Trabalho, adoecimento, volta e readaptação dos trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário.

• Autor(a) principal: Lima, Moara Ludmila Rosa
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/24487; http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2019.613
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; Geografia médica; Saúde e trabalho; Reabilitação profissional; Enfermeiros - Licenças; Saúde do trabalhador; Adoecimento; Readaptação; Professional rehabilitation; Adoecimento; Worker's health; Readaptation

O presente estudo tem como finalidade compreender o processo de retorno ao trabalho do trabalhador de enfermagem pós licença saúde. Para isso foi realizado levantamento bibliográfico a respeito do processo de reabilitação no Brasil, a fim de entender como os programas foram construídos e são aplicados aos trabalhadores. Também foi realizada aplicação de questionários semiestruturados a 20 trabalhadores de enfermagem do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia que ficaram afastados entre os anos de 2010 e 2015 e que foram readaptados. Buscamos compreender os motivos de afastamento e descrever a estrutura do programa de readaptação presente no Hospital, avaliando a importância e impacto do processo nos trabalhadores de enfermagem, além dos seus aspectos positivos e negativos. Na análise emergiram 4 temas: aspectos positivos do retorno, aspectos negativos do retorno, perda de vínculo e condições de trabalho. Foram eleitos 6 setores principais para aplicação do questionário, devido ao número progressivo de afastamentos durante o período estudado. São eles: Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI-Adulto); Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI-Pediátrica); Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeonatal); Enfermaria de Ginecologia e Obstetrícia; Central de Materiais de Esterilização (CME) e Pronto Socorro (PS). Os resultados evidenciaram o número alarmante do aumento de afastamentos nos anos estudados assim como a fragilidade do processo de readaptação existente. Observa-se uma disparidade do que é proposto em lei do que é realmente vivenciado e executado. Os manuais do INSS e as normas buscam a inserção do trabalhador readaptado, porém observamos uma carência de programas efetivos de readaptação nos locais de estudo analisados. O preparo de gestores deve ser priorizado, com o objetivo de superar uma perspectiva de isolamento e fragmentação para a construção de um serviço calcado na integração de todas as etapas do processo de readaptação. Consideramos que o processo de retorno deve envolver o trabalhador como parte ativa do planejamento da sua volta. É urgente e necessário o desenvolvimento de programas preventivos e vigilância em saúde do trabalhador para a mitigação dos riscos e adoecimento dos trabalhadores.