O ANTIAMERICANISMO ENTRE OS MONARQUISTAS COMO FORMA DE COMBATE À REPÚBLICA (1889-1917)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Giarola, Flávio Raimundo
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: REVES - Revista Relações Sociais
Texto Completo: https://periodicos.ufv.br/reves/article/view/3197
Resumo: O presente artigo analisa o discurso anti-americanista adotado por alguns monarquistas após a proclamação da República no Brasil. Nosso objetivo é entender as representações dos Estados Unidos entre os restauradores e a forma como eles avaliaram as influências exercidas por este país na República brasileira. Nossa metodologia consiste na análise crítica dos escritos de monarquistas como Eduardo Prado e Joaquim Nabuco, principalmente, que, saudosos do Império e críticos do golpe republicano de 1889, questionaram a aproximação do país a um regime político tradicionalmente associado aos anglo-americanos, denunciando tal atitude como uma sujeição aos interesses imperialistas dos Estados Unidos. Desta forma, ao mesmo tempo em que defendiam a aproximação cultural e política com a Europa e exaltavam o Império como símbolo da singularidade nacional; representavam os Estados Unidos e seus habitantes de forma negativa, questionando suas “verdadeiras intenções” para com os países latino-americanos, além de repudiar sua influência nas nações mestiças de colonização ibérica. Como conclusão, defendemos que, para os monarquistas, o surgimento dos Estados Unidos do Brasil era uma afronta à nacionalidade, por recusar tudo que lhe era peculiar e, ao mesmo tempo, por tentar construir algo novo com base na introdução de princípios alienígenas.
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