Biodiesel production from oleic acid and ethanol using niobia based catalysts

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rade, Letícia Leandro
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/21323
http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2018.763
Resumo: No presente trabalho de doutorado, materiais a base de nióbio foram avaliados como catalisadores ácidos sólidos na reação de esterificação contínua. O ácido oleico foi utilizado como componente modelo para representar os ácidos graxos livres (AGL) e o etanol foi selecionado como agente esterificante, uma vez que não é tóxico, renovável, obtido a partir de produtos agrícolas e muito disponível no Brasil. Amostras de ácido nióbico e fosfato de nióbio foram calcinadas a diferentes temperaturas (de 300 a 600 °C), caracterizadas pelas técnicas de adsorção de nitrogênio, análise termogravimétrica (ATG), difração de raios X (DRX) e dessorção de amônia a temperatura programada (DTP-NH3) e, então, submetidas a testes catalíticos. Para as amostras que apresentaram melhores atividades catalíticas, as condições experimentais de temperatura, massa de catalisador e razão molar etanol:ácido oleico foram otimizadas, utilizando a técnica de planejamento de experimentos e análise canônica. Os resultados mostraram que a temperatura de calcinação afetou as propriedades texturais, a estrutura e a acidez dos materiais. O aumento na temperatura de calcinação provocou decréscimos na área superficial, na acidez total e, consequentemente, no desempenho catalítico para a reação de esterificação, em ambos os catalisadores. No entanto, se comparado ao ácido nióbico, o fosfato de nióbio apresentou maior estabilidade térmica, com diminuições não tão significativas nas conversões obtidas. Esse fato ocorreu, pois o ácido nióbico muda sua estrutura de amorfa para cristalina quando calcinado a 500 °C e o fosfato de nióbio somente sofre alterações em sua estrutura quando submetido a temperaturas de calcinação maiores que 700 °C. Todos os parâmetros afetaram significativamente o rendimento em ésteres. Rendimentos em ésteres de até 70% foram obtidos em condições operacionais otimizadas, para ácido nióbico e fosfato de nióbio. Em outra etapa deste projeto, o processo de hidroesterificação para a produção de biodiesel foi simulada, utilizando o software UniSim, e uma análise econômica preliminar foi realizada. Os dados de conversão obtidos em laboratório para as reações de hidrólise e esterificação foram utilizados como dados de entrada para os reatores simulados. O processo de hidroesterificação mostrou-se tecnicamente viável, produzindo biodiesel em uma vazão mássica de 770 kg/h (6736 toneladas/ano) com alta pureza (97%), no entanto, baseado no diagrama de fluxo de caixa obtido, o processo não se mostrou economicamente viável.
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Amostras de ácido nióbico e fosfato de nióbio foram calcinadas a diferentes temperaturas (de 300 a 600 °C), caracterizadas pelas técnicas de adsorção de nitrogênio, análise termogravimétrica (ATG), difração de raios X (DRX) e dessorção de amônia a temperatura programada (DTP-NH3) e, então, submetidas a testes catalíticos. Para as amostras que apresentaram melhores atividades catalíticas, as condições experimentais de temperatura, massa de catalisador e razão molar etanol:ácido oleico foram otimizadas, utilizando a técnica de planejamento de experimentos e análise canônica. Os resultados mostraram que a temperatura de calcinação afetou as propriedades texturais, a estrutura e a acidez dos materiais. O aumento na temperatura de calcinação provocou decréscimos na área superficial, na acidez total e, consequentemente, no desempenho catalítico para a reação de esterificação, em ambos os catalisadores. No entanto, se comparado ao ácido nióbico, o fosfato de nióbio apresentou maior estabilidade térmica, com diminuições não tão significativas nas conversões obtidas. Esse fato ocorreu, pois o ácido nióbico muda sua estrutura de amorfa para cristalina quando calcinado a 500 °C e o fosfato de nióbio somente sofre alterações em sua estrutura quando submetido a temperaturas de calcinação maiores que 700 °C. Todos os parâmetros afetaram significativamente o rendimento em ésteres. Rendimentos em ésteres de até 70% foram obtidos em condições operacionais otimizadas, para ácido nióbico e fosfato de nióbio. Em outra etapa deste projeto, o processo de hidroesterificação para a produção de biodiesel foi simulada, utilizando o software UniSim, e uma análise econômica preliminar foi realizada. Os dados de conversão obtidos em laboratório para as reações de hidrólise e esterificação foram utilizados como dados de entrada para os reatores simulados. O processo de hidroesterificação mostrou-se tecnicamente viável, produzindo biodiesel em uma vazão mássica de 770 kg/h (6736 toneladas/ano) com alta pureza (97%), no entanto, baseado no diagrama de fluxo de caixa obtido, o processo não se mostrou economicamente viável.Tese (Doutorado)In this Doctorate research, niobia compounds were evaluated as solid acid catalysts in the continuous esterification reaction. Oleic acid was assumed as model component to represent the free fatty acids (FFA) and ethanol was selected as esterifying agent because is less toxic for humans, renewable, derived from agricultural products and widely available in Brazil. Samples of niobic acid and niobium phosphate were calcined at different temperatures (from 300 to 600 °C), characterized by nitrogen adsorption, thermogravimetric analysis (TGA-DSC), X-ray diffraction (XRD) and temperature-programmed desorption of ammonia (NH3-TPD) and, then, submitted to catalytic tests. For the samples which showed the highest catalytic activity, the experimental conditions of temperature, mass of catalyst and ethanol:oleic acid molar ratio were optimized using design of experiments (DOE) and canonical analysis. Results showed that calcination temperature affected the textural properties, structure and acidity of the materials. An increase on the calcination temperature promoted a decrease on the BET surface area, total acidity and, consequently, on the catalytic performance for the esterification reaction, for both catalysts. However, compared to niobic acid, niobium phosphate showed higher thermal stability, avoiding a more significant decline in the conversions obtained. This fact occurs because niobic acid changes from amorphous to crystalline when calcined at 500 °C and niobium phosphate changed its structure only at calcination temperatures up to 700°C. Besides that, all the parameters significantly affected the yield of esters. Yield of esters up to 70% could be obtained at optimized conditions, for niobic acid and niobium phosphate. In other step of this project, a plant of biodiesel production through hydroesterification process was simulated, using UniSim software and a preliminary economic analysis was performed. Conversions data obtained in laboratory for hydrolysis and esterification reactions were used as input data of the simulated reactors. The hydroesterification process simulated showed to be technologically feasible, producing biodiesel in a flowrate of 770 kg/h (6736 ton/year) with high purity (97%), however, based on the cash flow rate obtained, it was not economically reasonable.Universidade Federal de UberlândiaBrasilPrograma de Pós-graduação em Engenharia QuímicaHori, Carla EponinaCardozo Filho, LúcioMonteiro, RobsonDuarte, Cláudio RobertoMurata, Valéria VianaRade, Letícia Leandro2018-05-12T00:01:39Z2018-05-12T00:01:39Z2018-02-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfRADE, Letícia Leandro. Biodiesel production from oleic acid and ethanol using niobia based catalysts- Uberlândia. 2108. 120 f. Tese (Doutorado em Engenharia Química) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018.https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/21323http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2018.763enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFU2018-05-12T00:01:40Zoai:repositorio.ufu.br:123456789/21323Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2018-05-12T00:01:40Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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description No presente trabalho de doutorado, materiais a base de nióbio foram avaliados como catalisadores ácidos sólidos na reação de esterificação contínua. O ácido oleico foi utilizado como componente modelo para representar os ácidos graxos livres (AGL) e o etanol foi selecionado como agente esterificante, uma vez que não é tóxico, renovável, obtido a partir de produtos agrícolas e muito disponível no Brasil. Amostras de ácido nióbico e fosfato de nióbio foram calcinadas a diferentes temperaturas (de 300 a 600 °C), caracterizadas pelas técnicas de adsorção de nitrogênio, análise termogravimétrica (ATG), difração de raios X (DRX) e dessorção de amônia a temperatura programada (DTP-NH3) e, então, submetidas a testes catalíticos. Para as amostras que apresentaram melhores atividades catalíticas, as condições experimentais de temperatura, massa de catalisador e razão molar etanol:ácido oleico foram otimizadas, utilizando a técnica de planejamento de experimentos e análise canônica. Os resultados mostraram que a temperatura de calcinação afetou as propriedades texturais, a estrutura e a acidez dos materiais. O aumento na temperatura de calcinação provocou decréscimos na área superficial, na acidez total e, consequentemente, no desempenho catalítico para a reação de esterificação, em ambos os catalisadores. No entanto, se comparado ao ácido nióbico, o fosfato de nióbio apresentou maior estabilidade térmica, com diminuições não tão significativas nas conversões obtidas. Esse fato ocorreu, pois o ácido nióbico muda sua estrutura de amorfa para cristalina quando calcinado a 500 °C e o fosfato de nióbio somente sofre alterações em sua estrutura quando submetido a temperaturas de calcinação maiores que 700 °C. Todos os parâmetros afetaram significativamente o rendimento em ésteres. Rendimentos em ésteres de até 70% foram obtidos em condições operacionais otimizadas, para ácido nióbico e fosfato de nióbio. Em outra etapa deste projeto, o processo de hidroesterificação para a produção de biodiesel foi simulada, utilizando o software UniSim, e uma análise econômica preliminar foi realizada. Os dados de conversão obtidos em laboratório para as reações de hidrólise e esterificação foram utilizados como dados de entrada para os reatores simulados. O processo de hidroesterificação mostrou-se tecnicamente viável, produzindo biodiesel em uma vazão mássica de 770 kg/h (6736 toneladas/ano) com alta pureza (97%), no entanto, baseado no diagrama de fluxo de caixa obtido, o processo não se mostrou economicamente viável.
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