Pistia stratiotes e Eichhornia crassipes como remediadoras de ecossistemas aqu?ticos com res?duos de atrazine e diuron

• Autor(a) principal: Santos, Naiane Maria Corr?a dos
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFVJM
• Texto Completo: http://acervo.ufvjm.edu.br/jspui/handle/1/2973
• topic: Fitorremedia??o; Herbicidas; Macr?fitas; Rizofiltra??o; Phytoremediation; Herbicides; Macrophytes; Rhizofiltration

A fitorremedia??o, apesar de ser ainda incipiente em regi?es tropicais, onde as temperaturas mais elevadas tendem a aumentar a solubilidade dos herbicidas em corpos d??gua e a favorecer a contamina??o de organismos n?o-alvo, pode reverter ou minimizar os impactos ocasionados por herbicidas em ecossistemas aqu?ticos. O objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento, a fisiologia e anatomia foliar de Eichhornia crassipes e Pistia stratiotes expostas ao atrazine e diuron, identificando suas potencialidades para fitorremediar e indicar ambientes aqu?ticos contaminados com estes herbicidas. As macr?fitas foram cultivadas, em casa de vegeta??o, em vasos de polietileno contendo 5 dm? de solu??o nutritiva dilu?da em ?gua destilada. Os tratamentos, dispostos em delineamento inteiramente ao acaso, com quatro repeti??es, corresponderam ?s concentra??es 0, 10, 100 e 1000 ?g L-? de atrazine e 0; 0,1; 1 e 10 ?g L-? de diuron aplicadas diretamente em solu??o aquosa, al?m de vasos sem plantas como tratamento adicional. Intoxica??o visual, massa fresca e teor de clorofila total das macr?fitas foram avaliados aos 7, 14, 21 e 28 dias ap?s aplica??o dos herbicidas (DAA). O incremento em massa seca correspondeu ? diferen?a entre massa seca anteriormente ? aplica??o do atrazine e diuron e aos 28 DAA dos herbicidas. Fluoresc?ncia da clorofila a das plantas foi avaliada aos 7, 14 e 21 DAA do atrazine e diuron e vari?veis de trocas gasosas foram analisadas aos 7 dias de cultivo dos exemplares. Anatomia foliar de E. crassipes e P. stratiotes foi avaliada aos 14 dias de exposi??o das plantas aos contaminantes. Concentra??es residuais do atrazine e diuron em solu??o e em amostras de material vegetal foram quantificadas aos 28 DAA do herbicida, por meio de cromatografia l?quida de alta efici?ncia. E. crassipes apresentou sensibilidade ? concentra??o 1000 ?g L-? de atrazine, com morte dos exemplares aos 28 dias de exposi??o ao herbicida. O atrazine e o diuron reduziram o crescimento das macr?fitas, promoveram condi??o de estresse abi?tico e alteraram seus par?metros anat?micos. Contudo, o crescimento das plantas n?o foi interrompido e as macr?fitas recuperaram os teores de clorofila total. Concentra??es residuais de atrazine em solu??o foram 35,56 e 79,19%, para E. crassipes, e 76,13 e 78,83% para P. stratiotes, menores que as quantificadas em vasos sem plantas. E. crassipes e P. stratiotes apresentam potencial para fitorremediar ambientes aqu?ticos com concentra??o de at? 100 e 1000 ?g L-? de atrazine, respectivamente. Concentra??es residuais de diuron em solu??o foram 95,13 e 93,74%, respectivamente, para E. crassipes e P. stratiotes, menores que as quantificadas em vasos sem plantas. E. crassipes e P. stratiotes podem ser indicadas para fitorremediar ambientes aqu?ticos com concentra??o de 10 ?g L-? de diuron, atuando tamb?m como bioindicadoras da presen?a desse herbicida em ecossistemas aqu?ticos brasileiros.