqueles que não apresentaram incoagulabilidade sangüínea (Grupo 1) e aqueles que apresentaram tal alteração (Grupo 2). Associararam-se positivamente 'a incoagulabilidade sangüínea (p<0,05) as seguintes variáveis: ocorrência dos acidentes nos últimos meses do ano; picadas em segmentos distais dos membros inferiores; presença de dor, edema e equimose na região anatômica picada; ocorrência de sangramento sistêmico e choque; dose do soro poliespecífico administrada; tempo entre acidente e chegada ao HVB. Associaram-se2 negativamente 'a incoagulabilidade sanguínea (p<0,05): tamanho da serpente B. jararaca', uso de torniquete; tempo entre chegada ao HVB e início da soroterapia. Não se associaram 'a incoagulabilidade sanguínea (p>0,05): horário do acidente; presença de presa recém-deglutida no tubo digestivo da serpente; sexo e idade do paciente; presença de bolha, necrose e abscesso na região anatômica picada; ocorrência de amputação, insuficiência renal e óbito; realização de incisão na região anatômica picada. Pôde-se concluir que embora a incoagulabilidade sanguínea apresente associação com manifestações também precoces do envenenamento botrópico como dor, edema, equimose, sangramento sistêmico e choque, não se associa 'a evolução clínica, no que se refere 'a ocorrência de bolha, necrose, abscesso, amputação, insuficiência renal e óbito, que ocorrem mais tardiamente.
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spelling 2020-11-10T17:22:24Z2020-11-10T17:22:24Z1999OLIVEIRA, Ricardo Borges de. Fatores epidemiológicos e clínicos associados a incoagulabilidade sangüínea no envenenamento por serpentes do gênero Bothrops. 1999. 107 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020. Disponível em: http://doi.org/10.14393/ufu.di.1999.27https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/30315http://doi.org/10.14393/ufu.di.1999.27No Brasil aproximadamente 90% dos acidentes ofídicos são causados por serpentes do gênero Bothrops, que determinam envenenamento com letalidade de 0,3%. Embora a alteração da coagulação seja a manifestação sistêmica mais frequente nesses acidentes e ocorra precocemente, parece não apresentar boa associação com o grau de envenenamento na região anatômica picada. Isso levou 'a sua retirada dos critérios para a classificação quanto 'a gravidade do envenenamento, com o objetivo de se administrar dose adequada de soro. Por outro lado, alguns autores encontraram associação entre coagulopatia e evolução para necrose, abscesso e óbito. O presente estudo objetiva conhecer, no envenenamento por serpentes do gênero Bothorps, fatores epidemiológicos e clínicos que possam estar associados 'a incoagulabilidade sangüínea e verificar se essa alteração associa-se 'a evolução clínica dos pacientes. Foram obtidas informações sobre variáveis epidemiológicas, clínicas e laboratoriais, relacionadas aos envenenamentos, em 2.991 prontuários médicos de pacientes picados por serpentes do gênero Bothrops, atendidos no Hospital Vital Brazil do Instituto Butantan (HVB-IB), no período de 1981 a 1990. Os pacientes foram agrupados entre aqueles que não apresentaram incoagulabilidade sangüínea (Grupo 1) e aqueles que apresentaram tal alteração (Grupo 2). Associararam-se positivamente 'a incoagulabilidade sangüínea (p<0,05) as seguintes variáveis: ocorrência dos acidentes nos últimos meses do ano; picadas em segmentos distais dos membros inferiores; presença de dor, edema e equimose na região anatômica picada; ocorrência de sangramento sistêmico e choque; dose do soro poliespecífico administrada; tempo entre acidente e chegada ao HVB. Associaram-se2 negativamente 'a incoagulabilidade sanguínea (p<0,05): tamanho da serpente B. jararaca', uso de torniquete; tempo entre chegada ao HVB e início da soroterapia. Não se associaram 'a incoagulabilidade sanguínea (p>0,05): horário do acidente; presença de presa recém-deglutida no tubo digestivo da serpente; sexo e idade do paciente; presença de bolha, necrose e abscesso na região anatômica picada; ocorrência de amputação, insuficiência renal e óbito; realização de incisão na região anatômica picada. Pôde-se concluir que embora a incoagulabilidade sanguínea apresente associação com manifestações também precoces do envenenamento botrópico como dor, edema, equimose, sangramento sistêmico e choque, não se associa 'a evolução clínica, no que se refere 'a ocorrência de bolha, necrose, abscesso, amputação, insuficiência renal e óbito, que ocorrem mais tardiamente.In Brazil, approximately 90% of snake accidents are caused by snakes of the Bothrops genus, which cause poisoning with a lethality of 0.3%. Although the change in coagulation is the most frequent systemic manifestation in these accidents and occurs early, it does not seem to have a good association with the degree of poisoning in the bitten anatomical region. This led to 'its removal from the criteria for classification as to' the severity of the poisoning, with the aim of administering an adequate dose of serum. On the other hand, some authors have found an association between coagulopathy and progression to necrosis, abscess and death. The present study aims to know, in poisoning by snakes of the Bothorps genus, epidemiological and clinical factors that may be associated 'with blood incoagulability and to verify if this alteration is associated' with the clinical evolution of patients. Information on epidemiological, clinical and laboratory variables related to poisonings was obtained from 2,991 medical records of patients bitten by snakes of the Bothrops genus, seen at the Vital Brazil Hospital of the Butantan Institute (HVB-IB), from 1981 to 1990. Patients were grouped between those who did not show blood incoagulability (Group 1) and those who did show such change (Group 2). The following variables were positively associated with blood incoagulability (p <0.05): occurrence of accidents in the last months of the year; stings in distal segments of the lower limbs; presence of pain, edema and ecchymosis in the pricked anatomical region; occurrence of systemic bleeding and shock; dose of polyspecific serum administered; time between accident and arrival at the HVB. Associated2 negatively 'blood incoagulability (p <0.05): size of snake B. jararaca', use of tourniquet; time between arrival at HVB and start of serotherapy. Blood incoagulability was not associated (p> 0.05): time of the accident; presence of freshly swallowed prey in the snake's digestive tract; patient's gender and age; presence of a blister, necrosis and abscess in the pricked anatomical region; occurrence of amputation, renal failure and death; making an incision in the bitten anatomical region. It could be concluded that although blood incoagulability is associated with also early manifestations of botropic poisoning such as pain, edema, ecchymosis, systemic bleeding and shock, 'clinical evolution is not associated with the occurrence of blistering, necrosis, abscess, amputation, kidney failure and death, which occur later.Dissertação (Mestrado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em Ciências da SaúdeBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDESangue - CoagulaçãoBothropsEnvenenamentoAcidentes ofídicosBothropsFatores epidemiológicos e clínicos associados a incoagulabilidade sangüínea no envenenamento por serpentes do gênero BothropsEpidemiological and clinical factors associated with blood incoagulability in poisoning by Bothrops snakesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisJorge, Miguel Tanúshttp://lattes.cnpq.br/9292777521068629xOliveira, Ricardo Borges de107cfd16302-ee2f-45f4-9ec7-dc0f71f78fb9reponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFUORIGINALFatoresEpidemiologicosClinicos.pdfFatoresEpidemiologicosClinicos.pdfDissertaçãoapplication/pdf3799544https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/30315/1/FatoresEpidemiologicosClinicos.pdf632266866577c62bf34340c1c5548f7fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/30315/2/license_rdf9868ccc48a14c8d591352b6eaf7f6239MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/30315/3/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD53TEXTFatoresEpidemiologicosClinicos.pdf.txtFatoresEpidemiologicosClinicos.pdf.txtExtracted texttext/plain112https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/30315/4/FatoresEpidemiologicosClinicos.pdf.txt0ad34e2d9205ee9104c27e051d93ade1MD54THUMBNAILFatoresEpidemiologicosClinicos.pdf.jpgFatoresEpidemiologicosClinicos.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1406https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/30315/5/FatoresEpidemiologicosClinicos.pdf.jpg74b19ed369350753304ded9b610e68c0MD55123456789/303152020-11-18 10:25:51.223oai:repositorio.ufu.br:123456789/30315w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2020-11-18T13:25:51Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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