Impacto dos custos, infraestrutura para higienização das mãos e magnitude das infecções relacionadas à assistência à saúde em hospital de referência em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Osme, Simone Franco
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29225
http://doi.org/10.14393/ufu.te.2020.181
Resumo: Introdução: O foco principal de todos os esforços para controlar e prevenir infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) é a necessidade inerente de medir a magnitude dessas infecções bem como os riscos e custos associados. Objetivos: Este estudo objetivou mapear a prevalência de IRAS causadas por patógenos epidemiologicamente importantes no ambiente hospitalar, bem como avaliar os custos diretos frente aos valores de reembolso por parte do governo associados a pacientes críticos, em um hospital de referência no Brasil. Adicionalmente, foi realizado o diagnóstico de infraestrutura hospitalar para controle das IRAS, principalmente as relacionadas à higienização das mãos (HM). Métodos: Em 2017 foi realizado inquérito de prevalência pontual em todas as clínicas do hospital, por meio de triagem sistemática dos prontuários dos pacientes e visitas nas clínicas. Foi realizado estudo caso (paciente com IRAS presente no momento do inquérito de prevalência) versus controle (pacientes que ainda não haviam adquirido IRAS no "dia correspondente") pareado para avaliação de fatores de risco, mortalidade total e custos de hospitalização. Casos e controles foram pareados quanto à clínica de internação, idade, sexo e tempo de risco. Para o cálculo do reembolso, o valor total da cobrança de cada hospitalização ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi obtido através do Setor de Faturamento do Hospital e para o cálculo dos custos diretos, foram incluídos aqueles relacionados somente à assistência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de adultos por meio de uma pesquisa anual (2018). Realizou-se simulação de Monte Carlo, com 50.000 simulações, do custo direto anual de pacientes com IRAS internados nas UTI de adultos em 50 hospitais universitários federais no Brasil, abrangendo três cenários de prevalência. O diagnóstico de infraestrutura do Hospital foi focada em 4 áreas essenciais: serviço de controle de infecção hospitalar, serviço de esterilização, laboratório de microbiologia e principalmente, nos recursos para HM. Resultados: Foram incluídos 423 pacientes, em que a prevalência total de pacientes com IRAS foi de 19,6%, sendo especialmente alta na UTI de adultos (50,0%). As prevalências de infecção de corrente sanguínea (ICS), pneumonia (PNM) e infecção do trato urinário (ITU) foram, respectivamente, 32,6%, 22,4% e 21,4%, causadas principalmente por Enterobacteriaceae, bacilos Gram-negativos (BGN) não fermentadores e Escherichia coli naquelas com comprovação microbiológica (60,2%), respectivamente. O uso de dispositivos invasivos foi fator de risco independente para IRAS. Observou-se que a presença de cateter venoso central, ventilação mecânica e cateter urinário aumentam o risco para ICS, PNM e ITU em 9,5; 16,0 e 9,5 vezes, respectivamente. Além disso, a presença do paciente na UTI adulto foi fortemente relacionada ao desenvolvimento de pneumonia (OR: 4,2408). No total, 45,6% dos pacientes receberam pelo menos um antimicrobiano. De todos os antimicrobianos utilizados para tratar infecção, apenas em 48,6% dos pacientes foram com base em resultados microbiológicos. Esse estudo demonstrou proporção média de número de pacientes por pia de 3,42 ± 2,33, com índice de conformidade (IC) de 91% e número de pacientes por dispensador de preparação alcoólica de 1,61 ± 1,12 paciente/dispensador (IC = 86%). Todavia, avaliando o desempenho da higiene das mãos por metodologia indireta, a taxa de adesão à prática de HM foi de 10% e 15% nas UTIs e nas demais clínicas, respectivamente. Este estudo revelou que o custo de reembolso por hospitalização de pacientes com IRAS foi 75% maior que os pacientes sem IRAS, ainda maior entre os pacientes com infecção por fenótipos resistentes. Foi destinado aos pacientes com IRAS 41% do valor total de reembolso referente a hospitalização de todos os pacientes incluídos no estudo, todavia o número de pacientes com IRAS correspondeu a 19,6% do total. A avaliação do custo direto demonstrou valores extremamente elevados quando a mesma comparação foi feita, sendo que o custo direto foi 111,5% maior que o valor do reembolso (US$ 11776 x US$ 5569, respectivamente) para o paciente com IRAS. A partir da simulação de Monte Carlo, observou-se custo direto adicional de US$2.824.817 a cada 1% de aumento na prevalência de IRAS. Conclusão: Este estudo fornece dados alarmantes de IRAS bem como de custos, com altas taxas de infecções que apresentam pior prognóstico (sepse e pneumonia), causadas principalmente por BGN multirresistentes, significativamente associado à presença do paciente na UTI, bem como uso de ventilação mecânica e cateteres venosos centrais. Apesar do hospital avaliado possuir infraestrutura e recursos adequados para a higienização das mãos, o desempenho à prática da HM foi extremamente baixo.
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spelling 2020-04-22T13:01:58Z2020-04-22T13:01:58Z2020-03-18OSME, Simone Franco. Impacto dos custos, infraestrutura para higienização das mãos e magnitude das infecções relacionadas à assistência à saúde em hospital de referência de Minas Gerais. 2020. 132 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.te.2020.181https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29225http://doi.org/10.14393/ufu.te.2020.181Introdução: O foco principal de todos os esforços para controlar e prevenir infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) é a necessidade inerente de medir a magnitude dessas infecções bem como os riscos e custos associados. Objetivos: Este estudo objetivou mapear a prevalência de IRAS causadas por patógenos epidemiologicamente importantes no ambiente hospitalar, bem como avaliar os custos diretos frente aos valores de reembolso por parte do governo associados a pacientes críticos, em um hospital de referência no Brasil. Adicionalmente, foi realizado o diagnóstico de infraestrutura hospitalar para controle das IRAS, principalmente as relacionadas à higienização das mãos (HM). Métodos: Em 2017 foi realizado inquérito de prevalência pontual em todas as clínicas do hospital, por meio de triagem sistemática dos prontuários dos pacientes e visitas nas clínicas. Foi realizado estudo caso (paciente com IRAS presente no momento do inquérito de prevalência) versus controle (pacientes que ainda não haviam adquirido IRAS no "dia correspondente") pareado para avaliação de fatores de risco, mortalidade total e custos de hospitalização. Casos e controles foram pareados quanto à clínica de internação, idade, sexo e tempo de risco. Para o cálculo do reembolso, o valor total da cobrança de cada hospitalização ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi obtido através do Setor de Faturamento do Hospital e para o cálculo dos custos diretos, foram incluídos aqueles relacionados somente à assistência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de adultos por meio de uma pesquisa anual (2018). Realizou-se simulação de Monte Carlo, com 50.000 simulações, do custo direto anual de pacientes com IRAS internados nas UTI de adultos em 50 hospitais universitários federais no Brasil, abrangendo três cenários de prevalência. O diagnóstico de infraestrutura do Hospital foi focada em 4 áreas essenciais: serviço de controle de infecção hospitalar, serviço de esterilização, laboratório de microbiologia e principalmente, nos recursos para HM. Resultados: Foram incluídos 423 pacientes, em que a prevalência total de pacientes com IRAS foi de 19,6%, sendo especialmente alta na UTI de adultos (50,0%). As prevalências de infecção de corrente sanguínea (ICS), pneumonia (PNM) e infecção do trato urinário (ITU) foram, respectivamente, 32,6%, 22,4% e 21,4%, causadas principalmente por Enterobacteriaceae, bacilos Gram-negativos (BGN) não fermentadores e Escherichia coli naquelas com comprovação microbiológica (60,2%), respectivamente. O uso de dispositivos invasivos foi fator de risco independente para IRAS. Observou-se que a presença de cateter venoso central, ventilação mecânica e cateter urinário aumentam o risco para ICS, PNM e ITU em 9,5; 16,0 e 9,5 vezes, respectivamente. Além disso, a presença do paciente na UTI adulto foi fortemente relacionada ao desenvolvimento de pneumonia (OR: 4,2408). No total, 45,6% dos pacientes receberam pelo menos um antimicrobiano. De todos os antimicrobianos utilizados para tratar infecção, apenas em 48,6% dos pacientes foram com base em resultados microbiológicos. Esse estudo demonstrou proporção média de número de pacientes por pia de 3,42 ± 2,33, com índice de conformidade (IC) de 91% e número de pacientes por dispensador de preparação alcoólica de 1,61 ± 1,12 paciente/dispensador (IC = 86%). Todavia, avaliando o desempenho da higiene das mãos por metodologia indireta, a taxa de adesão à prática de HM foi de 10% e 15% nas UTIs e nas demais clínicas, respectivamente. Este estudo revelou que o custo de reembolso por hospitalização de pacientes com IRAS foi 75% maior que os pacientes sem IRAS, ainda maior entre os pacientes com infecção por fenótipos resistentes. Foi destinado aos pacientes com IRAS 41% do valor total de reembolso referente a hospitalização de todos os pacientes incluídos no estudo, todavia o número de pacientes com IRAS correspondeu a 19,6% do total. A avaliação do custo direto demonstrou valores extremamente elevados quando a mesma comparação foi feita, sendo que o custo direto foi 111,5% maior que o valor do reembolso (US$ 11776 x US$ 5569, respectivamente) para o paciente com IRAS. A partir da simulação de Monte Carlo, observou-se custo direto adicional de US$2.824.817 a cada 1% de aumento na prevalência de IRAS. Conclusão: Este estudo fornece dados alarmantes de IRAS bem como de custos, com altas taxas de infecções que apresentam pior prognóstico (sepse e pneumonia), causadas principalmente por BGN multirresistentes, significativamente associado à presença do paciente na UTI, bem como uso de ventilação mecânica e cateteres venosos centrais. Apesar do hospital avaliado possuir infraestrutura e recursos adequados para a higienização das mãos, o desempenho à prática da HM foi extremamente baixo.Background: The principal focus of all efforts to control and prevent healthcare-associated infections (HAIs) is the inherent necessity to measure the burden of these infections as well as the risks and costs associated. Objectives: This study aimed to map the prevalence of HAIs caused by epidemiologically important pathogens in the hospital environment, as well as to evaluate the direct costs and reimbursement by the Brazilian government associated with critical patients, in a Tertiary Referral Hospital in Brazil. Additionally, the Hospital's infrastructure diagnosis for HAI control was performed, mainly related to hand hygiene. Methods: In 2017, a point prevalence survey was carried out in all clinics at the hospital, through systematic screening of patients' medical records and visits to clinics. A case study (patient with HAI present at the time of the prevalence survey) versus control (patients who had not yet acquired HAI on the "corresponding day") was paired to assess risk factors, total mortality and hospitalization costs. Cases and controls were matched for hospitalization clinic, age, sex and time of risk. For the calculation of reimbursement, the total amount charged for each hospitalization to the Unified Health System (SUS) was obtained through the Hospital Billing Sector and for the calculation of direct costs, those related only to the adult ICU care were included, through an annual survey (2018). A Monte Carlo simulation was carried out, with 50,000 simulations, of the direct annual cost of patients with HAI admitted to the adult ICUs in 50 federal university hospitals in Brazil, covering three prevalence scenarios. The diagnosis of the hospital's infrastructure was focused on 4 essential areas: hospital infection control service, sterilization service, microbiology laboratory and, mainly, on resources for hand hygiene. Results: 423 patients were included, in which the total prevalence of patients with HAI was 19.6%, being especially high in the adult ICU (50.0%). The prevalences of bloodstream infections (BSI), pneumonia (PNM) and urinary tract infection (UTI) were 32.6%, 22.4% and 21.4%, respectively, mainly caused by Enterobacteriaceae, Gram-negative bacilli (BGN) non-fermenters and E. coli in those with microbiological evidence (60.2%), respectively. The use of invasive devices was an independent risk factor for HAI. It was observed that the presence of central venous catheter, mechanical ventilation and urinary catheter increases the risk for BSI, PNM and UTI by 9.5; 16.0 and 9.5 times, respectively. In addition, the patient's presence in the adult ICU was strongly related to the development of pneumonia (OR: 4.2408). In total, 45.6% of the patients received at least one antimicrobial. Of all antimicrobials used to treat infection, only 48.6% of patients were based on microbiological results. This study demonstrated an average proportion of the number of patients per sink of 3.42 ± 2.33, with a compliance rate (CI) of 91% and the number of patients per alcoholic dispenser of 1.61 ± 1.12 patient / dispenser (CI = 86%). However, evaluating the performance of hand hygiene by indirect methodology, the rate of adherence to the practice of hand hygiene was 10% and 15% in the ICUs and other clinics, respectively. This study revealed that the cost of reimbursement for hospitalization of patients with HAIs was 75% higher than patients without HAIs, even higher among patients with infection by resistant phenotypes. 41% of the total reimbursement amount for hospitalization of all patients included in the study was allocated to patients with HAI, however the number of patients with HAI corresponded to 19.6% of the total. When the direct cost was assessed, extremely high values were observed when the same comparison was made, with the direct cost being 111.5% higher than the reimbursement value (US $ 11776 x US $ 5569, respectively) for the patient with HAI. From the Monte Carlo simulation, an additional direct cost of US $ 2,824,817 was observed for each 1% increase in the prevalence of HAIs. Conclusion: This study provides alarming data on HAIs as well as the costs involved, with high rates of infections that have a worse prognosis (sepsis and pneumonia), caused mainly by multidrug-resistant BGN, significantly associated with the patient's presence in the ICU, as well as the use of mechanical ventilation and central venous catheters. Although the hospital evaluated has adequate infrastructure and resources for hand hygiene, performance in the practice of hand hygiene was extremely low.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas GeraisTese (Doutorado)2022-03-18porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em Ciências da SaúdeBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEEstudo de prevalênciaEstudo caso-controleInfecções relacionadas à assistência à saúdeEpidemiologiaTempo de hospitalizaçãoCusto de hospitalizaçãoHigienização das mãosReembolsoSistema Único de Saúde (SUS)Simulação de Monte CarloPrevalence studyCase-Control StudiesHealthcare associated InfectionsEpidemiologyHand hygieneLength of stayHospital costReimbursementUnified Health System (SUS)Monte Carlo MethodImpacto dos custos, infraestrutura para higienização das mãos e magnitude das infecções relacionadas à assistência à saúde em hospital de referência em Minas GeraisThe cost impact, infrastructure for hand hygiene and magnitude of healthcare-associated infections in a Referral Hospital in Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisGontijo Filho, Paulo Pintohttp://lattes.cnpq.br/1497046246866047Ribas, Rosineide Marqueshttp://lattes.cnpq.br/1574070947451743Oliveira, Cristina da Cunha Hueb Barata dehttp://lattes.cnpq.br/3796611017990676Oliveira, Adriana Gonçalves dehttp://lattes.cnpq.br/1098075384935790Pereira Júnior, Niltonhttp://lattes.cnpq.br/7582042153586534Braga, Iolanda Alveshttp://lattes.cnpq.br/1356430986460247http://lattes.cnpq.br/4746859278773337Osme, Simone Franco13272645503580bf4ea-1fc0-446c-8089-1c2b224c15e9reponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFUORIGINALImpactoCustosInfraestrutura.pdfImpactoCustosInfraestrutura.pdfteseapplication/pdf5776933https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29225/2/ImpactoCustosInfraestrutura.pdff3fd4819d8896058f554e84da8e251c4MD52CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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Osme, Simone Franco
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Unified Health System (SUS)
Monte Carlo Method
description Introdução: O foco principal de todos os esforços para controlar e prevenir infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) é a necessidade inerente de medir a magnitude dessas infecções bem como os riscos e custos associados. Objetivos: Este estudo objetivou mapear a prevalência de IRAS causadas por patógenos epidemiologicamente importantes no ambiente hospitalar, bem como avaliar os custos diretos frente aos valores de reembolso por parte do governo associados a pacientes críticos, em um hospital de referência no Brasil. Adicionalmente, foi realizado o diagnóstico de infraestrutura hospitalar para controle das IRAS, principalmente as relacionadas à higienização das mãos (HM). Métodos: Em 2017 foi realizado inquérito de prevalência pontual em todas as clínicas do hospital, por meio de triagem sistemática dos prontuários dos pacientes e visitas nas clínicas. Foi realizado estudo caso (paciente com IRAS presente no momento do inquérito de prevalência) versus controle (pacientes que ainda não haviam adquirido IRAS no "dia correspondente") pareado para avaliação de fatores de risco, mortalidade total e custos de hospitalização. Casos e controles foram pareados quanto à clínica de internação, idade, sexo e tempo de risco. Para o cálculo do reembolso, o valor total da cobrança de cada hospitalização ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi obtido através do Setor de Faturamento do Hospital e para o cálculo dos custos diretos, foram incluídos aqueles relacionados somente à assistência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de adultos por meio de uma pesquisa anual (2018). Realizou-se simulação de Monte Carlo, com 50.000 simulações, do custo direto anual de pacientes com IRAS internados nas UTI de adultos em 50 hospitais universitários federais no Brasil, abrangendo três cenários de prevalência. O diagnóstico de infraestrutura do Hospital foi focada em 4 áreas essenciais: serviço de controle de infecção hospitalar, serviço de esterilização, laboratório de microbiologia e principalmente, nos recursos para HM. Resultados: Foram incluídos 423 pacientes, em que a prevalência total de pacientes com IRAS foi de 19,6%, sendo especialmente alta na UTI de adultos (50,0%). As prevalências de infecção de corrente sanguínea (ICS), pneumonia (PNM) e infecção do trato urinário (ITU) foram, respectivamente, 32,6%, 22,4% e 21,4%, causadas principalmente por Enterobacteriaceae, bacilos Gram-negativos (BGN) não fermentadores e Escherichia coli naquelas com comprovação microbiológica (60,2%), respectivamente. O uso de dispositivos invasivos foi fator de risco independente para IRAS. Observou-se que a presença de cateter venoso central, ventilação mecânica e cateter urinário aumentam o risco para ICS, PNM e ITU em 9,5; 16,0 e 9,5 vezes, respectivamente. Além disso, a presença do paciente na UTI adulto foi fortemente relacionada ao desenvolvimento de pneumonia (OR: 4,2408). No total, 45,6% dos pacientes receberam pelo menos um antimicrobiano. De todos os antimicrobianos utilizados para tratar infecção, apenas em 48,6% dos pacientes foram com base em resultados microbiológicos. Esse estudo demonstrou proporção média de número de pacientes por pia de 3,42 ± 2,33, com índice de conformidade (IC) de 91% e número de pacientes por dispensador de preparação alcoólica de 1,61 ± 1,12 paciente/dispensador (IC = 86%). Todavia, avaliando o desempenho da higiene das mãos por metodologia indireta, a taxa de adesão à prática de HM foi de 10% e 15% nas UTIs e nas demais clínicas, respectivamente. Este estudo revelou que o custo de reembolso por hospitalização de pacientes com IRAS foi 75% maior que os pacientes sem IRAS, ainda maior entre os pacientes com infecção por fenótipos resistentes. Foi destinado aos pacientes com IRAS 41% do valor total de reembolso referente a hospitalização de todos os pacientes incluídos no estudo, todavia o número de pacientes com IRAS correspondeu a 19,6% do total. A avaliação do custo direto demonstrou valores extremamente elevados quando a mesma comparação foi feita, sendo que o custo direto foi 111,5% maior que o valor do reembolso (US$ 11776 x US$ 5569, respectivamente) para o paciente com IRAS. A partir da simulação de Monte Carlo, observou-se custo direto adicional de US$2.824.817 a cada 1% de aumento na prevalência de IRAS. Conclusão: Este estudo fornece dados alarmantes de IRAS bem como de custos, com altas taxas de infecções que apresentam pior prognóstico (sepse e pneumonia), causadas principalmente por BGN multirresistentes, significativamente associado à presença do paciente na UTI, bem como uso de ventilação mecânica e cateteres venosos centrais. Apesar do hospital avaliado possuir infraestrutura e recursos adequados para a higienização das mãos, o desempenho à prática da HM foi extremamente baixo.
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