Petróleo e hegemonia: a política externa estadunidense para o Oriente Médio nos governos George W. Bush (2001-2008) e Barack Obama (2009-2016)

• Autor(a) principal: Gastaldi, Fernanda Castro
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/20386
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAIS; Oriente Médio; Middle East; Política externa estadunidense; American foreign policy; Estados Unidos; The United States; Arábia Saudita; Saudi Arabia; Petróleo; Petroleum; Divide et impera; Divide et impera; Maldição do petróleo; Oil curse

Este trabalho objetiva analisar a política externa estadunidense para o Oriente Médio nos governos George W. Bush (2001-2008) e Barack Obama (2009-2016). Pretende-se examinar o petróleo como instrumento fundamental ao exercício e à conquista da hegemonia norte-americana e, portanto, alvo principal das políticas executadas pelos Estados Unidos no Oriente Médio - sendo esta a região que detém a maior parcela das reservas petrolíferas conhecidas no mundo. Os grandes produtores de petróleo possuem o recurso-chave do desenvolvimento das economias contemporâneas e, no entanto, são submetidos à hegemonia de uma potência comparativamente carente de tal recurso. Questiona-se, então, a estratégia adotada pelos Estados Unidos na região, bem como o relativo baixo desenvolvimento dos países produtores de petróleo na dinâmica econômica global. Conclui-se que divide et impera (dividir para dominar) é a estratégia de longa data executada pelos Estados Unidos no Oriente Médio. Segundo esta estratégia, o conflito desempenha papel central num projeto de domínio amplo. Portanto, os produtores de petróleo do Oriente Médio são, de maneira geral, submetidos à instabilidade resultante da estratégia implementada por Washington. Ademais, esses produtores são limitados pela chamada "maldição do petróleo". Por fim, ressalta-se que o alinhamento dos Estados Unidos com a Arábia Saudita (país detentor do maior poder de mercado no que se refere ao comércio internacional de petróleo) contribui à eficácia da estratégia norte-americana.