Efeito do parasitismo de diaeretiella rapae (m'intosh (hymenoptera: braconidae, aphidiinae) no desenvolvimento e reprodução de lipaphis pseudobrassicae (davis)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFU |
Texto Completo: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/42859 |
Resumo: | Entre os diversos fatores que contribuem para a redução do sucesso do controle biológico realizado pelos parasitóides podemos citar a capacidade de alguns hospedeiros adotarem mecanismos diferenciados de proteção contra o desenvolvimento da forma imatura do parasitóide, conduzindo, assim, à redução significativa das taxas de parasitismo. A espécie de pulgão Lipaphis pseudobrassicae (Davis) apresenta altos níveis de parasitismo por Diaeretiella rapae (M'Intosh) em países europeus e em algumas regiões do Brasil, porém as taxas de parasitismo observadas em Uberlândia no estado de Minas Gerais têm sido inferiores a 10%. Antes de investigar o possível mecanismo de resistência desta espécie de pulgão ao parasitóide, é necessário entender o que ocorre com a biologia e a dinâmica populacional deste pulgão sob o efeito do parasitismo de D. rapae, sendo estes os principais objetivos do presente trabalho. Os experimentos foram conduzidos em sala climatizada a 23±1°C, Umidade Relativa de 42,3±10% e fotofase de 12h. Uma fêmea do parasitóide, acasalada e com 24-48h de vida, foi liberada em uma placa de Petri contendo ninfas de 2° ínstar de L. pseudobrassicae em um disco foliar de couve, sobre uma solução de ágar/água. Cada pulgão parasitado foi isolado em uma nova placa de Petri e mantido em câmara climatizada até completar o seu ciclo de vida. Um tratamento controle, sem parasitismo, foi preparado com os mesmos procedimentos. O acompanhamento da biologia dos pulgões, parasitados e não parasitados, ocorreu diariamente até todos os pulgões completarem o seu ciclo de vida. Foram avaliados os períodos de desenvolvimento, pré-reprodutivo, reprodutivo, pós-reprodutivo, longevidade e os dados obtidos foram utilizados para a composição da Tabela de Vida de Fertilidade de L. pseudobrassicae. Os pulgões parasitados apresentaram redução do período reprodutivo e longevidade. Os parâmetros da tabela de Vida de Fertilidade mostraram que os pulgões apresentaram redução no ritmo de crescimento, porém este foi mantido em taxas positivas. Os pulgões foram parasitados em segundo ínstar, porém conseguiram reproduzir e ainda completar o seu ciclo de vida. Normalmente, o parasitóide mata o hospedeiro quando este é parasitado em instares inferiores e devido ao efeito de castração dos pulgões pelo veneno do parasitóide, estes pulgões não reproduzem. No entanto, estas observações não foram encontradas em L. pseudobrassicae indicando que esta espécie é capaz de sobreviver ao ataque do parasitóide manifestando, assim, seu caráter de resistência hospedeira. |
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Efeito do parasitismo de diaeretiella rapae (m'intosh (hymenoptera: braconidae, aphidiinae) no desenvolvimento e reprodução de lipaphis pseudobrassicae (davis)Controle biológicoresistência hospedeiraTabela de Vida de Fertilidade.CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIAEntre os diversos fatores que contribuem para a redução do sucesso do controle biológico realizado pelos parasitóides podemos citar a capacidade de alguns hospedeiros adotarem mecanismos diferenciados de proteção contra o desenvolvimento da forma imatura do parasitóide, conduzindo, assim, à redução significativa das taxas de parasitismo. A espécie de pulgão Lipaphis pseudobrassicae (Davis) apresenta altos níveis de parasitismo por Diaeretiella rapae (M'Intosh) em países europeus e em algumas regiões do Brasil, porém as taxas de parasitismo observadas em Uberlândia no estado de Minas Gerais têm sido inferiores a 10%. Antes de investigar o possível mecanismo de resistência desta espécie de pulgão ao parasitóide, é necessário entender o que ocorre com a biologia e a dinâmica populacional deste pulgão sob o efeito do parasitismo de D. rapae, sendo estes os principais objetivos do presente trabalho. Os experimentos foram conduzidos em sala climatizada a 23±1°C, Umidade Relativa de 42,3±10% e fotofase de 12h. Uma fêmea do parasitóide, acasalada e com 24-48h de vida, foi liberada em uma placa de Petri contendo ninfas de 2° ínstar de L. pseudobrassicae em um disco foliar de couve, sobre uma solução de ágar/água. Cada pulgão parasitado foi isolado em uma nova placa de Petri e mantido em câmara climatizada até completar o seu ciclo de vida. Um tratamento controle, sem parasitismo, foi preparado com os mesmos procedimentos. O acompanhamento da biologia dos pulgões, parasitados e não parasitados, ocorreu diariamente até todos os pulgões completarem o seu ciclo de vida. Foram avaliados os períodos de desenvolvimento, pré-reprodutivo, reprodutivo, pós-reprodutivo, longevidade e os dados obtidos foram utilizados para a composição da Tabela de Vida de Fertilidade de L. pseudobrassicae. Os pulgões parasitados apresentaram redução do período reprodutivo e longevidade. Os parâmetros da tabela de Vida de Fertilidade mostraram que os pulgões apresentaram redução no ritmo de crescimento, porém este foi mantido em taxas positivas. Os pulgões foram parasitados em segundo ínstar, porém conseguiram reproduzir e ainda completar o seu ciclo de vida. Normalmente, o parasitóide mata o hospedeiro quando este é parasitado em instares inferiores e devido ao efeito de castração dos pulgões pelo veneno do parasitóide, estes pulgões não reproduzem. No entanto, estas observações não foram encontradas em L. pseudobrassicae indicando que esta espécie é capaz de sobreviver ao ataque do parasitóide manifestando, assim, seu caráter de resistência hospedeira.Universidade Federal de UberlândiaAgronomiaMarcus Vinicius SampaioLeonardo Cardoso Maia Ribeiro2024-08-20T17:46:44Z2024-08-20T17:46:44Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://repositorio.ufu.br/handle/123456789/42859porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFU2024-09-19T22:13:46Zoai:repositorio.ufu.br:123456789/42859Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2024-09-19T22:13:46Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false |
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