Agroecossistemas, trabalho e autonomia: o cotidiano de mulheres camponesas em realidades do Vale do Jequitinhonha

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, B?rbara Let?cia
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFVJM
Texto Completo: http://acervo.ufvjm.edu.br/jspui/handle/1/2710
Resumo: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - Brasil (CAPES) - C?digo de Financiamento 001.
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spelling Lopes, B?rbara Let?ciaLovo, Ivana CristinaWeitzman, RodicaLima, Jos?lia Barroso QueirozUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Lovo, Ivana Cristina2021-12-06T14:25:20Z2021-12-06T14:25:20Z20212021-01-18LOPES, B?rbara Let?cia. Agroecossistemas, trabalho e autonomia: o cotidiano de mulheres camponesas em realidades do Vale do Jequitinhonha. 2021. 160 p. Disserta??o (Mestrado em Estudos Rurais) ? Programa de P?s-Gradua??o em Estudos Rurais, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2021.http://acervo.ufvjm.edu.br/jspui/handle/1/2710O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - Brasil (CAPES) - C?digo de Financiamento 001.Linha de pesquisa: Configura??es do Rural, Pol?tica e Meio Ambiente.Esta pesquisa tem o interesse em compreender como se d? a autonomia das mulheres diante da distribui??o e decis?o sobre o trabalho em agroecossistemas agroecol?gicos. As fam?lias que comp?e o grupo participante desta investiga??o vivem e desenvolvem suas atividades em duas localidades no Vale do Jequitinhonha. A divis?o sexual do trabalho constitui uma das principais formas de desigualdades entre homens e mulheres sendo esta constru?da historicamente. ? preciso entender que homens e mulheres est?o inseridos em constru??es sociais que influenciam o seu modo de perceber, pensar, sentir e agir, e quando analisamos a quest?o do trabalho n?o podia ser diferente. A situa??o de mulheres camponesas n?o ? diferente do que est? registrado na literatura feminista, elas ficam respons?veis pelo trabalho do cuidado do lar e dos filhos e de outras tarefas entendidas como ?feminina?. ? sabido que n?o se conseguir? superar as desigualdades no campo se n?o rompermos com as velhas formas de opress?o e estarmos atentos a novas formas de opress?o que podem surgir com os rearranjos sociais e econ?micos. Com a utiliza??o da observa??o participante, que considera e incentiva que os pesquisadores vivenciem o dia a dia daqueles a quem estudam, possibilitando uma compreens?o melhor do universo em estudo, e com o uso de ferramentas como entrevistas, din?mica da rotina di?ria e fluxogramas sobre o fluxo do trabalho no agroecossistema, foi poss?vel perceber que existe uma divis?o sexual de trabalhos nas fam?lias participantes da pesquisa e que est? se apresenta de v?rias formas e intensidades, mesmo se tratando de agroecossistemas que tem como base o exerc?cio da agroecologia. Acompanhando a rotina de duas fam?lias, ficou evidente que as mulheres est?o presentes em todas as etapas da produ??o, desde a colheita at? a comercializa??o. Entretanto, por vezes, seus trabalhos s?o invisibilizados e tidos apenas como ?ajuda? dos servi?os feitos por seus companheiros. Estando o trabalho dom?stico sobre responsabilidade das mulheres, gera sobrecarga e reduz seu tempo livre, impossibilitando que elas possam usufruir desse tempo em atividades de lazer ou para descanso. Por fim, mesmo as duas fam?lias sendo acompanhadas por organiza??es que realizam e incentivam discuss?es sobre a igualdade de g?nero e autonomia feminina, e que j? estejam vivenciando um aprofundamento conceitual e pr?tico da agroecologia, h? ainda um caminho a ser percorrido para que as desigualdades nas rela??es de g?nero possam ser superadas de fato, j? que nesse caminho h? uma conex?o direta com a estrutura patriarcal e capitalista predominante na sociedade.Submitted by Jos? Henrique Henrique (jose.neves@ufvjm.edu.br) on 2021-12-03T20:54:24Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) barbara_leticia_lopes.pdf: 1585079 bytes, checksum: f2c02fbb92b2a04d58bb18b68763993f (MD5)Approved for entry into archive by Jos? 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The families that make up the group participating in this investigation live and develop their activities in two locations in the Jequitinhonha Valley. The sexual division of labor is one of the main forms of inequality between men and women, which has been historically constructed. It is necessary to understand that men and women are inserted in social constructions that influence their way of perceiving, thinking, feeling and acting, and when we analyze the question of work it could not be different. The situation of peasant women is no different from what is recorded in feminist literature, they are responsible for the work of caring for the home and children and other tasks understood as ?feminine?. It is well known that inequalities in the countryside will not be overcome if we do not break with the old forms of oppression and pay attention to new forms of oppression that may arise with social and economic rearrangements. With the use of participant observation, which considers and encourages researchers to experience the daily lives of those they study, enabling a better understanding of the universe under study, and with the use of tools such interviews, dynamics of the daily routine and flowcharts on the subject. work flow in the agroecosystem, it was possible to notice that there is a sexual division of work in the families participating in the research that is presented in various forms and intensities, even in the case of agroecosystems that are based on the exercise of agroecology. Following the routine of two families, it was evident that women are present in all stages of production, from harvest to commercialization. However, sometimes, their work is made invisible and seen only as ?help? for the services done by their companions. Since domestic work is only the responsibility of women, it generates overload and reduces their free time, making it impossible for them to enjoy this time in leisure or rest activities. Finally, even though the two families are accompanied by organizations that carry out and encourage discussions on gender equality and female autonomy, and who are already experiencing a conceptual and practical deepening of agroecology, there is still a way to go so that the inequalities in gender relations can be overcome in fact, since in this way there is a direct connection with the predominant patriarchal and capitalist structure in society.porUFVJMA concess?o da licen?a deste item refere-se ao ? termo de autoriza??o impresso assinado pelo autor, assim como na licen?a Creative Commons, com as seguintes condi??es: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publica??o, autorizo a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e o IBICT a disponibilizar por meio de seus reposit?rios, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei n? 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permiss?es assinaladas, para fins de leitura, impress?o e/ou download, a t?tulo de divulga??o da produ??o cient?fica brasileira, e preserva??o, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessAgroecossistemas, trabalho e autonomia: o cotidiano de mulheres camponesas em realidades do Vale do Jequitinhonhainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisTrabalho dom?sticoAgroecologiaDivis?o sexual do trabalhoAutonomiaMulheres ruraisDomestic workAgroecologySexual division of laborAutonomyRural womenreponame:Repositório Institucional da UFVJMinstname:Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)instacron:UFVJMTEXTbarbara_leticia_lopes.pdf.txtbarbara_leticia_lopes.pdf.txtExtracted texttext/plain411918http://acervo.ufvjm.edu.br/jspui/bitstream/1/2710/6/barbara_leticia_lopes.pdf.txte973e9c3f82c594704b8f522b74c4ab3MD56LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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