Ecologia e conservação da raposa-do-campo (Lycalopex vetulus) e interações com canídeos simpátricos em áreas antropizadas do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lemos, Frederico Gemesio
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/24303
http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2019.1207
Resumo: Canídeos selvagens apresentam maior distribuição que qualquer outro grupo de carnívoros no planeta. Tal característica faz deles parte importante na dinâmica de uma variedade de ecossistemas. Para melhor compreensão da história evolutiva dos canídeos sul americanos e como estes compartilham recursos em áreas antropizadas, este estudo teve como objetivos descrever a organização espacial de raposas-do-campo Lycalopex vetulus e examinar parte das suas interações com canídeos sintópicos, além de identificar ameaças à sua sobrevivência. A fim de contribuir para a padronização de estratégias de amostragem para monitorar a vida selvagem, foi avaliada a técnica de captura, potencial de armadilhamento e o sucesso no monitoramento de canídeos através de coleiras de alta frequência (VHF). Obtivemos 470 eventos de captura usando armadilhas do tipo caixa iscadas com sardinha. Destes, 347 (74%) corresponderam a capturas de canídeos selvagens (média de sucesso de 10,7 capturas por 100 armadilha*noite). Raposas-do-campo mostraram taxas de captura mais elevadas que as outras espécies, mas foram capturadas quase exclusivamente por armadilhas de porte médio, enquanto cachorros-do-mato tiveram altas taxas de captura por armadilha médias e grandes. O lobo-guará teve altas taxas de captura em armadilhas de grande porte. Para possibilitar o acompanhamento adicional de raposas-do-campo por armadilhas fotográficas e registrar novos indivíduos, desenvolvemos uma técnica para identificar raposas através das marcas no rabo destes animais. Durante este estudo foram monitorados por coleiras rádio-transmissoras 73 canídeos silvestres, sendo possível estimar que o tamanho médio de área de vida da raposa-do-campo é 2,68 km2, do cachorro-do-mato 8,23 km2, e de lobos-guará 66,54 km2. Sabe-se que há uma grande variação no sistema social entre canídeos e isso está diretamente ligado à forma como espécies se organizam no espaço. Os resultados apresentados reforçam que canídeos Lupinae de pequeno porte sul americanos organizam-se em sistemas sociais monogâmicos e territoriais. As três espécies mostraram-se ativas principalmente durante a noite e utilizaram até 11 tipos diferentes de abrigos (n = 417 registros). Tocas de tatu peba (Euphractus sexcinctus) foram o abrigo mais usado pela raposa-do-campo, enquanto cachorros-do-mato e lobos-guará utilizaram com maior frequência moitas de capim alto. As principais causas de morte de canídeos na região de estudo são decorrentes de ações humanas (41,3%) como atropelamentos, ataques de cães domésticos, envenenamento e tiro. Predação intraguilda de onças-pardas sobre os canídeos menores é a segunda causa de morte mais frequente. O terceiro capítulo traz ainda uma avaliação do risco de extinção da raposa-do-campo, onde após uma ampla revisão, a espécie foi classificada vulnerável à extinção. No Cerrado, ecossistema prioritário para a conservação da biodiversidade, paisagens alteradas pela ação humana representam o cenário atual. Para melhor compreender como espécies vem lidando com tais mudanças é urgente o aumento de estudos neste sentido.
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spelling 2019-02-13T15:06:37Z2019-02-13T15:06:37Z2016-09-02LEMOS, Frederico Gemesio. Ecologia e conservação da raposa-do-campo (Lycalopex vetulus) e interações com canídeos simpátricos em áreas antropizadas do Brasil Central. 2016. 168 f. Tese (Doutorado em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/1014393/ufu.te.2019.1207https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/24303http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2019.1207Canídeos selvagens apresentam maior distribuição que qualquer outro grupo de carnívoros no planeta. Tal característica faz deles parte importante na dinâmica de uma variedade de ecossistemas. Para melhor compreensão da história evolutiva dos canídeos sul americanos e como estes compartilham recursos em áreas antropizadas, este estudo teve como objetivos descrever a organização espacial de raposas-do-campo Lycalopex vetulus e examinar parte das suas interações com canídeos sintópicos, além de identificar ameaças à sua sobrevivência. A fim de contribuir para a padronização de estratégias de amostragem para monitorar a vida selvagem, foi avaliada a técnica de captura, potencial de armadilhamento e o sucesso no monitoramento de canídeos através de coleiras de alta frequência (VHF). Obtivemos 470 eventos de captura usando armadilhas do tipo caixa iscadas com sardinha. Destes, 347 (74%) corresponderam a capturas de canídeos selvagens (média de sucesso de 10,7 capturas por 100 armadilha*noite). Raposas-do-campo mostraram taxas de captura mais elevadas que as outras espécies, mas foram capturadas quase exclusivamente por armadilhas de porte médio, enquanto cachorros-do-mato tiveram altas taxas de captura por armadilha médias e grandes. O lobo-guará teve altas taxas de captura em armadilhas de grande porte. Para possibilitar o acompanhamento adicional de raposas-do-campo por armadilhas fotográficas e registrar novos indivíduos, desenvolvemos uma técnica para identificar raposas através das marcas no rabo destes animais. Durante este estudo foram monitorados por coleiras rádio-transmissoras 73 canídeos silvestres, sendo possível estimar que o tamanho médio de área de vida da raposa-do-campo é 2,68 km2, do cachorro-do-mato 8,23 km2, e de lobos-guará 66,54 km2. Sabe-se que há uma grande variação no sistema social entre canídeos e isso está diretamente ligado à forma como espécies se organizam no espaço. Os resultados apresentados reforçam que canídeos Lupinae de pequeno porte sul americanos organizam-se em sistemas sociais monogâmicos e territoriais. As três espécies mostraram-se ativas principalmente durante a noite e utilizaram até 11 tipos diferentes de abrigos (n = 417 registros). Tocas de tatu peba (Euphractus sexcinctus) foram o abrigo mais usado pela raposa-do-campo, enquanto cachorros-do-mato e lobos-guará utilizaram com maior frequência moitas de capim alto. As principais causas de morte de canídeos na região de estudo são decorrentes de ações humanas (41,3%) como atropelamentos, ataques de cães domésticos, envenenamento e tiro. Predação intraguilda de onças-pardas sobre os canídeos menores é a segunda causa de morte mais frequente. O terceiro capítulo traz ainda uma avaliação do risco de extinção da raposa-do-campo, onde após uma ampla revisão, a espécie foi classificada vulnerável à extinção. No Cerrado, ecossistema prioritário para a conservação da biodiversidade, paisagens alteradas pela ação humana representam o cenário atual. Para melhor compreender como espécies vem lidando com tais mudanças é urgente o aumento de estudos neste sentido.Wild canids have the widest distribution than any other group of carnivores on the planet. Such characteristic makes them an important part in the dynamics of a variety of ecosystems. To better understand the evolutionary history of South American canids and how they share resources along disturbed areas, this study aimed to describe the spatial organization of hoary foxes Lycalopex vetulus, and examine part of their interactions with sintopic canids, besides identifying threats to its survival. To contribute to the standardization of sampling strategies to monitor wildlife, capture technique was evaluated, and also trapping potential and success in monitoring canids through high frequency collars (VHF). We obtained 470 capture events using box traps baited with sardines. Of these, 347 (74%) corresponded to wild canids captures (mean success of 10.7 captures per 100 trap* night). Hoary foxes showed higher capture rates than other species, but were captured almost exclusively by medium-sized traps, while crab-eating foxes had high capture rates on medium- and large-sized traps. The maned wolf had high capture rates in large-sized traps. To allow additional monitoring of hoary foxes by camera trapping and register new individuals, we developed a technique to identify foxes through marks on the tail of these animals. During this study 73 wild canids were monitored by radio-collars and was possible to estimate that mean home range hoary foxes is 2.68 km2, of crab-eating fox 8.23 km2, and of maned wolves 66.54 km2. It is known that there is a wide variation in the social system of canids and that this is directly linked to how species are organized in space. The results presented reinforce that small South American Lupinae canids live in monogamous and territorial social systems. The three species were active mainly during the night and used up to 11 different types of shelters (n = 417 records). Yellow armadillo holes (Euphractus sexcinctus) were the most used shelter by the hoary fox while, while crab-eating foxes and maned wolves used more often clumps of tall grass. The main causes of canids deaths in the study area are result of human actions (41.3%) as road kill, domestic dog attacks, poisoning and shooting. Intraguild predation of smaller canids by pumas is the second most frequent cause of death. The third chapter also contains an assessment on the risk of extinction of the hoary fox, where after a wide review, the species was classified as vulnerable to extinction. In the Cerrado, a priority ecosystem for biodiversity conservation, landscapes altered by human action represent the current scenario. To better understand how species have been dealing with these changes it is urgent to increase studies in this direction.UFU - Universidade Federal de UberlândiaTese (Doutorado)engUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em Ecologia e Conservação de Recursos NaturaisBrasilCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIACNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA::ECOLOGIA APLICADAAnimal behaviorCarnivorescamera trappingCerdocyon thousChrysocyon brachyurusconservationLycalopex vetulusradio telemetryhome rangeraposa-do-campoÁreas de vidaarmadilhas fotográficasCarnívoroscomportamento animalconservaçãoradiotelemetriaEcologiaanimais silvestresEcologia e conservação da raposa-do-campo (Lycalopex vetulus) e interações com canídeos simpátricos em áreas antropizadas do BrasilEcología y conservación de la raposa-de-campo (Lycalopex vetulus) y interaciones com cánidos sympatricos en el Brazil Centralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisGiaretta, Kátia Gomes Facurehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701725U6Dalponte, Júlio Cesarhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4731428E5Torres, Natália Mundimhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764959A2Paula, Rogério Cunhahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772506Y1Morato, Ronaldo Gonçalveshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723109U4http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735899A2Lemos, Frederico Gemesio168info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFULICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/24303/2/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD52ORIGINALEcologiaConservacaoRaposa.pdfEcologiaConservacaoRaposa.pdfTeseapplication/pdf10798400https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/24303/1/EcologiaConservacaoRaposa.pdf69e28e6ca92b498d1dc99b2185988092MD51TEXTEcologiaConservacaoRaposa.pdf.txtEcologiaConservacaoRaposa.pdf.txtExtracted texttext/plain261265https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/24303/3/EcologiaConservacaoRaposa.pdf.txt1862062dbef7876988e2ff66636fcc88MD53THUMBNAILEcologiaConservacaoRaposa.pdf.jpgEcologiaConservacaoRaposa.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1546https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/24303/4/EcologiaConservacaoRaposa.pdf.jpg60981e3ef916a73088a6b023c5bd5a77MD54123456789/243032019-10-09 15:34:33.848oai:repositorio.ufu.br:123456789/24303w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2019-10-09T18:34:33Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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