O PROCESSO CIVILIZADOR E AS CONFIGURAÇÕES CEGAS NO PROJETO DE ASSENTAMENTO TARUMÃ MIRIM
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | REVES - Revista Relações Sociais |
Texto Completo: | https://periodicos.ufv.br/reves/article/view/3126 |
Resumo: | O processo civilizador se caracteriza onde as estruturas emocionais e comportamentais incorporam-se, modificando as transformações que acontecem na sociedade, inserindo-se nas inter-relações sociais, integrando-se no cotidiano dos indivíduos. Essas normatizações comportamentais são adquiridas desde a primeira infância, passando aos ensinamentos escolares, e estendendo-se nos relacionamentos profissionais, em uma rede figurativa de relacionamentos, formando as configurações sociais. As regras sociais deste século diferem-se daquelas dos séculos anteriores, porque o que antes era aceito como normal e social, foram se readequando, se modificando. Isto é o autocontrole como fruto do processo civilizatório norteando comportamentos, quer perante a sociedade, quer perante a si próprio. Essas relações geram as interdependências, que formam as junções entre os indivíduos, interligando-os em suas ações, sem possibilidades de separar o “eu” do “nós” nas responsabilidades. Pesquisa etnográfica, técnica da observação participante, análises quanti e qualitativa dos dados coletados com 70 assentados entrevistados. A pesquisa demonstrou que essas interligações pessoais unem imperceptivelmente os seres humanos, porque todos convivem numa mesma configuração social. A configuração cega nos remete ao conceito que os comportamentos sociais do “agora” podem influenciar, e modificar, os parâmetros sociais do “amanhã”. Nesse viés do pensamento, analisamos os aspectos do êxodo rural dos jovens do projeto de assentamento Tarumã Mirim, zona rural de Manaus-AM, rompendo o processo sucessório no que concerne à agricultura familiar, nos instigando a questionamentos acerca do futuro daquele assentamento, relacionado às questões produtivas. Polos educacionais e balneabilidade romperiam o ciclo do êxodo rural dos jovens, fomentando perspectivas de um futuro diferente ao que ora desponta. |
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