Impactos do projeto chinês “Um Cinturão, Uma Rota” no Brasil
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFVJM |
Texto Completo: | https://acervo.ufvjm.edu.br/items/4357f452-0907-4332-b24e-04a89689f2f1 |
Resumo: | Após dois séculos, que para os chineses, foram de humilhação, contados a partir da primeira guerra do ópio, em 1839, vítimas que foram dos países capitalistas centrais, naquilo que categorizou-se como Imperialismo, a China tem seu primeiro ponto de inflexão na sua história recente, a Revolução Comunista de 1949. Implementa-se um socialismo espelhado no modelo soviético resultando numa sociedade mais igualitária ainda que pobre. Isolados num mundo de maioria capitalista, os chineses resolvem seguir a tese do Karl Marx que prenuncia que para o aparecimento de um novo modo de produção, as forças produtivas do até então experimentado devem se esgotar. O aperto de mãos entre o então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon e Mao Tsé-Tung, em fevereiro de 1972, marca um segundo ponto de inflexão na recente história chinesa e ao final da década de 1970, liderados por Deng Xiaoping, inicia-se um processo de abertura econômica na China. Dada a diversidade chinesa, Deng teoriza sobre o socialismo de características chinesas. Um socialismo de mercado com um Estado forte responsável por medidas macroeconômicas, regulando as ações microeconômicas que nascem na base da sociedade chinesa. Nesse sentido, proliferam as Empresas de Cidades e Vilas na década de 1990, pequenas fábricas que crescem formatando uma indústria chinesa de trabalho intensivo, muitas delas hoje entre as maiores do mundo. Surgem as Zonas Especiais Econômicas, regiões estrategicamente escolhidas para a acolhimento de empresas do mundo inteiro que queiram se associar às chinesas, com incentivos de toda a ordem, voltadas para exportação, transformando a China no maior receptor de Investimento Direto do Exterior do planeta. Controlando o câmbio, obtendo sucessivos balanços de pagamentos positivos, a China se transforma no maior detentor de reservas cambiais do mundo. Uma armadilha, que após a crise de 2008, o governo central chinês se esforça em destravar, voltando-se para o mercado interno, utilizando as reservas acumuladas investindo pesadamente em infraestrutura, desenvolvendo suas regiões mais remotas e pobres, procurando diminuir as desigualdades internas e se transformando no maior exportador de capital do mundo, comprando ativos baratos após a crise e implementando, um ambicioso projeto, a Iniciativa Cinturão e Rota. Uma iniciativa de alcance global que já impacta as economias dos países asiáticos mais próximos, reconfigurando a geopolítica da Ásia Central, mas que tem movimentado o Oriente Médio, a Eurásia, a África, começando a chegar a América Latina e questionando a unipolaridade dos Estados Unidos. A distância entre a China e o Brasil a muito deixou de ser um problema. A ascensão chinesa fez dela o maior parceiro comercial brasileiro. O Brasil se tornou um grande exportador de recursos primários para a China num período marcado pela alta do preço das commodities que resultaram em balanços de pagamentos superavitários sustentando um crescimento da economia brasileira nos primeiros quinze anos do século XXI. Agora, sob os efeitos da crise de 2008, estagnação da economia europeia, diminuição do crescimento chinês, crise na América Latina e em especial, nosso maior parceiro, a vizinha Argentina, que acabaram nos arrastando para uma enorme crise econômica e também política, o Brasil se lança ao desafio de como tirar proveito das oportunidades que já são geradas e outras tantas que se apresentarão num futuro próximo da grande Iniciativa Cinturão e Rota, um megaprojeto chinês de investimento. Esse trabalho tem a pretensão de apresentar os aspectos principais da ascensão chinesa que acabaram possibilitando a China propor a ambiciosa Iniciativa Cinturão e Rota e quais os possíveis reflexos na economia brasileira. |
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Pinto, Edimar da RochaUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Junior, Fernando Leitão Rocha2022-08-10T11:57:49Z2022-08-10T11:57:49Z2020-10-202020PINTO, Edimar da Rocha. Impactos do projeto chinês “Um Cinturão, Uma Rota” no Brasil. 2020. 309 p. Dissertação (Mestrado Profissional em Tecnologia, Ambiente e Sociedade) – Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Ambiente e Sociedade, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Teófilo Otoni, 2020.https://acervo.ufvjm.edu.br/items/4357f452-0907-4332-b24e-04a89689f2f1Após dois séculos, que para os chineses, foram de humilhação, contados a partir da primeira guerra do ópio, em 1839, vítimas que foram dos países capitalistas centrais, naquilo que categorizou-se como Imperialismo, a China tem seu primeiro ponto de inflexão na sua história recente, a Revolução Comunista de 1949. Implementa-se um socialismo espelhado no modelo soviético resultando numa sociedade mais igualitária ainda que pobre. 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Agora, sob os efeitos da crise de 2008, estagnação da economia europeia, diminuição do crescimento chinês, crise na América Latina e em especial, nosso maior parceiro, a vizinha Argentina, que acabaram nos arrastando para uma enorme crise econômica e também política, o Brasil se lança ao desafio de como tirar proveito das oportunidades que já são geradas e outras tantas que se apresentarão num futuro próximo da grande Iniciativa Cinturão e Rota, um megaprojeto chinês de investimento. Esse trabalho tem a pretensão de apresentar os aspectos principais da ascensão chinesa que acabaram possibilitando a China propor a ambiciosa Iniciativa Cinturão e Rota e quais os possíveis reflexos na economia brasileira.Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Dissertação (Mestrado Profissional) – Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Ambiente e Sociedade, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2020.After two centuries, which for the Chinese, were humiliation, counted from the first opium war in 1839, victims who were from the central capitalist countries, in what was categorized as Imperialism, China has its first turning point in its recent history, the Communist Revolution of 1949. A socialism mirrored in the Soviet model is implemented resulting in a more egalitarian yet poor society. Isolated in a world of capitalist majority, the Chinese decide to follow Karl Marx's thesis that foretells that for the emergence of a new mode of production, the productive forces of the hitherto experienced must be exhausted. The handshake between then-US President Richard Nixon and Mao Zedong in February 1972 marks a second turning point in recent Chinese history and in the late 1970s, led by Deng Xiaoping, began. an economic opening process in China. Given Chinese diversity, Deng theorizes about chinese character socialism. A market socialism with a strong state responsible for macroeconomic measures, regulating the microeconomic actions that are born at the base of Chinese society. In this sense, Town and Town Enterprises proliferated in the 1990s, small factories growing into a labor-intensive Chinese industry, many of them today among the largest in the world. The Economic Special Zones are emerging, strategically chosen regions to welcome companies from around the world who want to join Chinese companies, with export-oriented incentives of all kinds, making China the largest recipient of Foreign Direct Investment on the planet. Controlling the exchange rate, achieving successive positive balance of payments, China becomes the largest holder of foreign exchange reserves in the world. A trap, which after the 2008 crisis, the Chinese central government strives to unlock by turning to the domestic market, using accumulated reserves by investing heavily in infrastructure, developing its remotest and poorest regions, seeking to reduce internal inequalities and becoming the world's largest exporter of capital, buying cheap assets after the crisis and implementing an ambitious project, the Belt and Road Initiative. A global initiative that already impacts the economies of the nearest Asian countries, reconfiguring the geopolitics of Central Asia, but has been moving the Middle East, Eurasia, Africa, beginning to reach Latin America and questioning the unipolarity of the United States. . The distance between China and Brazil is no longer a problem. The Chinese rise made her the largest Brazilian trading partner. Brazil became a major exporter of primary resources to China in a period marked by high commodity prices that resulted in surplus balance of payments supporting a growth of the Brazilian economy in the first fifteen years of the 21st century. Now, under the effects of the 2008 crisis, the stagnation of the European economy, the slowdown in Chinese growth, the crisis in Latin America and in particular, our biggest partner, neighboring Argentina, which eventually dragged us into a huge economic and political crisis. Brazil faces the challenge of how to take advantage of the opportunities that are already generated and many more that will present themselves in the near future of the great Belt and Rota Initiative, a Chinese mega investment project. This paper intends to present the main aspects of the Chinese rise that eventually made it possible for China to propose the ambitious Girdle and Route Initiative and what the possible consequences for the Brazilian economy.porUFVJMA concessão da licença deste item refere-se ao à termo de autorização impresso assinado pelo autor, assim como na licença Creative Commons, com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e o IBICT a disponibilizar por meio de seus repositórios, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, e preservação, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessImpactos do projeto chinês “Um Cinturão, Uma Rota” no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisChinaIniciativa Cinturão e RotaOBORZonas especiais econômicasEmpresas de cidades e vilasreponame:Repositório Institucional da UFVJMinstname:Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)instacron:UFVJMTHUMBNAILedimar_rocha_pinto.pdf.jpgedimar_rocha_pinto.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2368https://acervo.ufvjm.edu.br//bitstreams/184a99b9-4b12-423c-81c4-a3f8c69107cf/download98cc2da7623731ec778080bba7b7feadMD57falseAnonymousREADORIGINALedimar_rocha_pinto.pdfedimar_rocha_pinto.pdfapplication/pdf2741728https://acervo.ufvjm.edu.br//bitstreams/774e28fc-fd80-4254-82ce-b59bd15288df/download95fa211c82e925add698268092fc4ef3MD51trueAnonymousREADCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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Repositório Institucional da UFVJM - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) |
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