Impactos da estrutura ocupacional na distribuição dos rendimentos de 2002 a 2014: um comparativo entre o Brasil e o nordeste

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Patrick Leite
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/18663
http://doi.org/10.14393/ufu.di.2017.210
Resumo: The unequal distribution of income from production is one of the chronic problems of modern society and one of the hindrances to the development and social and economic growth, especially of underdeveloped countries at the potential level. Brazil has a high level of inequality, with a more acute incidence in the Northeast region. Given this, the objective of this dissertation is to analyze the impacts of the occupational structure on income distribution from 2002 to 2014, comparing Brazil and the Northeast macro-region. For that, the Gini income distribution, Theil's T and concentration ratio, and ordinary least squares (OLS), quantile regression (RQ) and interquartile regression (IR) are used as the methodology. The microdata used were extracted from the Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) database, made available by the Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). The results obtained, interpreted in the light of the theory of personal income distribution, show evidence that the income distribution within the occupational structure improved from 2002 to 2014 in a generalized way in the three dimensions of the occupational structure (branches of activity, position in occupation and occupation) in the two geographical cuts. It has been found that the improvement of distribution has occurred in parallel with the improvement of levels of education and income and the increase in the participation of women and non-whites. The MQO and RQ results show that some of the traditional sectors, such as agriculture and livestock, which have a large relative participation, have a lower monetary return than other sectors, even with a reduction in the difference between 2002 and 2014, which negatively impacts income distribution. As confirmed by RI, which points to this sector as the most unequal. It is also revealed that the increase in the formalization of the labor force has a greater impact in the Northeast, where the difference in the monetary return in relation to the employee without a formal contract, measured by the MQO and RQ, is greater. In addition, IR shows that the inequality of remuneration among employees with a portfolio is lower in the Northeast. Finally, it is observed that the occupations of agricultural workers and workers in services and commerce, have the lowest monetary returns, for the average and all quantiles, besides a high level of concentration, behind only occupations of manager, professionals science and arts, and middle-level technicians, respectively, which negatively impacts the distribution of income, especially in the Northeast, where these occupations have a high participation.
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For that, the Gini income distribution, Theil's T and concentration ratio, and ordinary least squares (OLS), quantile regression (RQ) and interquartile regression (IR) are used as the methodology. The microdata used were extracted from the Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) database, made available by the Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). The results obtained, interpreted in the light of the theory of personal income distribution, show evidence that the income distribution within the occupational structure improved from 2002 to 2014 in a generalized way in the three dimensions of the occupational structure (branches of activity, position in occupation and occupation) in the two geographical cuts. It has been found that the improvement of distribution has occurred in parallel with the improvement of levels of education and income and the increase in the participation of women and non-whites. The MQO and RQ results show that some of the traditional sectors, such as agriculture and livestock, which have a large relative participation, have a lower monetary return than other sectors, even with a reduction in the difference between 2002 and 2014, which negatively impacts income distribution. As confirmed by RI, which points to this sector as the most unequal. It is also revealed that the increase in the formalization of the labor force has a greater impact in the Northeast, where the difference in the monetary return in relation to the employee without a formal contract, measured by the MQO and RQ, is greater. In addition, IR shows that the inequality of remuneration among employees with a portfolio is lower in the Northeast. Finally, it is observed that the occupations of agricultural workers and workers in services and commerce, have the lowest monetary returns, for the average and all quantiles, besides a high level of concentration, behind only occupations of manager, professionals science and arts, and middle-level technicians, respectively, which negatively impacts the distribution of income, especially in the Northeast, where these occupations have a high participation.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação (Mestrado)A distribuição desigual dos rendimentos da produção é um dos problemas crônicos da sociedade moderna e um dos empecilhos ao desenvolvimento e crescimento social e econômico, principalmente dos países subdesenvolvidos, em nível potencial. O Brasil registra elevado nível de desigualdade, com incidência de forma mais aguda na região Nordeste. Dado isto, o objetivo desta dissertação é analisar os impactos da estrutura ocupacional na distribuição dos rendimentos de 2002 a 2014, comparando-se o Brasil e a macrorregião Nordeste. Para tanto, são utilizados como metodologia os indicadores de distribuição de renda de Gini, T de Theil e razão de concentração e os métodos econométricos de mínimos quadrados ordinários (MQO), regressão quantílica (RQ) e regressão interquantílica (RI). Os microdados utilizados foram extraídos da base de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados encontrados, interpretados a luz da teoria da distribuição pessoal da renda, sinalizam evidências de que a distribuição dos rendimentos no âmbito da estrutura ocupacional melhorou, de 2002 a 2014, de forma generalizada nas três dimensões da estrutura ocupacional (ramos de atividade, posição na ocupação e ocupação) nos dois recortes geográficos. Tem-se que a melhoria da distribuição se deu em paralelo com a melhoria dos níveis de educação e renda e do aumento da participação das mulheres e dos não-brancos. Os resultados do MQO e da RQ revelam que alguns dos setores tradicionais, como a agropecuária, que possuem grande participação relativa, têm retorno monetário inferior aos demais setores, mesmo com redução da diferença de 2002 para 2014, o que impacta negativamente a distribuição de renda, como é confirmado pela RI, que aponta tal setor como o mais desigual. Revela-se também que o aumento da formalização da mão-de-obra tem impacto maior no Nordeste, onde a diferença no retorno monetário em relação ao empregado sem carteira assinada, medido pelo MQO e RQ, é maior. Além disso, a RI mostra que a desigualdade de remuneração entre os empregados com carteira é menor no Nordeste. Por fim, tem-se que as ocupações de trabalhador da agropecuária e trabalhador dos serviços e do comércio, possuem os menores retornos monetários, para a média e todos os quantis, além de alto nível de concentração, atrás apenas das ocupações de dirigente, profissionais das ciências e das artes, e técnicos de nível médio, respectivamente, o que impacta negativamente a distribuição de renda, principalmente do Nordeste, onde essas ocupações apresentam elevada participação.Universidade Federal de UberlândiaBrasilPrograma de Pós-graduação em EconomiaSaiani, Carlos Cesar Santejohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770036J0Franco, Ana Maria de Paivahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761233E6Kuwahara, Mônica Yukiehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792072D3Santos, Patrick Leite2017-05-17T16:35:52Z2017-05-17T16:35:52Z2017-02-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSANTOS, Patrick Leite. Impactos da estrutura ocupacional na distribuição dos rendimentos de 2002 a 2014: um comparativo entre o Brasil e o nordeste. 2017. 125 f. Dissertação (Mestrado em Economia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2017. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2017.210https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/18663http://doi.org/10.14393/ufu.di.2017.210porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFU2021-10-13T17:52:06Zoai:repositorio.ufu.br:123456789/18663Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2021-10-13T17:52:06Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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description The unequal distribution of income from production is one of the chronic problems of modern society and one of the hindrances to the development and social and economic growth, especially of underdeveloped countries at the potential level. Brazil has a high level of inequality, with a more acute incidence in the Northeast region. Given this, the objective of this dissertation is to analyze the impacts of the occupational structure on income distribution from 2002 to 2014, comparing Brazil and the Northeast macro-region. For that, the Gini income distribution, Theil's T and concentration ratio, and ordinary least squares (OLS), quantile regression (RQ) and interquartile regression (IR) are used as the methodology. The microdata used were extracted from the Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) database, made available by the Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). The results obtained, interpreted in the light of the theory of personal income distribution, show evidence that the income distribution within the occupational structure improved from 2002 to 2014 in a generalized way in the three dimensions of the occupational structure (branches of activity, position in occupation and occupation) in the two geographical cuts. It has been found that the improvement of distribution has occurred in parallel with the improvement of levels of education and income and the increase in the participation of women and non-whites. The MQO and RQ results show that some of the traditional sectors, such as agriculture and livestock, which have a large relative participation, have a lower monetary return than other sectors, even with a reduction in the difference between 2002 and 2014, which negatively impacts income distribution. As confirmed by RI, which points to this sector as the most unequal. It is also revealed that the increase in the formalization of the labor force has a greater impact in the Northeast, where the difference in the monetary return in relation to the employee without a formal contract, measured by the MQO and RQ, is greater. In addition, IR shows that the inequality of remuneration among employees with a portfolio is lower in the Northeast. Finally, it is observed that the occupations of agricultural workers and workers in services and commerce, have the lowest monetary returns, for the average and all quantiles, besides a high level of concentration, behind only occupations of manager, professionals science and arts, and middle-level technicians, respectively, which negatively impacts the distribution of income, especially in the Northeast, where these occupations have a high participation.
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