Relação entre fatores das articulações do quadril e tornozelo e a ocorrência de tendinopatia do calcâneo em corredores recreacionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Victor Matheus Leite Mascarenhas
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFVJM
Texto Completo: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/da969bcb-5a15-42da-ba14-cb6f26e7255a
Resumo: Introdução: A tendinopatia do calcâneo é caracterizada pela incapacidade, dor e inchaço na região do tendão do calcâneo. Essa condição está entre as lesões de membro inferior que mais acometem os corredores. Fatores biomecânicos locais vem sendo associados com a presença ou desenvolvimento da tendinopatia do calcâneo em corredores. Tais como, a pronação excessiva da articulação subtalar, o déficit de dorsiflexão do tornozelo e a fraqueza dos músculos flexores plantares. Entretanto, recentemente, alterações neuromusculares dos músculos do quadril também vêm sendo relacionadas com a tendinopatia do calcâneo. A interação entre fatores locais e não locais pode alterar a sobrecarga imposta no tendão do calcâneo e contribuir com o desenvolvimento ou continuidade da tendinopatia de calcâneo em corredores. Objetivo: Verificar a contribuição de fatores da articulação do quadril e do complexo tornozelo-pé na ocorrência de tendinopatia do calcâneo em corredores recreacionais. Métodos: Um estudo transversal foi conduzido com 51 corredores recreacionais, sendo 25 com tendinopatia do calcâneo e 26 saudáveis. Os participantes que reportaram e experimentaram dor na região do tendão do calcâneo durante a palpação foram inclusos no grupo tendinopatia. Em ambos os grupos, os participantes tinham que correr um mínimo de 15km por semana e não ter histórico de lesão (outras que tendinopatia do calcâneo para o grupo lesionado) nos últimos seis meses. A avaliação do alinhamento perna-antepé, da amplitude de movimento (ADM) de dorsiflexão de tornozelo e da ADM passiva de rotação medial (RM) do quadril, além da força isométrica dos músculos flexores plantares (FP) do tornozelo e dos rotadores laterais (RL) do quadril foi mensurada. A análise estatística foi feita através da Árvore de Regressão e Classificação e o cálculo da área abaixo curva ROC (Receiver Operatring Characteristic) foi realizado para determinar a acurácia do modelo. Além disso, a razão de prevalência foi calculada para cada nodo terminal do modelo. Resultados: A interação entre ADM de RM do quadril, o alinhamento perna-antepé, a força de RL do quadril e FP do tornozelo foi capaz de distinguir os indivíduos com e sem TC. O modelo foi capaz classificar corretamente 92% dos participantes do grupo controle e 72% do grupo TC. A área sobre a curva ROC foi de 0.88 e significativamente diferente da hipótese nula. Conclusão: A interação entre fatores do tornozelo e quadril foi capaz identificar a ocorrência de TC em corredores recreacionais. Os fisioterapeutas devem considerar uma avaliação específica para cada corredor com TC já que diferentes padrões biomecânicos podem ocorrer em pacientes com esta mesma condição.
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Fatores biomecânicos locais vem sendo associados com a presença ou desenvolvimento da tendinopatia do calcâneo em corredores. Tais como, a pronação excessiva da articulação subtalar, o déficit de dorsiflexão do tornozelo e a fraqueza dos músculos flexores plantares. Entretanto, recentemente, alterações neuromusculares dos músculos do quadril também vêm sendo relacionadas com a tendinopatia do calcâneo. A interação entre fatores locais e não locais pode alterar a sobrecarga imposta no tendão do calcâneo e contribuir com o desenvolvimento ou continuidade da tendinopatia de calcâneo em corredores. Objetivo: Verificar a contribuição de fatores da articulação do quadril e do complexo tornozelo-pé na ocorrência de tendinopatia do calcâneo em corredores recreacionais. Métodos: Um estudo transversal foi conduzido com 51 corredores recreacionais, sendo 25 com tendinopatia do calcâneo e 26 saudáveis. Os participantes que reportaram e experimentaram dor na região do tendão do calcâneo durante a palpação foram inclusos no grupo tendinopatia. Em ambos os grupos, os participantes tinham que correr um mínimo de 15km por semana e não ter histórico de lesão (outras que tendinopatia do calcâneo para o grupo lesionado) nos últimos seis meses. A avaliação do alinhamento perna-antepé, da amplitude de movimento (ADM) de dorsiflexão de tornozelo e da ADM passiva de rotação medial (RM) do quadril, além da força isométrica dos músculos flexores plantares (FP) do tornozelo e dos rotadores laterais (RL) do quadril foi mensurada. A análise estatística foi feita através da Árvore de Regressão e Classificação e o cálculo da área abaixo curva ROC (Receiver Operatring Characteristic) foi realizado para determinar a acurácia do modelo. Além disso, a razão de prevalência foi calculada para cada nodo terminal do modelo. Resultados: A interação entre ADM de RM do quadril, o alinhamento perna-antepé, a força de RL do quadril e FP do tornozelo foi capaz de distinguir os indivíduos com e sem TC. O modelo foi capaz classificar corretamente 92% dos participantes do grupo controle e 72% do grupo TC. A área sobre a curva ROC foi de 0.88 e significativamente diferente da hipótese nula. Conclusão: A interação entre fatores do tornozelo e quadril foi capaz identificar a ocorrência de TC em corredores recreacionais. Os fisioterapeutas devem considerar uma avaliação específica para cada corredor com TC já que diferentes padrões biomecânicos podem ocorrer em pacientes com esta mesma condição.Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2018.Introduction: Achilles tendinopathy is characterized by impairment, swelling and pain in the Achilles tendon region. This condition is one of the most prevalent lower limb injury in running practitioners. Biomechanical factors have been associated with AT presence or development in runners. Ankle excessive pronation, restricted ankle dorsiflexion and decreased Plantar Flexors (PF) strength are local factors often related with AT. Recently, non-local factors such as neuromuscular alterations of gluteal muscles has been investigated and associated with this condition. We suggest that an interaction between local and proximal factors may interfere in the Achilles tendon load and, therefore, contribute with the development or continuity of this condition in runners. Objective : To verify the contribution of the hip and ankle joint factors in the occurrence of Achilles tendinopathy in runners. Methods: A cross-sectional study was conducted with 51 recreational runners, 25 with Achilles tendinopathy and 26 healthy. Subjects that reported and experimented pain on Achilles tendon palpation were included in the AT group. In both groups, participants had to run at least 15km per week and had to be injury free in the last six months (no other injury besides Achilles tendinopathy in the injured group) to participate. We assessed the shank-forefoot alignment (SFA), ankle dorsiflexion Range of Motion (DFROM), hip Internal Rotation (IR) ROM as well as isometric strength of ankle PF and Hip External Rotators. The Classification and Regression Tree was used in the statistical analyses and the area under de Receiver Operatoring Characteristic curve was performed to establish the model accuracy. Additionally, the Prevalence Ratio (PR) of each terminal node was calculated. Results: The interaction between HIP IR ROM, SFA, ankle PF and hip ER strength were able to distinguish those runners with and without AT. Also, the model was capable to correctly classify 92% the participants from control group and 72% runners with AT. The area under the ROC curve was 0.88 which was significantly different from the null hypotheses. Conclusion: The interaction between ankle and hip clinical measures was capable of predict AT occurrence in recreational runners. Physical Therapists should consider a specific assessment of each runner with AT given that different biomechanical profiles may be related to the same outcome (AT).porUFVJMA concessão da licença deste item refere-se ao à termo de autorização impresso assinado pelo autor, assim como na licença Creative Commons, com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e o IBICT a disponibilizar por meio de seus repositórios, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, e preservação, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessRelação entre fatores das articulações do quadril e tornozelo e a ocorrência de tendinopatia do calcâneo em corredores recreacionaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisÁrvore de classificaçãoTendinopatia de AquilesCorridaClassification treeAchilles tendinopathyRunningreponame:Repositório Institucional da UFVJMinstname:Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)instacron:UFVJMTHUMBNAILvictor_matheus_leite_mascarenhas_ferreira.pdf.jpgvictor_matheus_leite_mascarenhas_ferreira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2764https://acervo.ufvjm.edu.br//bitstreams/9e41a645-2dc6-4af5-8fcb-3bd1162849d1/download2eb833388432b97a83f6919e30228234MD57falseAnonymousREADORIGINALvictor_matheus_leite_mascarenhas_ferreira.pdfvictor_matheus_leite_mascarenhas_ferreira.pdfapplication/pdf1004121https://acervo.ufvjm.edu.br//bitstreams/cbdb1029-64f1-49ae-b9de-d0ecb0db09e9/download5582b915563ac06a5bed5c9fdc86ca74MD51trueAnonymousREADCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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