A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFU |
Texto Completo: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29297 http://doi.org/10.14393/ufu.di.2019.2599 |
Resumo: | Neste estudo são examinados o poder estrutural dos Estados Unidos e os objetivos e percepções dos governos de Barack Obama (2009-2017) e de Donald Trump (2017 2018) em relação à China. Por meio da análise de indicadores, notou-se que os Estados Unidos são a hegemonia estrutural, mas, após a virada do século, a disparidade de poder na estrutura produtiva vis à vis a China foi sendo reduzida. Considerando essa mudança como a variável independente, foi lançada a hipótese de que os Estados Unidos teriam interesse em uma política externa revisionista, especialmente na arena comercial, para desacelerar o fortalecimento econômico chinês. Em sequência, para compreender a política dos Estados Unidos para a China e a validade da hipótese, foram analisadas as ações do Executivo e uma série de documentos: os debates presidenciais; o State of The Union Address; a National Security Strategy; a Quadrennial Defense Review; a Presidential Trade Policy Agenda; o Report to Congress on China’s WTO Compliance e o Special 301 Report. A despeito de diferenças de método e de senso de urgência, foi observada a continuidade de objetivos estratégicos para a China nas administrações de Obama e Trump. Nos dois governos a política comercial foi utilizada para combater as políticas industriais da China, bem como o Pentágono, a Casa Branca e o USTR perceberam a China como a potência que mais ameaça os interesses dos Estados Unidos. Além disso, Obama e Trump conduziram campanhas diplomáticas para bloquear ganhos relativos de Pequim, fomentaram no público doméstico a ideia da China como uma adversária econômica e aprofundaram a “estratégia de conquista de posições” na Eurásia, especificamente a “Agenda Andrew Marshall”. Ou seja, a China foi percebida e tratada como uma adversária econômica e geopolítica e ocorreu uma política revisionista visando estrangular o fortalecimento econômico chinês. Desse modo, sem ser uma exceção à regra histórica, a Casa Branca buscou proteger o braço econômico do seu poder e enfraquecer a tendência de futuro em que emerge outra superpotência. Portanto, tendo em vista a trajetória histórica, pode-se afirmar que ocorreu uma “mudança de objetivo” na política externa dos Estados Unidos, configurando um novo padrão bipartidário de política para a China. |
id |
UFU_6cd245a30e4803ce4a43c2a0f1514116 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufu.br:123456789/29297 |
network_acronym_str |
UFU |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFU |
repository_id_str |
|
spelling |
2020-05-06T18:56:31Z2020-05-06T18:56:31Z2020-03-19ROCHA, Mateus de Paula Narciso. A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018). 2020. 352f. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020. Disponível em: http://doi.org/10.14393/ufu.di.2019.2599https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29297http://doi.org/10.14393/ufu.di.2019.2599Neste estudo são examinados o poder estrutural dos Estados Unidos e os objetivos e percepções dos governos de Barack Obama (2009-2017) e de Donald Trump (2017 2018) em relação à China. Por meio da análise de indicadores, notou-se que os Estados Unidos são a hegemonia estrutural, mas, após a virada do século, a disparidade de poder na estrutura produtiva vis à vis a China foi sendo reduzida. Considerando essa mudança como a variável independente, foi lançada a hipótese de que os Estados Unidos teriam interesse em uma política externa revisionista, especialmente na arena comercial, para desacelerar o fortalecimento econômico chinês. Em sequência, para compreender a política dos Estados Unidos para a China e a validade da hipótese, foram analisadas as ações do Executivo e uma série de documentos: os debates presidenciais; o State of The Union Address; a National Security Strategy; a Quadrennial Defense Review; a Presidential Trade Policy Agenda; o Report to Congress on China’s WTO Compliance e o Special 301 Report. A despeito de diferenças de método e de senso de urgência, foi observada a continuidade de objetivos estratégicos para a China nas administrações de Obama e Trump. Nos dois governos a política comercial foi utilizada para combater as políticas industriais da China, bem como o Pentágono, a Casa Branca e o USTR perceberam a China como a potência que mais ameaça os interesses dos Estados Unidos. Além disso, Obama e Trump conduziram campanhas diplomáticas para bloquear ganhos relativos de Pequim, fomentaram no público doméstico a ideia da China como uma adversária econômica e aprofundaram a “estratégia de conquista de posições” na Eurásia, especificamente a “Agenda Andrew Marshall”. Ou seja, a China foi percebida e tratada como uma adversária econômica e geopolítica e ocorreu uma política revisionista visando estrangular o fortalecimento econômico chinês. Desse modo, sem ser uma exceção à regra histórica, a Casa Branca buscou proteger o braço econômico do seu poder e enfraquecer a tendência de futuro em que emerge outra superpotência. Portanto, tendo em vista a trajetória histórica, pode-se afirmar que ocorreu uma “mudança de objetivo” na política externa dos Estados Unidos, configurando um novo padrão bipartidário de política para a China.This study examines the structural power of the United States and the goals and perceptions of the governments of Barack Obama (2009-2017) and Donald Trump (2017 2018) in relation to China. Through the analysis of indicators, it was noted that the United States is the structural hegemony, but, after the turn of the century, the disparity of power vis-à-vis China has been reduced in the productive structure. Considering this change as the independent variable, the hypothesis is that the United States would be interested in a revisionist foreign policy, especially in the trade arena, to slow down China's economic strengthening. Next, to understand the US policy towards China and the validity of the hypothesis, we analyze the Executive’s actions and a series of documents: the presidential debates; the State of The Union Address; the National Security Strategy; the Quadrennial Defense Review; the Presidential Trade Policy Agenda; the Report to Congress on China's WTO Compliance and the Special 301 Report. Despite differences in method and sense of urgency, the continuity of strategic objectives for China was noted in the Obama and Trump governments. In both administrations, trade policy was used to counteract China’s industrial policies, as well the Pentagon, the White House, and the USTR perceived China as the great power that most threatens US interests. In addition, Obama and Trump conducted diplomatic campaigns to block Beijing’s relative gains, fostered the idea of China as an economic adversary in the domestic public, and deepened the “position-taking strategy” in Eurasia, specifically the “Andrew Marshall’s Agenda”. Thereby, China was perceived and treated as an economic and geopolitical adversary, and a revisionist policy to strangle China's economic strengthening took place. Thus, without being an exception to the historical rule, the White House sought to protect the economic arm of its power and to weaken the future trend in which another superpower emerges. Therefore, considering the historical trajectory, there was a “goal change” in the foreign policy of the United States, setting a new bipartisan pattern for China policy.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação (Mestrado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em Relações InternacionaisBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAISEstados UnidosPolítica ExternaPolítica ComercialChinaPoder estruturalUnited StatesForeign policyTrade policyStructural powerA Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018)The Cronos's doctrine: The fourth pattern of US policy towards China (2009-2018)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMendonça, Filipe Almeida do Pradohttp://lattes.cnpq.br/0079957717570152Vigevani, Tullohttp://lattes.cnpq.br/8414328955232709Lima, Thiagohttp://lattes.cnpq.br/8841169073964888http://lattes.cnpq.br/0521596139714287Rocha, Mateus de Paula Narciso352reponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFUORIGINALDoutrinaCronosQuarto.pdfDoutrinaCronosQuarto.pdfapplication/pdf6580655https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29297/4/DoutrinaCronosQuarto.pdf4ebbe6fc02d5e7066853816020d64c41MD54CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29297/5/license_rdf9868ccc48a14c8d591352b6eaf7f6239MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29297/6/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD56TEXTDoutrinaCronosQuarto.pdf.txtDoutrinaCronosQuarto.pdf.txtExtracted texttext/plain999187https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29297/7/DoutrinaCronosQuarto.pdf.txt16b058a15c34cea7da735727bf99d9a9MD57THUMBNAILDoutrinaCronosQuarto.pdf.jpgDoutrinaCronosQuarto.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1169https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29297/8/DoutrinaCronosQuarto.pdf.jpgb53fd600b46eccb590543735084f2124MD58123456789/292972020-05-07 03:17:26.436oai:repositorio.ufu.br:123456789/29297w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2020-05-07T06:17:26Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018) |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
The Cronos's doctrine: The fourth pattern of US policy towards China (2009-2018) |
title |
A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018) |
spellingShingle |
A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018) Rocha, Mateus de Paula Narciso CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAIS Estados Unidos Política Externa Política Comercial China Poder estrutural United States Foreign policy Trade policy Structural power |
title_short |
A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018) |
title_full |
A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018) |
title_fullStr |
A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018) |
title_full_unstemmed |
A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018) |
title_sort |
A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018) |
author |
Rocha, Mateus de Paula Narciso |
author_facet |
Rocha, Mateus de Paula Narciso |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Mendonça, Filipe Almeida do Prado |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0079957717570152 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Vigevani, Tullo |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8414328955232709 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Lima, Thiago |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8841169073964888 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0521596139714287 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rocha, Mateus de Paula Narciso |
contributor_str_mv |
Mendonça, Filipe Almeida do Prado Vigevani, Tullo Lima, Thiago |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAIS |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAIS Estados Unidos Política Externa Política Comercial China Poder estrutural United States Foreign policy Trade policy Structural power |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Estados Unidos Política Externa Política Comercial China Poder estrutural United States Foreign policy Trade policy Structural power |
description |
Neste estudo são examinados o poder estrutural dos Estados Unidos e os objetivos e percepções dos governos de Barack Obama (2009-2017) e de Donald Trump (2017 2018) em relação à China. Por meio da análise de indicadores, notou-se que os Estados Unidos são a hegemonia estrutural, mas, após a virada do século, a disparidade de poder na estrutura produtiva vis à vis a China foi sendo reduzida. Considerando essa mudança como a variável independente, foi lançada a hipótese de que os Estados Unidos teriam interesse em uma política externa revisionista, especialmente na arena comercial, para desacelerar o fortalecimento econômico chinês. Em sequência, para compreender a política dos Estados Unidos para a China e a validade da hipótese, foram analisadas as ações do Executivo e uma série de documentos: os debates presidenciais; o State of The Union Address; a National Security Strategy; a Quadrennial Defense Review; a Presidential Trade Policy Agenda; o Report to Congress on China’s WTO Compliance e o Special 301 Report. A despeito de diferenças de método e de senso de urgência, foi observada a continuidade de objetivos estratégicos para a China nas administrações de Obama e Trump. Nos dois governos a política comercial foi utilizada para combater as políticas industriais da China, bem como o Pentágono, a Casa Branca e o USTR perceberam a China como a potência que mais ameaça os interesses dos Estados Unidos. Além disso, Obama e Trump conduziram campanhas diplomáticas para bloquear ganhos relativos de Pequim, fomentaram no público doméstico a ideia da China como uma adversária econômica e aprofundaram a “estratégia de conquista de posições” na Eurásia, especificamente a “Agenda Andrew Marshall”. Ou seja, a China foi percebida e tratada como uma adversária econômica e geopolítica e ocorreu uma política revisionista visando estrangular o fortalecimento econômico chinês. Desse modo, sem ser uma exceção à regra histórica, a Casa Branca buscou proteger o braço econômico do seu poder e enfraquecer a tendência de futuro em que emerge outra superpotência. Portanto, tendo em vista a trajetória histórica, pode-se afirmar que ocorreu uma “mudança de objetivo” na política externa dos Estados Unidos, configurando um novo padrão bipartidário de política para a China. |
publishDate |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-05-06T18:56:31Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-05-06T18:56:31Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-03-19 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
ROCHA, Mateus de Paula Narciso. A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018). 2020. 352f. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020. Disponível em: http://doi.org/10.14393/ufu.di.2019.2599 |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29297 |
dc.identifier.doi.pt_BR.fl_str_mv |
http://doi.org/10.14393/ufu.di.2019.2599 |
identifier_str_mv |
ROCHA, Mateus de Paula Narciso. A Doutrina Cronos: O quarto padrão da política dos Estados Unidos para a China (2009-2018). 2020. 352f. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020. Disponível em: http://doi.org/10.14393/ufu.di.2019.2599 |
url |
https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29297 http://doi.org/10.14393/ufu.di.2019.2599 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Uberlândia |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Uberlândia |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFU instname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU) instacron:UFU |
instname_str |
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) |
instacron_str |
UFU |
institution |
UFU |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFU |
collection |
Repositório Institucional da UFU |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29297/4/DoutrinaCronosQuarto.pdf https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29297/5/license_rdf https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29297/6/license.txt https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29297/7/DoutrinaCronosQuarto.pdf.txt https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29297/8/DoutrinaCronosQuarto.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
4ebbe6fc02d5e7066853816020d64c41 9868ccc48a14c8d591352b6eaf7f6239 48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3 16b058a15c34cea7da735727bf99d9a9 b53fd600b46eccb590543735084f2124 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU) |
repository.mail.fl_str_mv |
diinf@dirbi.ufu.br |
_version_ |
1802110487223074816 |