Reconstituição paleoambiental utilizando uma abordagem multi-proxy em um registro de turfeira tropical de montanha, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Camila Rodrigues
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFVJM
Texto Completo: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/be5826bd-0226-4764-921e-0d56c459f015
Resumo: Data de aprovação retirada da versão impressa do trabalho.
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spelling Costa, Camila RodriguesSilva, Alexandre ChristófaroHorák-Terra, IngridMendonça Filho, Carlos VictorLuz, Cynthia Fernandes Pinto daUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Silva, Alexandre Christófaro2018-10-05T19:35:26Z2018-10-05T19:35:26Z20182018-03-09COSTA, Camila Rodrigues. Reconstituição paleoambiental utilizando uma abordagem multi-proxy em um registro de turfeira tropical de montanha, Minas Gerais, Brasil. 2018. 133 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2018.https://acervo.ufvjm.edu.br/items/be5826bd-0226-4764-921e-0d56c459f015Data de aprovação retirada da versão impressa do trabalho.Área de concentração: Produção Vegetal.As turfeiras são ambientes de transição entre os ecossistemas terrestres e aquáticos, formados pela acumulação sequencial de matéria orgânica. Extremamente sensíveis as mudanças nos padrões de precipitação e temperatura, as turfeiras são consideradas verdadeiros arquivos da evolução do ambiente ao seu redor. Nas depressões das áreas dissecadas da Serra do Espinhaço Meridional, Minas Gerais, ocorrem ambientes propicios para formação de turfeiras. Dentre elas encontra-se a turfeira do Rio Preto (18°14'5,25"S e 43°19'7,24" WGS, 1.593 m.s.m) inserida no Parque Estadual do Rio Preto. A turfeira do Rio Preto é colonizada por diferentes fisionomias do Bioma Cerrado principalmente o Campo Úmido e Campo Rupestre, sendo encontrados ainda redutos de Floresta Estacional Semidecidual (Capões de Mata). O objetivo deste trabalho foi reconstituir as mudanças paleoambientais ocorridas desde o final do Pleistoceno Tardio. Para isto foi utilizada uma abordagem multi-proxy, consistindo em estratigrafia do perfil do solo da turfeira, análises palinológicas, de isótopos estáveis (13C e 15N), de composição geoquímica e datações radiocarbônicas. A idade mais antiga, obtida da base do testemunho, foi de 23.037 anos cal. AP, indicando que a formação da turfeira se deu a partir do Pleistoceno Tardio. A partir da análise conjunta dos proxys foi possível inferir cinco principais fases de mudanças paleoambientais: RP-I, entre ~ 23.037 e 13.500 anos cal. AP, clima bastante úmido e frio, possibilitando a presença de indicadores de Floresta Montana e o empobrecimento do sinal isotópico. Este foi um período de bastante instabilidade na bacia hidrográfica da turfeira, inferida pelo alto teor de Si, indicador de sinal de material mineral local; RP-II, entre ~13.500 e 11.700 anos cal. AP, ligeiro aumento da temperatura e queda na umidade levando a redução de indicadores de clima frio e a expansão da vegetação campestre. No entanto as condições ainda eram mais úmidas e frias que as atuais, e a indícios de diminuição do sinal de material mineral local; RP-III, entre ~11.700 e 8.500 anos cal. AP, tendência de aumento da temperatura e diminuição da umidade em conjunto com a mudança da vegetação de plantas C3 para C4, causando a forte retração das Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Montana, em conjunto aumento do fluxo de sinal de material mineral local; RP-IV, entre ~8.500 e 7.000 anos cal. AP, condições de clima ainda mais seco e quente, causando o desaparecimento dos indicadores de clima frio, retração do Campo Úmido e expansão do Campo Rupestre. Período de bastante estabilidade da bacia hidrográfica da turfeira, sugerido pelo baixo conteúdo de material mineral; RP-V, de 7.000 anos cal. AP até o presente, clima era novamente mais úmido e temperaturas mais amenas, semelhante às condições atuais, aumento na acumulação de turfa, possibilitando o reaparecimento dos indicadores de Floresta Montana e Floresta Estacional Semidecidual junto com a retração do Campo, e diminuição da entrada de material mineral. Flutuações no clima influenciaram fortemente as mudanças na paleovegetação e na estrutura sedimentar do registro da turfeira do Rio Preto. Devido à importância das turfeiras, não só como arquivo de mudanças paleoambientais, mas também pelos seus serviços ambientais (armazenamento de água e de carbono), estes ambientes precisam ser melhores protegidos.Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (FAPEMIG)Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2018.The peatlands are transitional environments between terrestrial and aquatic ecosystems, formed by the sequential accumulation of organic matter. Extremely sensitive to changes in precipitation and temperature patterns, peatlands are real archives of the evolution of the environment around them. In Serra do Espinhaço Meridional, Minas Gerais State, Brazil, in depressions of the dissected areas occurs an environment conducive to formation of peatlands. Among them the peatland of Rio Preto (18°14'5,25"S e 43°19'7,24" WGS, 1.593 m.s.m), located in the Rio Preto State Park. The area is colonized by different vegetation physiognomy of the Cerrado Biome, mainly Rupestre Fields and Wet Fields, beyond of redoubts of Semidecidual Stationary Forests, called Capon Forests. The area is colonized by different vegetation physiognomy of the Cerrado Biome, mainly Rupestre Fields and Wet Fields, beyond of redoubts of Semidecidual Stationary Forests, called Capon Forests. The objective of this work was to reconstruct the paleoenvironmental changes that have occurred since the Late Pleistocene. The work was constituted by the application of a multi-proxy approach, such as peatland soil stratigraphy, palynological analyzes, stable isotopes (13C and 15N), geochemical composition analyzes and 14C dating. The oldest age obtained at the base of the peatland profile was 23.037 cal. years BP, indicating that the formation of the peatland occurred during the Late Pleistocene. In this study it was possible to infer five main stages of paleoenvironmental changes: RP-I ~23.000-13.500 cal. years BP, very cold climate and very humid, presence of Montana Forest indicators and impoverishment of the isotopic signal, period of instability in hydrographic basin of the peatland; RP-II ~13.500-11.700 cal. years BP, small increase in temperature and decreased humidity, reduction of the indicators of cold climate and the expansion of the field vegetation, however the climatic conditions were more humid and cooler than the current, decrease of the entrance of local mineral material; RP-III ~11.700-8.500 cal. years BP, trend of increased temperature and decreased humidity, change in vegetation from C3 to C4 plants, reduction of the Semideciduous Seasonal Forest and Mountain Forests, increased flow of local mineral material; RP-IV ~8.500-7.000 cal. years BP, drier and hotter weather, causing the disappearance of the indicators of cold weather, retraction of the Wet Field and expansion of Rupestre Field. Period of very stability in the watershed of the peatland; RP-V 7.000 cal. years BP until present, increased humidity and decrease in temperature, as current conditions, increased accumulation of peat, reappearance of the indicators of Montana Forest and Seasonal Semideciduous Forest and retraction of the Field, decrease of regional and local dust. Fluctuations in the climate influenced changes in paleovegetation and the sedimentary structure of the peatland Rio Preto. Given the value of peatlands as archives of paleoenvironmental changes and their environmental functions, these environments need to be better protected.porUFVJMA concessão da licença deste item refere-se ao à termo de autorização impresso assinado pelo autor, assim como na licença Creative Commons, com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e o IBICT a disponibilizar por meio de seus repositórios, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, e preservação, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessReconstituição paleoambiental utilizando uma abordagem multi-proxy em um registro de turfeira tropical de montanha, Minas Gerais, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisOrganossoloAnálises palinológicasδ13C e δ15NGeoquímicaMudanças climáticasSerra do Espinhaço MeridionalHistosolsPollen analysisGeochemistryClimate changesreponame:Repositório Institucional da UFVJMinstname:Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)instacron:UFVJMTHUMBNAILcamila_rodrigues_costa.pdf.jpgcamila_rodrigues_costa.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2574https://acervo.ufvjm.edu.br//bitstreams/bb5e6b76-2c71-486a-89fb-2272951457cd/downloadfb3e3c25477dbc35812a3c39131da3feMD57falseAnonymousREADORIGINALcamila_rodrigues_costa.pdfcamila_rodrigues_costa.pdfapplication/pdf5661319https://acervo.ufvjm.edu.br//bitstreams/00a2eebd-5822-4010-8134-f6e38e2942e9/downloadb9deab885dfc53d90534a8a979f8d00dMD51trueAnonymousREADCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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